Kroos anunciou a aposentadoria após uma década no Real Madrid; confira outros ídolos com passagens marcantes nos clubes
O meio-campista Toni Kroos anunciou, nesta terça-feira (21), que vai pendurar as chuteiras após a disputa da Eurocopa 2024 com a seleção da Alemanha. A notícia da despedida foi acompanhada por uma carta emocionante dedicada ao Real Madrid, clube onde o jogador chegou em 2014 e cravou seu nome entre os grandes ídolos ao longo de uma década. “Gostaria de agradecer especialmente a vocês, madridistas, pelo seu afeto e seu amor do primeiro dia até o último”, escreveu Kroos em um trecho do comunicado.
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— Real Madrid C.F. (@realmadrid) May 21, 2024
A relação de afeto entre jogadores, seus clubes e torcedores não é novidade no mundo da bola, apesar de cada vez mais difícil em razão de um mercado em constante aquecimento. Partindo da bela história produzida por Kroos junto à equipe merengue, o Game Arena reúne, a seguir, outros exemplos de ídolos do futebol mundial que construíram uma identificação profunda com seus clubes e conquistaram o coração de suas torcidas.
Toni Kroos e o Real Madrid
A trajetória do alemão Toni Kroos no futebol profissional começou no Bayern de Munique, estreando na temporada 2007-08, ainda aos 17 anos. No início teve dificuldade para se firmar na equipe titular, o que rendeu um empréstimo de uma temporada ao rival Bayer Leverkusen em 2009. Ao retornar, cresceu em desempenho e acabou ganhando a atenção do Real Madrid, que o contratou em 2014.
Com os espanhóis, Kroos alcançou o auge da carreira. A passagem do atleta deve somar 464 jogos (se contarmos com a final da Liga dos Campeões contra o Borussia Dortmund, no próximo dia 1º de junho), com 22 títulos conquistados até então. Entre as principais conquistas estão quatro troféus da Liga dos Campeões (2015–16, 2016–17, 2017–18 e 2021–22) e quatro do Campeonato Espanhol (2016–17, 2019–20, 2021–22 e 2023–24), além de cinco Mundiais de Clubes (2014, 2016, 2017, 2018 e 2022).
Marco Reus e o Borussia Dortmund
Outra despedida recente no futebol europeu foi a do inglês Marco Reus no Borussia Dortmund, após uma relação de 12 anos atravessado desde as categorias de base. O anúncio da saída, após acordo mútuo, foi feito no início do mês, com uma mensagem comovente de agradecimento. “Estou extremamente grato e orgulhoso por este momento especial no meu clube, o Borussia Dortmund. Passei mais da metade da minha vida nesse clube e aproveitei cada dia, embora tenha havido momentos difíceis”, declarou em vídeo o atleta.
Após passagens por Rot Weiss Ahlen e Borussia Mönchengladbach, foi contratado em 2012 pela equipe aurinegra. Ao todo, foram 427 jogos que renderam cinco títulos até o momento, sendo duas Copas da Alemanha e três Supercopas da Alemanha. O ponto alto na carreira ainda pode ser atingido no próximo dia 1º de junho, quando o Dortmund vai disputar com o Real Madrid o título da Liga dos Campeões 2023-24.
Paolo Maldini e o Milan
O italiano Paolo Maldini é um dos principais exemplares quando o assunto é a relação profunda entre clubes e jogadores. Revelado nas categorias de base do Milan, o lendário zagueiro ingressou entre os profissionais em 1984 e nunca vestiu outra camisa, até a aposentadoria em 2009. Apesar de torcedor da Juventus na infância, ingressou na equipe rossonera a pedido do pai e construiu um laço profundo com o clube e a torcida, alcançando números expressivos em sua trajetória.
Ao longo de 25 anos, foram 902 jogos disputados, com sete títulos do Campeonato Italiano, cinco da Supercopa da Itália, cinco da Liga dos Campeões, quatro da Supercopa da UEFA, dois da Copa Intercontinental, uma Copa da Itália e um Mundial de Clubes. Em grande parte das conquistas, Maldini vestiu a braçadeira de capitão e liderou a equipe italiana, recebendo o apelido de “Il Capitano”.
Gerard Piqué e o Barcelona
A relação entre o espanhol Gerard Piqué e o Barcelona teve início ainda nas categorias de base. Porém, a estreia profissional do zagueiro se deu no Manchester United, onde teve uma passagem mais modesta. O reencontro com os blaugranas em 2008, após um período de empréstimo no Zaragoza. “O Barça me deu tudo. Vocês, culés, me deram tudo. E agora que os sonhos de pequeno completaram, quero dizer que decidi fechar esse ciclo”, declarou o jogador ao anunciar a aposentadoria, em 2022.
Neto de Amador Bernabéu, ex-vice-presidente do Barcelona, Piqué levantou todos os troféus possíveis nas competições com o clube, faturando 37 títulos ao longo das 616 partidas. O currículo inclui Campeonato Espanhol (9), Copa do Rei da Espanha (7), Supercopa da Espanha (6), Liga dos Campeões (3), Supercopa da UEFA (3), Mundial de Clubes (3), além dos torneios amistosos International Champions e Troféu Joan Gamper.
Frank Lampard e o Chelsea
O meio-campista inglês Frank Lampard foi revelado pelo West Ham, mas a chegada ao Chelsea em 2001 daria início a uma das relações mais vitoriosas do futebol europeu e mundial. A passagem de 13 anos pelos Blues rendeu ao jogador o posto de maior artilheiro da história do clube, com 211 gols marcados ao longo de 648 partidas. A atuação destacada rendeu o segundo lugar na disputa do prêmio de Melhor Jogador do Mundo da FIFA em 2005, ficando atrás apenas de Ronaldinho Gaúcho.
Foram 13 títulos conquistados no Chelsea, incluindo, Copa da Liga Inglesa, (2), Campeonato Inglês (3), Supercopa da Inglaterra (2), Copa da Inglaterra (4), Liga dos Campeões (1) e Liga Europa (1). Após a aposentadoria, chegou a assumir o comando técnico da equipe londrina entre os anos de 2019 e 2021, além de uma breve passagem em 2023 como interino.
Francesco Totti e a Roma
A relação entre Totti e a Roma foi mais um exemplo de vínculo que perdurou por toda a carreira. Revelado pela Loba ao futebol profissional em 1993, o meia-atacante pendurou as chuteiras em 2017, após impressionantes 25 anos de trajetória no clube italiano. O feito chegou a ser reconhecido por torcedores rivais da Lazio, que estenderam uma faixa nas arquibancadas com a frase “os inimigos de uma vida saúdam Francesco Totti” à época do anúncio de sua aposentadoria.
Ao todo, foram 786 partidas disputadas e 307 gols marcados, que renderam cinco títulos para a Roma, entre Campeonato Italiano (1), Supercopa da Itália (2) e Copa da Itália (2), além de inúmeras premiações individuais.