O League of Legends Championship, mais conhecido como Worlds, é o principal torneio mundial da categoria e um dos principais do mundo do e-Sports, sendo realizado uma vez a cada ano e reunindo os melhores times e jogadores do cenário em uma só competição.
Dominada pelos sul-coreanos, o torneio conta com premiações milionárias, é palco de jogadas históricas, tem a SKT como tricampeã e os brasileiros acumulam péssimas campanhas. O torneio, que acontece desde 2011, vai para a sua 10ª edição em 2021 e é um dos campeonatos mais disputados do mundo dos jogos eletrônicos.
Abaixo, contaremos a história de cada edição, seus confrontos, jogadores destaques e o desenvolvimento do maior torneio de League of Legends do mundo ao longo desses anos:
A primeira edição do Worlds em 2011
O primeiro campeonato de LAN realizado pela Riot Games, o LoL Worlds Championship aconteceu em 2011 na Suécia, onde os donos da casa da Fnatic se tornaram os primeiros campeões do torneio.
Acabou que o evento teve características experimentais, pois era a primeira edição realizada, o que acabou não tendo uma grande quantidade de espectadores, mídia e transmissões.
Oito equipes foram convidadas a participar do torneio, sendo elas três norte americanas, três asiáticas e duas europeias. As equipes foram divididas em dois grupos com quatro times cada para a disputa da fase de grupos, classificando três e eliminando uma em cada chave.
No mata-mata, o formato implementado foi o de MD3, melhor de três partidas, que seguiu até a grande final, onde os donos da casa venceram como zebra, após se classificarem em terceiro lugar do grupo tendo perdido duas partidas, batendo a equipe da Against All Authority por 2-0 e faturando a premiação de U$ 50 mil dólares.
A lineup da Fnatic era composta por Maciej “Shushei” Ratuszniak, Lauri “Cyanide” Happonen, Enrique “xPeke” Martínez, Manuel “LaMiaZeaLoT” Mildenberger e Peter “Mellisan” Meisrimel. Esse acabou sendo o único título de uma equipe europeia na história do torneio, que viu os asiáticos dominarem a competição até os dias atuais.
2012 e o início da dinastia asiática
Após a primeira edição, o torneio virou um grande sucesso no cenário de jogos eletrônicos mundial, o que fez com que a segunda edição se tornasse um sucesso de audiência, colocando um ponto de afirmação no torneio que atualmente figura entre os maiores do mundo.
Na edição, pela primeira vez uma equipe asiática se tornou a campeã, o que acabou acontecendo até os dias atuais, uma soberania do continente no mundial da categoria.
Sediada em Los Angeles, Estados Unidos, o torneio contou com a participação de 12 equipes, que duelaram em busca de uma premiação de U$ 3,4 milhões de dólares. Na fase preliminar, as equipes se dividiram em dois grupos de quatro times, tendo outros quatro entrando somente no mata-mata, que foi realizado em MD5.
Os taiwandeses da Taipei Assassins se sagraram os grandes campeões da edição, batendo a sul-coreana Azubu Frost na final por 3-1. A lineup campeã era composta por Wang “Stanley” Tsan, Sung “Lilballz” Po, Lau “Toyz” Kin, Chang “BeBe” Wei e Chen “MiSTakE” Chung.
2013, o primeiro título da SKT
Em 2013, foi anunciado ao mundo o time da SK Telecom T1, o time mais vitorioso da história do League of Legends mundial. A equipe, que viria a ser a única tricampeã e detentora da maior invencibilidade de todos os tempos a partir dali, deu início no competitivo naquele ano.
O , denominado de Season 3 Worlds Championship, contou com a participação de 14 equipes, sendo quatro delas já garantidas na fase mata-mata. Foi a primeira vez que a organização abriu o mercado para introdução de equipes de outras regiões, como as chinesas, americanas e sul americanas, expandindo seu tamanho geográfico. O prize pool era de U$ 2 milhões de dólares.
Na competição, cinco equipes foram divididas em dois grupos, onde só se classificavam as duas primeiras de cada um, fazendo as quartas de final em séries de MD3. Nas semis, o formato foi realizado em MD5.
Liderada por “Faker”, o melhor jogador da história, a equipe da SKT se tornou a grande campeã, perdendo apenas um jogo em toda a sua campanha, batendo os chineses da Royal Club por 3-0 na final.
