Cortes representam 15% do quadro atual da Intel
A Intel, fabricante americana de chips, anunciou, nesta quinta-feira (1), que demitirá cerca de 15 mil funcionários e suspenderá o pagamento de dividendos no quarto trimestre de 2024 em uma manobra para reduzir gastos.
O corte representa 15% dos funcionários da Intel, e as demissões serão feitas, gradualmente, até o final de 2024, conforme informa Pat Gelsinger, presidente-executivo da empresa, que revelou um plano para reduzir despesas em US$ 10 bilhões (cerca de R$ 57 bilhões em conversão direta), no ano que vem.
Depois do anúncio, as ações da Intel apresentaram uma queda de 20% nas negociações em horário estendido, o que significou uma perda de US$ 24 bilhões (R$ 134 bi) em valor de mercado para a empresa, segundo informações da agência de notícias Reuters.
“Este é um dia incrivelmente difícil para a Intel, pois estamos fazendo algumas das mudanças mais importantes na história da nossa empresa“, disse Gelsinger.
Em um comunicado, Gelsinger ainda afirmou que a empresa não estava em um “caminho sustentável“, e citou que, no período entre 2020 e 2023, o faturamento anual apresentou queda de US$ 24 bi (R$ 138 bi), mas o quadro de funcionários cresceu 10%.
“Nossas receitas não cresceram como esperado e ainda precisamos nos beneficiar totalmente de tendências poderosas como a inteligência artificial. Nossos custos são muito altos, nossas margens são muito baixas“, comentou o executivo.
Já em 2024, no segundo trimestre, a Intel apresentou prejuízo de US$ 1.6 bi (R$ 9.6 bi), registrando uma queda de 1% em seu faturamento, de acordo com informações compartilhadas pela empresa. A projeção para o terceiro trimestre prevê receita abaixo do que era esperado por especialistas.
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