Ainda sem anúncio oficial, uma sequência de Ghost of Tsushima é um caminho provável para o PS5.
No dia 17 de julho de 2020, chegava ao PlayStation 4 um dos jogos mais aguardados da época: Ghost of Tsushima. Os trailers que precederam o lançamento mostravam gráficos assustadoramente reais, além de um gameplay afiado e sangrento. Três anos e uma expansão depois, vamos analisar o game da Sucker Punch com a cabeça fria, e avaliar o que precisa acontecer em uma provável sequência.
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Para começar a conversa, Ghost of Tsushima deve ser encarado como uma experiência cultural. Tanto que alguns de seus desenvolvedores, Giroki Hitakatsu, Nate Fox e Jason Connell, receberam o título de embaixadores do turismo da ilha que inspirou o game. O trabalho da Sucker Punch é realmente de altíssimo nível, no cuidado com os detalhes, na recriação fiel de pontos importantes e da própria história do local. Este esmero é algo indispensável para a sequência, de preferência em um patamar mais alto de qualidade.
Um segundo ponto importante a ser analisado em Ghost of Tsushima são os gráficos. O primeiro game é lindo, com ambientes deslumbrantes e variados. Uma nova entrada na série, feita para o PlayStation 5 e chegando no terceiro ano do console, precisará mostrar um salto em relação ao que vimos no original. Jogos como Horizon Forbidden West e God of War Ragnarok, que são belíssimos, não tiveram uma evolução tão gritante neste quesito, muito talvez por conta da necessidade de versões para a geração passada. Ghost of Tsushima 2 pode ser o primeiro exclusivo a transicionar para um mundo totalmente pensado para a geração atual, e explorar sem amarras o potencial gráfico do PS5.
Outro aspecto de suma importância é o gameplay. No primeiro Ghost of Tsushima, a jogabilidade de combate foi satisfatória e elegante, com combates de espada intensos e arrojados. No entanto, ficou um gostinho de “quero mais”, já que a variedade apresentada não era das maiores. Inimigos muito parecidos, timings de golpes previsíveis e repetitivos, e, principalmente, o curto arsenal do protagonista, tornaram a experiência até certo ponto monótona em determinado momento da aventura.
Por fim, o ponto que mais me deixou frustrado no primeiro Ghost of Tsushima foram suas missões, tanto primárias quanto secundárias. Para um game com cerca de 25 a 30 horas de duração, não vi um conteúdo muito diferenciado entre missões. Eram sempre os mesmos objetivos básicos de infliltração, combate, coleta de item ou resgate de prisioneiros. Entendo a necessidade de entregar um jogo fiel à história real, mas que isto seja feito de um jeito mais criativo e variado.