A histórica lineup era composta por Jung “Impact” Eon-yeong, Bae “Bengi” Seong-woong, Chae “Piglet” Gwang-jin, Lee “PoohManDu” Jeong-hyeon, Lee “Faker” Sang-hyeok e o treinador Kim “kkOma” Jeong-gyun.
O Worlds 2014 foi histórico para o Brasil
Pela primeira vez, o torneio contou com o sistema de qualifiers regionais para definir seus participantes, o que acabou rendendo a primeira vaga para uma equipe brasileira, a KaBuM Esports.
A histórica classificação acabou dando início a uma série de más campanhas do país no torneio. A lineup composta por Pedro “LEP” Marcari, Daniel “Danagorn” Drummond, Thiago “TinOwns” Sartori, Gustavo “Minerva” Alves e Daniel “dans” Dias acabaram perdendo todos os jogos, sendo os últimos colocados do grupo D.
No torneio, 16 equipes participaram da edição e nenhum deles se garantiram diretamente na fase de mata-mata, tendo que jogar a fase de grupos para se classificar. Foram divididas quatro equipes em quatros grupos, classificando apenas as duas primeiras de cada chave.
No mata-mata, o formato de MD5 foi implementado desde as quartas de final. Sem a participação da atual campeã SKT, outra equipe sul-coreana acabou levando o caneco para casa, a Samsung White que venceu a Royal Club por 3-1 na grande final.
Jang “Looper” Hyeong-seok, Choi “Dandy” In-kyu, Heo “PawN” Won-seok, Gu “imp” Seung-bin e Cho “Mata” Se-hyoung levaram uma premiação de U$ 3,5 milhões de dólares além do troféu mais desejado do mundo.
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2015 e 2016, o bicampeonato da SKT
A edição de 2015 foi a melhor exibição de uma equipe brasileira no mundial. Apesar de não se classificar para os playoffs, a equipe da paiN Gaming liderada por Felipe “BrTT” e Gabriel “Kami” venceram duas partidas na fase de grupos, contra a CLG e a Flash Wolves, conquistando duas vitórias na competição.
O Worlds, sediado na Alemanha, terminou com a equipe da SKT de volta ao topo do mundo após estar ausente no ano anterior, vencendo a competição de forma invicta com extrema facilidade e com uma soberania jamais vista no cenário, batendo os conterrâneos da KOO Tigers na final por 3-1.
O feito foi assustador para toda a comunidade, que via diante de seus olhos a maior exibição da história de uma equipe de League of Legends.
Em 2016, a dobradinha veio, se tornando a maior campeã do torneio, a única com três títulos mundiais até os dias atuais. Veio embalada após um ano invicta, onde não perdeu nenhuma partida no cenário nacional e internacional, a equipe confirmou o favoritismo e se tornou a primeira tricampeã do Worlds.
Sediada em Los Angeles, a SKT bateu a rival Samsung White em uma final considerada uma das maiores da história do campeonato por 3-2. A lineup formada por Jang “MaRin” Gyeong-hwan, Bae “Bengi” Seong-woong, Bae “Bang” Jun-sik, Lee “Wolf” Jae-wan e Lee “Faker” Sang-hyeok colocou o nome da equipe como a maior da história do League of Legends mundial.
2017 e a revanche da Samsung Galaxy
A edição de 2017 foi realizada no Ninho do Passáro, um dos maiores ginásios do mundo em Pequim, na China. Pela primeira vez uma edição foi realizada no país, um dos berços de talentos do League of Legends mundial.
A edição foi dividida em duas fases, play-in e evento principal, o que acabou se tornando o formato padrão para os torneios nos anos seguintes.
A final colocou frente a frente a maior rivalidade do LoL mundial e a reedição da final do ano anterior, dando a oportunidade para a agora Samsung Galaxy conseguirem a revanche contra a SKT.
E foi o que aconteceu, após uma campanha de recuperação passando a fase de grupos em segundo, bateram os atuais bicampeões na final por um sonoro 3-0 e conquistaram o seu segundo título mundial.
