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Destiny 2: Queda da Luz Review | Muitas perguntas, nenhuma resposta

Expansão deveria ser o ponto alto de Destiny 2 nesse começo de ano, mas acaba derrapando ao entregar pouco para...

Destiny 2: Queda da Luz

Expansão deveria ser o ponto alto de Destiny 2 nesse começo de ano, mas acaba derrapando ao entregar pouco para os jogadores que esperavam uma conclusão épica.

A nova temporada de Destiny 2, chamada de Temporada da Resistência, dá o tom da expansão Queda da Luz. Os jogadores devem resistir ao vilão A Testemunha e defender o Viajante.

Em uma batalha sem precedentes onde o jogador deve ir até os confins do universo para impedir o apocalipse, a Bungie entrega uma expansão com um sentimento agridoce para os fãs. 

O Apocalipse chegou, mas nem tanto

Em Neomuna, o maior aliado do player é Osíris, ao lado de Rohan e Nimbus, defensores da cidade. E conhecendo o Guardião de longa data, é bacana constatar o quão disposto ele está de arriscar a sua vida para salvar o Viajante, mesmo que isso custe sua morte definitiva. 

O que devo dizer, é que a campanha do jogo começa até que começa promissora. O jogador tem um senso de urgência enorme devido a possível aniquilação da Terra, mas, simultaneamente, a situação se estende e vai para um ponto que não conversa com essa ideia. 

Destiny 2: Queda da Luz
Osíris passa mais tempo te dizendo o que fazer, do que fazendo algo. (Imagem: Captura de Tela/Igor Pontes/Game Arena)

Entender sobre o Filamento coloca os personagens em uma tangente enorme onde, convenientemente, pode-se esquecer que o apocalipse está batendo à porta, para conseguir um poder novo. Diferente de Além da Luz, onde também consegue-se um novo poder, a descoberta do Filamento remove o jogador completamente da ação, o que se torna bem desanimador.

Destiny 2: Queda da Luz
A inserção do Filamento é interessante, mas toma tempo de explicações necessárias. (Imagem: Captura de Tela/Igor Pontes/Game Arena)

Até daria para entender essa situação caso o jogo não entregasse tão pouco para uma expansão. E acredite, sinto que o fator jogabilidade dela está bem divertido, porém, ao completar todas as missões da cidade, a situação fica parecendo muito menos impactante do que deveria ser. A ideia seria de que o mundo está acabando, o Apocalipse chegou, corre que o vilão final está respirando no cangote, mas esse momento nunca chega em Destiny 2: Queda da Luz

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Me diga Bungie, me diga o que é o Véu

O principal problema dessa expansão, são as faltas de respostas. É sabido como Calus se tornou o Discípulo, mas se sabe quase nada sobre A Testemunha e também sobre o tal Véu que ela tanto busca. A expansão inteira se passa em uma tentativa de entender do que se trata, buscando defender algo que, no fim, nunca foi revelado para os jogadores.

Essa sensação faz com que o impacto de tudo o que acontece nos momentos finais da expansão, se perca. Não tem como vivenciar aquela sensação de ‘’Uau, então é isso que aconteceu??’’, já que nada é explicado para os jogadores em nenhum momento. 

Destiny 2: Queda da Luz
Mara Sov protege a terra enquanto estamos brincando de parkour em Neomuna. (Imagem: Captura de Tela/Igor Pontes/Game Arena)

E não só isso, a própria cidade de Neomuna, apesar de ter um visual incrível, acabou se provando uma decepção devido a escolhas duvidosas de roteiro. Quando chega-se à cidade, havia sido dito que os habitantes de Neomuna estavam seguros em uma arca, e somente suas consciências vagavam pelo local. Até então, entende-se que isso é uma medida de segurança para proteger os moradores.

