O maior vazamento da história do Xbox dá detalhes sobre futuros jogos e até a próxima geração
Não é todo dia que o mundo dos games acorda como uma bomba como a desta terça-feira (19). O maior vazamento de dados confidenciais da história do Xbox entregou, no colo da internet, inúmeras informações sobre projetos futuros da Microsoft, incluindo jogos, periféricos e até planos para a próxima geração.
Em meio a tantas informações, é normal ficar perdido sem entender muito bem o quadro geral da coisa e as implicações desse vazamento. Por isso, vamos organizar aqui o que rolou de principal nesse furo gigantesco, além de repercutir as partes mais reveladoras e sugestivas.
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O que aconteceu
As informações vazadas fazem parte da longa disputa judicial entre Microsoft e a FTC, Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos, envolvendo a aquisição da Activision Blizzard pela fabricante do Xbox. O problema surgiu, aparentemente, de um deslize bastante básico: arquivos antigos foram anexados erroneamente em um documento público, deixando, à disposição de qualquer curioso, planos que só seriam revelados anos depois.
Não há confirmação melhor para a veracidade do vazamento do que a declaração do próprio Phil Spencer, chefe da divisão de jogos da Microsoft, comentando o ocorrido.
We've seen the conversation around old emails and documents. It is hard to see our team's work shared in this way because so much has changed and there's so much to be excited about right now, and in the future. We will share the real plans when we are ready.
— Phil Spencer (@XboxP3) September 19, 2023
De acordo com Spencer, boa parte dos planos expostos foram modificados desde então. Boa parte dessas mudanças certamente pode ser atribuída à pandemia de COVID-19, que impactou janelas de lançamento de toda a indústria. Essas alterações não desmentem, porém, o conteúdo dos vazamentos, no que se refere aos projetos pensados para os próximos anos.
Lista de jogos vazados
Uma programação de lançamento da Bethesda/ZeniMax de 2020, pouco antes da aquisição da distribuidora pela Microsoft, está inclusa nos vazamentos. O cronograma revela o que as desenvolvedoras de propriedade da ZeniMax planejavam lançar nos anos seguintes à compra.
A imagem abaixo mostra a lista completa, incluindo novidades como a remasterização de Fallout 3 e uma nova sequência de Dishonored.
Microsoft comprando a Nintendo?
Um dos pontos mais chamativos para o público em meio às conversas internas da empresa foi a sugestão de que a Microsoft tem, ou teve, intenções reais de comprar a rival Nintendo. Spencer descreve a gigante japonesa como “um ativo valioso”, e comenta que, se alguma empresa ocidental tiver qualquer chance de realizar a compra, a Microsoft estaria, sem dúvidas, na melhor posição.
Os documentos revelam outras ideias de aquisições megalomaníacas da empresa, como Warner Bros. Games e Valve. Compras extremamente improváveis, especialmente no caso da Nintendo. O que fica é apenas a confirmação da intenção de criar um grande conglomerado, parecido com a prática que a Disney opera na indústria do entretenimento audiovisual.
Projetos de hardware
Sobre atualizações de hardware, um novo modelo do Xbox Series X também foi revelado. Ele atende pelo codinome Brooklin, com mais armazenamento interno, Wi-Fi mais rápido e um design totalmente novo. Um novo controle atualizado também foi revelado nos documentos, conforme noticiamos aqui na Game Arena.
Os vazamentos corroboraram também a informação de que a empresa planeja o console da próxima geração para 2028. Qualquer detalhe sobre ele, a essa altura, não passa de esboço e especulação, mas a ideia inicial fala sobre um console híbrido com grande foco em cloud gaming e inteligência artificial.
O que podemos tirar disso tudo
Talvez a implicação mais importante dos vazamentos, para além da revelação de futuros jogos e periféricos, esteja na confirmação de uma data estipulada para a próxima geração, que deve ser acompanhada também pela Sony e o PlayStation 6.
Para a Microsoft, além da perda do fator surpresa, tanto para a concorrência, quanto para o público, fica uma mancha na imagem da marca no que diz respeito às intenções da empresa dentro da competitividade do mercado de consoles.
Isso porque, se levarmos à risca tudo o que foi revelado, a conclusão que se pode tirar é que, para a Microsoft e o Xbox, competir e talvez liderar uma corrida contra Sony e Nintendo nunca foi considerado o suficiente. Em um cenário ideal, Phil Spencer daria prioridade a eliminar as duas rivais da concorrência, monopolizando o mercado.
No caso da Nintendo, o apagamento viria através de uma improvável aquisição. Para a Sony, a ideia seria diminuir a relevância da empresa aumentando cada vez mais o número de estúdios e exclusividades adquiridas.
Nada disso deve se concretizar, evidentemente, e mesmo as conversas internas não podem ser tratadas como planos oficiais. Mas as notícias ganharam o mundo, e não há mais como ter controle da interpretação delas pelos olhos do público.
Com informações de: Destructoid e Dual Shockers
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