Inspirados nos jogos da From Software, os soulslikes reúnem legiões de fãs
Desde o lançamento de Demon’s Souls, lá em 2009, a From Software não só deu vida a vários outros jogos espetaculares, mas estabeleceu, na indústria, um novo padrão a ser seguido, no gênero dos “Soulslikes”.
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Além de Demon’s, Dark Souls, Bloodborne, Sekiro, e, mais recentemente, Elden Ring, construíram uma legião de fãs para o estilo de jogo brutal, exigente, e ao mesmo tempo divertido e recompensador que a From Software faz com maestria.
E, do momento em que esta coluna está sendo escrita para a frente, enxergo, enquanto um enorme fã da From Software e dos soulslikes, um futuro absolutamente brilhante e desafiador para a comunidade que abraçou esse novo gênero dos games.
Só em 2023, duas novas potências dos soulslikes estão encaminhadas para darem o ar da graça entre os fãs: Lords of the Fallen e Lies of P. O primeiro já fez uma tentativa dentro do gênero, em 2014, mas acabou falhando miseravelmente, e, agora, com um reboot, mostrou potencial para finalmente atingir o objetivo inicial da franquia.
Lords of the Fallen já mostrou que evoluiu absurdamente em relação ao primeiro jogo, com um gameplay mais sólido e parecido com Dark Souls, um cenário deslumbrante e mecânicas de travessia bem interessantes, como a possibilidade de alternar entre os reinos dos vivos e dos mortos. O jogo será lançado em 13 de outubro para PS5, Xbox Series X|S e PC.
Já Lies of P nem sequer tenta esconder as fortes inspirações no universo estabelecido por Bloodborne. A estética gótica e o gameplay mais acelerado, com a presença da esquiva e do recurso de recuperar vida ao bater nos inimigos, entregam, no jogo da NeoWiz algo que nos aproxima ao máximo da tão aguardada e elusiva sequência do jogo de Hidetaka Miyazaki.
Como Bloodborne é meu jogo favorito da vida, minha expectativa é enorme para Lies of P. Uma notícia recente, inclusive, adiantou que o game terá três finais, mais uma semelhança com o jogo da From Software, e eu mal posso esperar por 19 de setembro, quando ele chegará para PlayStation 4 e 5, Xbox One e Series, e PC.
Indo além na linha temporal, um outro candidato, que teria forte potencial a ser o melhor soulslike já feito, Black Myth: Wukong infelizmente precisa de um disclaimer importante. No ano passado, o estúdio Game Science foi acusado de práticas misóginas, principalmente por conta de uma declaração em que apontava “não precisar de jogadoras”.
O caso é uma pena, já que, com uma jogabilidade bem parecida com Elden Ring, o game tem um potencial na combinação entre gameplay fluido, gráficos excelentes e uma mitologia ainda inexplorada no gênero, a chinesa.
O lançamento de Black Myth: Wukong está previsto apenas para 2024, para PS5, Xbox Series X|S e PC, mas, depois dos lamentáveis episódios de misoginia e preconceito do estúdio, o game acabou perdendo o carisma inicial.
E eu não poderia encerrar essa coluna sem mencionar um jogo da From Software, mais especificamente, uma DLC. A expansão Shadow of the Erdtree, de Elden Ring, foi anunciada no início do ano, em fevereiro, sem maiores detalhes ou mesmo um trailer maior que mostrasse um pouco mais do que vem pela frente no melhor jogo de 2022.
A história de Elden Ring, como um bom filho de Miyazaki, deixou muitos caminhos ainda não desbravados, e Shadow of the Erdtree deve amarrar muitas pontas soltas que o jogo base deixou, principalmente trazendo luz à lore de Miquella, irmão de Malenia, que supostamente é o personagem destacado na arte de anúncio da expansão.
O certo é que, no futuro bem próximo, Lords of the Fallen e Lies of P preencherão a ansiedade pela chegada de Shadows of the Erdtree a Elden Ring, e, quem sabe, possam estabelecer as franquias para futuras sequências.