Um dos nomes mais consolidados do cenário de esportes eletrônicos no Brasil e no mundo está entrando em uma nova etapa da carreira, e desta vez, para um mundo totalmente diferente dos jogos e disputas online.
Nyvi Stephan, conhecida por fazer sucesso ao apresentar campeonatos de grande porte, é a presidente do clube de futebol Nyvelados, equipe que disputa a Kings League, um tipo de competição futebolistica diferente das tradicionais.
A redação especializada da Game Arena teve a oportunidade de conversar com a executiva para entender os desafios do cargo e da nova fase, além de entender melhor na prática como funciona o dia a dia de um clube de futebol. Nyvi também chegou a falar sobre uma parte essencial do negócio: os famigerados investimentos no setor.
Nyvi e o futebol
A comunidade conhece Nyvi pelas atuações em as mais diversas modalidades de esports, seja apresentando campeonatos ou premiações. Mas… como será que o futebol fez parte da vida da caster?
“Minha relação com futebol é praticamente zero, eu não vou mentir para vocês. Era uma coisa assim… quem, desde criança, eu não tinha muito hábito de acompanhar, de assistir, de jogar. Eu sempre fui muito de jogos virtuais.”
“Pra mim era videogame, tabuleiro e cartas. Esses são os meus jogos. Eu cabulava aula de educação física na escola. Eu nunca gostei muito de esporte físico. Porque assim, existe um motivo. Na minha rua, eu era a mais nova das crianças. Então…. eu era café com leite em todos os esportes. Então… eu não gostava.”
“O povo ia jogar vôlei, eu não tenho altura pra isso. O povo ia jogar futebol, eu sentia que eu não tinha agilidade suficiente; eu era menorzinha. Eu só era boa na queimada porque o povo tinha dificuldade de me queimar porque eu sou pequenininha, mas aí era uma coisa que eu não tinha muita vontade porque eu não era boa.”
“Como eu gostava muito de videogame, eu era boa no videogame, então… era muito assim, meus hobbies de infância eram muito mais esses tipos de jogos, mesmo que fossem jogos que a gente fazia com papel e caneta; stop e coisas assim”, conta.
Mesmo assim, Nyvi tem um time do coração, porém, mais por conta da relação familiar com o pai: “O meu time do coração desde a infância sempre foi o Palmeiras porque meu pai é palmeirense. Então…. eu gostava assim, torcia pro Palmeiras por causa dele, acompanhava jogos por causa do meu pai, mas assim, no máximo, era literalmente isso”.
Investimento de milhões
Pensando em uma equipe da Kings League, quais serão os principais gastos e as principais demandas que um time do campeonato possui atualmente para investir que precisa investir em tudo que o elenco precisa para atuar em alto nivel em um projeto tão importante?
“A gente tem comissão técnica, tem fisioterapeuta, tem toda a infraestrutura que o time precisar de uma forma geral. Então… a gente tem muitas coisas que a gente tá contabilizando que são questões inclusive médicas; se o jogador tiver uma lesão, tiver alguma questão. Logística, a gente tem os três wildcards que são bancados pelo próprio time.”
“E quando eu falo logística, eu tô falando assim, translado de jogador, hotel de jogador, enfim. E se precisar de mais coisa? Alimentação, absolutamente tudo. Aí tem muitas coisas que é o que eu falei pra você: a gente tava tentando buscar parceria de várias coisas, inclusive dessa parte de kits pros jogadores.”
“Essa parte a gente tá tentando buscar patrocinador. A gente já tá com uma parceria, só não vou falar o nome aqui porque como a gente ainda não recebeu, não sei se o contrato tá assinado, isso tá também na mão do meu sócio.”
“Tem muitas coisas que ainda são muito nebulosas pra gente, que a gente não sabe direito como que vai ser. Por exemplo, quando os times foram pro Mundial… a Kings League, ela bancava a ida do jogador, mas não bancava várias outras coisas do jogador lá. Tem muitas coisas que a gente ainda não sabe, entendeu? Que ainda são muito nebulosas pra gente.”
“Acho que tem alguns detalhes que, de repente, a gente pode estar contabilizando a mais e chegar no fim do ano e falar pra você, olha, nem gastei tudo isso que eu tava prevendo, m,as a gente, como uma empresa séria que a gente é, a gente fez uma grande planilha de possibilidades de gastos e ela sim, foi o que eu falei pra você, deu em torno ali, mais ou menos, de uns 2 milhões, talvez um pouco mais, talvez um pouco menos, que é o que a gente contabiliza pra um ano de trabalho.”
“Pode ser mais, pode ser menos, eu espero que seja menos, mas, basicamente, a gente tem que ter esse planejamento até o fim do ano, porque as coisas podem surgir e a gente precisa estar preparada pra todas elas”, revela.
LEIA MAIS
- Kings League: saiba quem são os presidentes das franquias
- “quem tiver confiante na hora, bate”, disse presidentes da Dendele sobre pênalti
- KondZilla e Michel falam sobre relação entre música e futebol, além de investimento na liga
- Estagiário comenta sua nova fase na liga ao lado de Ludmilla
- “A Kings League brecou a Mansão Maromba”, brinca Toguro, agora do Desimpedidos
Estudando os gramados
Apesar de fazer parte do mercado há muito tempo e ser conhecedora de diversas modalidades, o futebol é mais um novo lugar que Nyvi terá de explorar e descobrir caminhos nunca percorridos antes, sendo mais um dos desafios que já enfrentou na carreira.
“Realmente é muito desafiador. Isso é uma coisa que eu faço a minha carreira toda, […] Quando eu tenho um projeto novo, eu vou lá, estudo, me dedico, então… isso no final das contas é um processo que é difícil, é árduo. [….]”
“Aquela coisa de você passar muito tempo muito tempo em prol de algo, a gente gosta de de realizações rápidas; todo mundo, não vou ser hipócrita aqui e quando é um processo que a gente tem que se dedicar muito no meio do caminho, é algo que é muito difícil.”
“É muito sacrificante, demanda que a gente que eu acabe rejeitando outros trabalhos pra eu conseguir ter tempo pra isso. Então, eu acho que eu estou nesse momento agora: que a gente tá se dedicando bastante ao time. E, no futuro, cara…eu só penso em a gente ter um bom desempenho com o time. Na minha cabeça, a gente já tá classificado pro Mundial”, conta.
Veja também os nossos vídeos. Neste entrevistamos a dupla Paulinho o Loko e LuquEt4, presidentes da Dendele FC:
