Jim Ryan mantém o compromisso da PlayStation com jogos de narrativa
Em uma sessão de perguntas e respostas com analistas vazada junto dos documentos da Microsoft, o CEO da PlayStation, Jim Ryan, comentou que “títulos com narrativas ricas” continuarão sendo a pedra fundamental dos exclusivos da empresa.
A mesa redonda teria acontecido em 2022, e Ryan comentou sobre o assunto quando foi perguntando se os 10 jogos como serviço que tem em desenvolvimento estariam mudando o foco de trabalho. “Seria ingênuo assumir que todos os 10 jogos como serviço serão um sucesso estrondoso, então essa não é uma condição necessária para dobrarmos as receitas de first party,” disse o executivo.
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“E não se esqueça que, enquanto fazemos isso, nós continuaremos a publicar esses jogos que tem nos servido tão bem ao longo dos anos. Esses jogos graficamente lindos e com narrativas ricas continuarão sendo a pedra fundamental dos nossos exclusivos”. Ryan foi perguntado quantos desses títulos como serviço seriam baseados em propriedades intelectuais que já existem.
“Será uma mistura. Eu não vou além do que já foi anunciado, mas é justo dizer que quando se olha para o nosso portfólio de propriedades intelectuais, e pensa nos grandes nomes que existem lá, ter esses jogos saindo das restrições do modelo de console é uma perspectiva muito significativa para nós”.
Ryan ainda explicou que é provável que alguns exclusivos do PlayStation acabem “encontrando o caminho” dos jogos como serviço. No entanto, é interessante ver o compromisso da empresa em manter o modelo de sucesso que tem dado muito certo e que é o principal diferencial quanto à concorrência.
Gostando do estilo ou não, é inegável que a base de fãs do PlayStation adora o formato de narrativa que se tornou o carro chefe da empresa. The Last of Us, God of War, Uncharted, até mesmo Marvel’s Spider-Man. O peso da história nos títulos do console da Sony é enorme.
É algo que funciona muito bem com a proposta dos projetos da empresa, e incentiva aos consumidores a comprarem o novo console para continuar a aventura de Kratos e Atreus, por exemplo. Os exclusivos da Sony tem esse ar mais cinematográfico, e isso ajuda bastante a criar essa identificação com o público, já acostumado com esse formato.
Enquanto a Nintendo foca na jogabilidade e a Xbox foca no serviço, a Sony continua caminhando muito bem com os títulos focados em experiências narrativas. Afinal de contas, The Last of Us Part II e God of War são a maior prova do sucesso, conquistando os prêmios de jogo do ano para o PlayStation.
Em um mercado cada vez mais dominado por jogos como serviço, passes de batalha e microtransações, é bacana constatar o comprometimento de continuar lançando títulos focados na experiência do consumidor e não só em quanto irá faturar com um visual alternativo para a Ellie, por exemplo.
Imagine se cada visual de Peter Parker e Miles Morales em Spider-Man 2 fosse adquirido com uma moeda premium? É um tipo de modelo que não pegaria bem para os jogos da PlayStation, e entendemos a Sony querer uma parcela dos títulos como serviço.
É um mercado lucrativo, que, caso a empresa lance o tão especulado MMORPG do universo de Horizon, por exemplo, vai ser um acerto grande da PlayStation, ainda mais com a marca já consolidada com dois bons títulos que fizeram sucesso com a base de consumidores.
Não existe uma fórmula para o sucesso, mas dá para dizer que o mais próximo disso é o formato que a PlayStation tem utilizado para as propriedades intelectuais da empresa. Foi o que fez ela vencer — apesar de desgostar desse termo — a “guerra de consoles” da geração passada, e vem funcionando de forma satisfatória.
Falta lançar mais jogo? Com certeza, mas, pelo menos, o que já saiu para o PlayStation 5 tem deixado a base de usuários bem feliz. Não dá para mexer em time que está ganhando.
Com informações de: VGChartz
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