A CBF se pronunciou sobre o episódio de racismo na partida entre Operário e América-MG, no último domingo (4), pela 6ª rodada da Série B, e informou que enviou a súmula do duelo para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Em nota, a entidade reforçou “seu compromisso inabalável na luta contra o racismo no futebol” e orientou os árbitros a acionarem o protocolo antirracista nas partidas, assim como fez Alisson Sidnei Furtado no jogo em Ponta Grossa-PR.
No mais, comunicou que acionou o STJD por “uma apuração rigorosa para assegurar a devida responsabilização dos envolvidos”.
O caso
O incidente ocorreu ainda no primeiro tempo da partida, no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, no interior do Paraná. Na ocasião, Miguelito, do América-MG, chamou Allano, do Operário, de “preto do c******”. Como resposta, o atacante e o volante Jacy, do time paranaense, partiram para cima do boliviano e foram separados pela arbitragem.
Ao tomar ciência da injúria racial, o árbitro da partida, Alisson Sidnei Furtado, ativou o protocolo antirracista da Fifa, que foi instituído pela CBF no Brasileirão nesta temporada, e relatou o ocorrido na súmula do jogo.
Depois do confronto, Allano, Jacy e Miguelito foram levados para a subdivisão policial localizada no estádio e o jogador do América-MG recebeu voz de prisão pelo crime de racismo.
Miguelito já teve a liberdade provisória concedida para aguardar o resultado do inquérito em liberdade. Caso condenado, o boliviano poderá pegar até cinco anos de prisão, pena máxima para o crime de racismo no Brasil.
Nota da CBF na íntegra
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reafirma seu compromisso inabalável na luta contra o racismo no futebol. Em conformidade com sua política de tolerância zero a qualquer forma de discriminação, a entidade orienta todos os árbitros a acionarem o protocolo da CBF em casos de agressões racistas, como ocorreu no último domingo (4) na partida entre Operário-PR e América-MG, pela Série B do Campeonato Brasileiro, em Ponta Grossa.
A CBF informa que já encaminhou a súmula da partida ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), órgão responsável por conduzir uma apuração rigorosa para assegurar a devida responsabilização dos envolvidos.
Reiteramos que o futebol é um espaço de respeito, inclusão e igualdade, e que ações firmes continuarão sendo tomadas para erradicar o racismo em nosso esporte. Não há espaço para o preconceito nos campos ou na sociedade.
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