A Comissão Federal de Comércio acatou a intimação da Microsoft que faz com que a PlayStation revele seus acordos com estúdios por exclusividade.
A aquisição da Activision Blizzard continua rendendo e dessa vez a Sony entrou na jogada. Em janeiro, a Microsoft fez uma intimação para a empresa revelar seus contratos de licenciamento com outros estúdios, além de todos os rascunhos e comunicações sobre a declaração do presidente da Sony, Jim Ryan, ao CFC.
A Comissão Federal de Comércio é o órgão regulador americano, e é mais uma das entidades que está avaliando o processo de compra da Activision Blizzard pela Microsoft. A entidade entrou com um processo para barrar a compra, muito graças aos comentários da Sony de que a franquia Call of Duty é insubstituível no PlayStation.
Uma tentativa de anular ou limitar a intimação foi feita pela Sony, mas ela não foi acatada pela CFC, mesmo com as alegações de que o pedido da Microsoft seria irrelevante ou tomaria muito tempo, além de ser caro para realizar. Agora, cabe a dona do PlayStation acatar a decisão do órgão e revelar o que foi pedido.
O pedido da Sony de foi de anular o pedido para a produção de cópia de todos os acordos de licenciamento com outras empresas entre janeiro de 2012 até o momento presente. Para a dona da PlayStation, essa informação não teria nenhum valor para o processo e seria muito oneroso fazer uma revisão manual de cerca de 150 mil contratos para saber quais são relevantes.
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O argumento da Microsoft sobre a situação é de que como a Sony alegou que a venda da Activision Blizzard poderia tornar a franquia CoD um exclusivo de Xbox e que isso teria um impacto negativo na indústria, seria importante entender como acontecem os acordos exclusivos da Sony e seu efeito na competição na indústria.
O que é de se entender, visto que a Sony tem vários casos de colaborações que acabam saindo como exclusivas para o PlayStation, e em alguns casos, com exclusividade temporária. Um exemplo curioso, é o caso de Deathloop, jogo da Arkane Studios que saiu como exclusivo temporário para o console da Sony, após a compra da ZeniMax Media e consequentemente, a Bethesda e seus estúdios.
Jogos como Bloodborne, Final Fantasy VII Remake, Forspoken e Final Fantasy 16, são alguns dos títulos exclusivos para o console da Sony, mas que não são jogos feitos nos estúdios da empresa. Outro pedido da Sony rejeitado pela CFC, foi de não incluir certos arquivos, que estariam em japonês, e por isso demoraria para conseguir procurar e traduzir os contratos.
A compra da Activision Blizzard pela Microsoft por US$ 69 bilhões tem sido um dos principais assuntos da indústria nos últimos anos, com uma longa batalha contra os órgãos regulamentadores, em prol da aprovação da compra. A Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido também é contrária a compra, chegando a sugerir que CoD seja vendido, para o negócio ser aprovado.
Recentemente, em sua viagem ao Reino Unido para defender a compra diante da CMA, Phil Spencer disse ao The Times que a compra da Activision Blizzard não é um ponto vital em seu planejamento para a Xbox, e que espera que o negócio vá para a frente, como forma das três grandes empresas de consoles consigam ter uma concorrência ampla.
Entre os esforços para manter sua palavra de continuar com Call of Duty como multiplataforma, a Microsoft confirmou que a franquia estará nos consoles da Nintendo pelos próximos 10 anos. A empresa também chegou a oferecer o mesmo tipo de acordo para a dona do PlayStation.
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Com informações de: VGC