A lineup da equipe era composta por Lee “CuVee” Seong-jin, Kang “Ambition” Chan-yong, Lee “Crown” Min-ho, Park “Ruler” Jae-hyuk e Jo “CoreJJ” Yong-in, que faturaram uma premiação de quase U$ 2 milhões de dólares.
A derrota na final foi a mais significativa da SK Telecom em sua história, que acabou nunca mais conseguindo se reerguer e voltar a uma final de mundial. A imagem de “Faker” se lamentando após a derrota é uma das mais icônicas do cenário e foi um marco para o início da decadência técnica da equipe, que dura praticamente até os dias atuais.
O primeiro título chinês em 2018
Se no ano anterior os chineses haviam sediado a competição pela primeira vez, 2018 acabou reservando o primeiro título da história para o país, através da Invictus Gaming. A edição não contou com nenhuma das duas equipes finalistas da edição anterior, a SKT e a Samsung White, que não conseguiram se classificar para disputar o torneio em casa.
A edição do Worlds contou com a participação de 24 equipes e manteve-se no formato da anterior dividida em duas fases, terminou com a equipe chinesa da IG campeã, vencendo as primeiras campeãs do mundo, a Fnatic, reeditando um confronto que aconteceu na fase de grupos, pois ambas se classificaram no grupo D do evento principal.
Na decisão, vitória da Invictus Gaming por 3-0, levando para casa uma premiação de U$ 2,5 milhões de dólares. A lineup composta por Kang ‘TheShy’ Seung-lok, Gao ‘Ning’ Zhen-Ning, Song ‘ Rookie’ Eui-jin, Yu ‘JackeyLove’ Wen-Bo e Wang ‘Baolan’ Liu-Yi deu o primeiro título mundial para a China.
China bicampeã em 2019
A edição de 2019 foi sediada pela segunda vez pela China e teve a equipe da casa como a grande campeã, a FunPlus Phoenix. Na edição, a SKT voltou a disputar um campeonato mundial, após não conseguir se classificar no ano anterior, e fez uma boa campanha, sendo eliminada na semifinal pela G2, equipe que fez a final contra os chineses.
Foi a última grande campanha da SKT no mundial de League of Legends. A Flamengo E-sports representou o Brasil, sendo eliminada precocemente, dando continuidade às péssimas campanhas do país no torneio.
Na disputa do Worlds, a FunPlus Phoenix venceu a competição após se classificar em primeiro do seu grupo, batendo os adversários no mata-mata e vencendo por 3-0 a equipe da G2, dando o bicampeonato mundial para seu país após a conquista da IG no ano anterior.
A edição foi um marco para a história do torneio pois colocou um fim a hegemonia sul coreana, que nunca haviam passado dois anos seguidos sem conquistar o caneco.
A lineup da Phoenix composta por Kim “GimeGoon” Han-saem, Gao “Tian” Tian-Liang, Kim “Doinb” Tae-sang, Lin “LWX” Wei-Xiang e Liu “Crisp” Qing-Song faturou um prêmio de U$ 2,5 milhões de dólares ao campeão.
A volta do Worlds para casa em 2020
Por conta da pandemia do COVID-19, a realização do Worlds de 2020 aconteceu sem público pela primeira vez na história do evento, que foi realizado na China pelo segundo ano consecutivo.
Também, a premiação contou com uma drástica redução do valor, pois a crise mundial afetou a economia do país, fazendo com que diminuíssem os valores ofertados nas competições de e-Sports, incluindo o LoL.
Após dois anos de títulos chineses no torneio, o troféu voltou para a Coréia do Sul, país mais tradicional do League of Legends.
A INTZ representou o Brasil no torneio, que acabou em último na classificação geral. Os coreanos da DAMWOM foram derrotados apenas uma vez, classificando como líder do seu grupo e vencendo as fases de mata-mata, até bater a dona da casa Suning na final por 3-1 e faturar o prêmio de U$ 550 mil dólares.
Os jogadores responsáveis por colocar novamente a Coréia do Sul no topo do LoL mundial são Kim “Khan” Dong-ha, Kim “Canyon” Geon-bu, Kim “Malrang” Geun-seong, Heo “ShowMaker” Su e Cho “BeryL” Geon-hee, conquistando o sexto título para o país em nove edições disputadas até hoje.
A edição de 2021 está acontecendo neste momento e ainda não teve uma definição.