Capitão da França, o atacante Kylian Mbappé saiu em defesa do seu companheiro de Seleção, o zagueiro Wesley Fofana, que foi vítima de ataques racistas no último final de semana após o jogo entre o Chelsea, seu time, e o Arsenal, pela Premier League.
Liga das Nações da UEFA - Croácia x França
Em sua declaração, o atleta do Real Madrid se mostrou indignado com a situação e com o fato de não ocorrerem mudanças contra este tipo de atitude no futebol europeu.
“É patético. Nada muda. É difícil pensar que em 2025 ainda estamos andando em círculos. Quero dizer a Wes (Fofana) que o apoio, que todos nós o apoiamos. Não são apenas palavras, estamos todos aqui por ele”, afirmou Mbappé.
Após o jogo, Fofana revelou que também teria sofrido ataques através das redes sociais, os quais revelou através do seu perfil. O Chelsea, seu clube, prestou solidariedade ao jogador e disse que trabalhará com as autoridade para punir os responsáveis.
“O abuso ao qual Wes Fofana foi submetido após a partida de ontem é abominável e não será tolerado.Wes e todos os nossos jogadores têm nosso total apoio. Trabalharemos com as autoridades relevantes para identificar os perpetradores e tomar as medidas mais fortes possíveis”, afirmou o clube.
Mbappé e a luta contra o racismo
Atualmente no Real Madrid, Mbappé se juntou ao atacante brasileiro Vinícius Júnior como uma das fortes vozes de jogadores no combate ao racismo dentro do futebol europeu.
Vale lembrar que no ano de 2022, Mbappé revelou que quase se aposentou da Seleção da França por conta de insultos racistas sofridos após a eliminação na Eurocopa de 2020. Na ocasião, o atacante disse que não poderia jogar para representar “pessoas que o viam como um macaco”.
Ídolo da Seleção Francesa, com quem venceu a Copa do Mundo de 2018, Mbappé tem ascedência africana, sendo filho de pai camaronês e mãe argelina, que segundo ele foram responsáveis por sua continuidade com os Bleus.
“Tive uma reflexão com todas as pessoas que estão ao meu redor – e torcem por mim – e acho que não seria uma boa mensagem se eu desistisse. Sou um exemplo para todos. Essa é a nova França. É por isso que não abri mão da Seleção, pois é uma mensagem para a geração jovem: ‘Somos mais fortes do que isso'”, disse à época.
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