Assim como Kroos, outros jogadores pararam antes do declínio
Dizem que a aposentadoria é a “primeira morte” do jogador de futebol. É difícil escolher a hora de parar. O comum é pendurar as chuteiras quando há declínio, seja físico ou técnico.
São poucos os atletas que conseguem manter um alto nível de rendimento por tanto tempo, sobretudo depois dos 30 anos. Mas é possível. E Toni Kroos, do Real Madrid, é um deles.
Aos 34 anos, o meio-campista chocou o mundo do futebol ao anunciar que vai se retirar dos gramados após a Eurocopa. Antes disso, tinha uma missão: conquistar sua 6ª Champions.
E ela foi cumprida com a vitória do Real sobre o Dortmund por 2×0, em Wembley, no último sábado (1º). Titular e decisivo, o camisa 8 deu assistência para o gol de Carvajal na final.
Kroos vai na contramão do senso comum. Decidiu se aposentar no topo. No mais alto nível. E isso independia do troféu da Champions. Ele preferiu ficar marcado pelo auge.
Auge esse, inclusive, que dura anos. Não é fácil delimitar qual a melhor temporada dele, tamanha regularidade. Virou referência no quesito passes. Raridade era vê-lo errando.
Assim como Kroos, outros jogadores também se aposentaram na excelência. Tomando a história do alemão como exemplo, o Game Arena reuniu três casos semelhantes.
Philipp Lahm
Philipp Lahm foi a cara do Bayern de Munique por muitos anos. Regular, era sinônimo de atuações seguras e se consolidou como capitão da equipe. Parou de jogar aos 33 anos.
O lateral-direito pendurou as chuteiras em 2017 sem perder o nível. Três anos antes, após erguer a taça da Copa do Mundo no Maracanã, anunciou aposentadoria da seleção alemã.
Lahm informou que deixou as quatro linhas por “intuição”. Afirmou que, caso continuasse jogando, não teria o mesmo rendimento nas temporadas seguintes.
Nesse caso, o autoconhecimento do jogador fez com que ele abandonasse os gramados sem que ficasse marcado pela decadência às vezes inerente à idade.
Zidane
Tal como Kroos, Zinédine Zidane pôs um ponto final na carreira com a camisa da seleção. O meia, que também era do Real Madrid, teve a Copa do Mundo de 2006 como o “último ato”.
E que ato. Zizou, aos 34 anos, foi eleito o craque do Mundial. Ele conduziu a França até a final, mas foi vice. Na decisão, houve a icônica cabeçada no zagueiro italiano Matterazzi.
Não só pelo desempenho na Copa, como também pelo rendimento no Real, Zidane tinha muita lenha para queimar. À época, disse que parou para os merengues se “organizarem”.
Naquele momento, o time espanhol atravessava uma crise e vinha de três eliminações seguidas nas oitavas da Champions. Assim, Zizou abriu espaço para uma oxigenação.
Frank Rijkaard
Craque das décadas de 80 e 90, o volante neerlandês Frank Rijkaard optou por parar com 33 anos, logo depois de vencer a Champions League como capitão do Ajax em 1995.
Rijkaard surgiu no Ajax e consolidou seu nome na história do futebol mundial pelo Milan. Nos últimos anos da carreira, retornou ao clube holandês e continuou em alta performance.
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