Imagem: Divulgação/Xbox
Phil Spencer fala sobre o possível portátil de Xbox
Após o Xbox Games Showcase no último domingo (09), Phil Spencer, chefe da divisão de games da Microsoft, deu uma entrevista para o site IGN, comentando sobre lançamentos multiplataforma, o fechamento do estúdio Tango Game Works e até mesmo o que esperar de um console portátil da empresa.
Durante a entrevista, Spencer foi perguntado sobre o processo para colocar jogos da empresa em outras plataformas, citando Doom: The Dark Ages, que também sairá para o PlayStation 5. Quanto a isso, o executivo comentou sobre o que isso implica para os donos de Xbox e o desejo de ter títulos multiplataforma.
Jogos multiplataforma
“Recebo muitas perguntas sobre, “Ei, se eu sou um proprietário de Xbox, o que isso significa?” E o que eu quero dizer — e acho que isso ficou muito claro no show de hoje — você viu uma coleção incrível de jogos que estão chegando ao Xbox. Eles estarão no Game Pass desde o primeiro dia, e o Game Pass se destacou muito bem. Se você comprar o jogo no nosso console, poderá jogá-lo no PC. Então, o suporte à funcionalidade de cross-entitlement está todo lá”, disse o chefe de Xbox.
“E estamos focados no hardware futuro com compatibilidade futura. Nosso compromisso com nossos clientes Xbox é que você terá a oportunidade de comprar ou assinar o jogo. Daremos suporte ao jogo em outras telas, e você verá mais de nossos jogos em mais plataformas. E vemos isso como um benefício para as franquias que estamos construindo”, finalizou o executivo.
Fechamento do Tango Gameworks
Spencer também comentou sobre o fechamento do Tango Gameworks que aconteceu no mês passado. O chefe de Xbox explicou que apesar de não comentar muito sobre o assunto, no fim, ele tem que gerir um negócio e que essas decisões são difíceis, mas que alguém tem que fazer. “Sim, o fechamento de qualquer equipe é difícil, obviamente para os indivíduos ali, difícil para a equipe. E eu tento concentrar todo o meu foco, como você disse, eu não tenho falado publicamente sobre isso, porque agora é o momento de focar na equipe e nos indivíduos. É obviamente uma decisão muito difícil para eles e eu quero garantir, através de indenizações e outras medidas, que estamos fazendo a coisa certa para os indivíduos da equipe. Não se trata das minhas relações públicas, não se trata das relações públicas do Xbox. Trata-se dessas equipes”.
O executivo também revelou que não gostou da decisão de fechar a Tango, mas era algo necessário a se fazer. “No final, eu tenho dito repetidamente, eu tenho que administrar um negócio sustentável na empresa e crescer. E isso significa que, às vezes, eu tenho que tomar decisões difíceis que, francamente, não são decisões que amo, mas são decisões que alguém precisa tomar. Continuaremos a seguir em frente, continuaremos a investir no que estamos tentando fazer no Xbox e construir o melhor negócio que pudermos, o que garante que continuemos a fazer shows como o que acabamos de fazer”.
Desafios da aquisição da Activision Blizzard
Phil Spencer também comentou sobre as dificuldades da aquisição da Activision Blizzard, que acabou coincidindo com o momento de transição de lideranças de Xbox. “Para a equipe de gerenciamento, como Sarah Bond, Matt Booty, Lori Wright, Linda Norman, que é nossa principal advogada no Xbox, todos tínhamos o trabalho de administrar o Xbox e fazer o que precisávamos fazer. Mas então, na verdade, acrescentamos esse segundo trabalho na mesma época em que tivemos de lidar com a regulamentação”.
Spencer assumiu que pode ter drenado a equipe com a aquisição. “É minha culpa como chefe do negócio, eu realmente não internalizei no começo o quanto isso drenaria a equipe. E acho que vimos isso. Acho que vimos na nossa execução em algumas coisas que estávamos fazendo várias coisas ao mesmo tempo que não tínhamos planejado. E digo que é realmente bom estar na pós-aquisição trabalhando com essas equipes incríveis. Veja como eles apareceram no nosso show hoje: fantásticos. Achei ótimo. Tivemos World of Warcraft em um evento de Xbox. É simplesmente loucura”.
O executivo também disse que chegou a cogitar que o negócio não iria para frente, e que precisou pensar em contingências para lidar com a situação. “Bem, sempre temos que planejar para todas as contingências. Consideramos tudo. Você tem que fazer isso ao administrar o negócio. Mas sentíamos que estávamos do lado certo, ou seja, não estávamos fazendo isso para tirar Call of Duty dos jogadores do PlayStation. Isso nunca esteve em nossos planos. Acho que toda a minha caixa de entrada de emails vazou na internet, então se alguém quisesse encontrar esse plano, encontraria em algum lugar, e isso não estava lá”.
“Acreditávamos que estávamos certos em fechar este acordo, então permanecemos convictos. Mas houve dias sombrios, como quando o CMA disse que não, isso não vai passar. E o arrasto nas equipes, as equipes da Activision, Blizzard e King, estavam lidando com essa incerteza. Então é ótimo ter superado isso, e agora podemos nos concentrar apenas em construir ótimos jogos juntos”.
O possível console portátil de Xbox
Antes de encerrar a entrevista, entre várias coisas que comentou, Spencer também comentou brevemente sobre o sucesso de Fallout como série, além de deixar nas entrelinhas que já teve um vislumbre de The Elder Scrolls 6. Contudo, para encerrar a entrevista, o chefão de Xbox deu dicas sobre os rumores de um console portátil.
Spencer chegou a comentar na entrevista que concorda que a empresa precisa ter um console portátil, mas explicou que não pode comentar muito sobre os planos de hardware da empresa. Contudo, ao comentar sobre um hipotético portátil, Spencer deixou claro as suas preferências.
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