Mas, não. Eles povoam a cidade através dos seus hologramas, enquanto Rohan e Nimbus são os únicos personagens com quem há alguma interação. Com essa informação, a cidade potencializa a sensação de ‘’cidade fantasma’’, que passa quando se explora além dos pontos onde existem inimigos para combater. 

Destiny 2: Queda da Luz
Calus se torna um vilão que apesar de parecer poderoso, dura pouco na história. (Imagem: Captura de Tela/Igor Pontes/Game Arena)

As missões são bem divertidas de se jogar, apesar de algumas parecerem que foram feitas para tentar sufocar o jogador, ao invés de oferecer dificuldade. Muitos inimigos na tela não é um aumento de dificuldade, só mais dor de cabeça mesmo. 

Sou a favor de existir desafios e do Modo Lendário, mas existe uma diferença bem grande entre o que acontece no modo mais difícil, o qual é o aumento da vida dos personagens, com colocar vários Cabais tentando te matar em um espaço pequeno. Soa muito simplório achar que isso aumenta a dificuldade de um confronto. 

Somando isso ao fator de que a expansão não avança muito na história e parece apenas ‘a cena pós-créditos’ da temporada anterior. E, com toda a divulgação da Bungie sobre essa expansão, a sensação é de que o jogador acabou de assistir a um filme do MCU, com a cena pós-créditos ligando para o próximo filme e tudo. A diferença é que essa experiência custa R$ 300 e não tem meia-entrada. 

Colocar um conteúdo muito corrido e com nenhuma sensação de recompensa para os jogadores além da nova subclasse, é muito decepcionante quando existem conteúdos como A Bruxa-Rainha, ainda mais sendo a expansão anterior à Queda da Luz

A luz no fim do túnel

A temporada de Destiny 2 está começando, e a nova raid chega na próxima sexta-feira (10). Talvez com a chegada de novos conteúdos, a expansão comece a desenrolar a história envolvendo A Testemunha e seus desejos contra o Viajante. Mas, até lá, as coisas estão muito mornas na história.

Não há um sentimento nem mesmo de derrota, já que não existe um peso real para o que acontece nas cenas finais da expansão. Com tantas coisas em aberto e sem explicação, fica parecendo que Destiny 2: Queda da Luz foi feita mais como uma prévia para a temporada do que como o fio condutor da história. 

Destiny 2: Queda da Luz
A trama da expansão entrega pouco comparado ao que foi prometido. (Imagem: Captura de Tela/Igor Pontes/Game Arena)

Expansões em Destiny 2 sempre foram a força motriz da trama, com a temporada entregando os desdobramentos do que aconteceu durante o conteúdo pago. Dessa vez, fica parecendo que a Bungie deixou tudo o que era importante para o conteúdo da temporada, com a expansão servindo somente como uma grande introdução que se teve que pagar para conseguir jogar. 

Dessa forma, apesar de eu ter me divertido com a expansão, consigo entender quem desgostou dela. Muitas perguntas sem resposta, pouco envolvimento dos personagens como um todo, Destiny 2: Queda da Luz não consegue sustentar todo o alarde criado em cima do confronto entre A Treva e a Luz. Não me leve a mal, o Filamento é divertido, a cidade é bonita, mas fica aquele gostinho de ‘quero mais’ na boca. 

Como Destiny 2 é um jogo como serviço, existe espaço para melhorar a situação e reverter o sentimento de decepção dos jogadores. Seja adicionando missões que expliquem o que importa para a trama, seja finalmente revelando os segredos que deveriam estar expostos já durante a campanha da expansão. 

A comunidade de Destiny 2 precisa de respostas, e como a campanha não conseguiu suprir o que era necessário, resta apenas torcer para que o conteúdo pós-expansão entregue aquilo que não chegou nem perto de ser – o tal confronto impactante que a Bungie falou que Destiny 2: Queda da Luz seria.

Destiny 2 está disponível para PC, PlayStation 4, Xbox One, Xbox Series S, Xbox Series X e PlayStation 5.

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