Ben Arfmann explicou o motivo das escolhas por trás da nova identidade de Venom em Marvel’s Spider-Man 2
Em uma entrevista para o Gizmodo na última sexta-feira (27), o diretor criativo de Marvel’s Spider-Man 2, Ben Arfmann, comentou sobre alguns dos principais spoilers do jogo, entre eles, a nova identidade de Venom e os motivos por trás da mudança no alter-ego do vilão do Aranha.
Caso não tenha jogado ainda a nova aventura de Peter Parker e Miles Morales, a matéria contará com alguns spoilers tanto do final do primeiro título, quando da sequência. Leia por conta a risco a partir daqui.
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Apesar das teorias dos fãs de que Venom poderia ser até mesmo Peter Parker, acabou que o que foi mostrado no final do primeiro jogo, se concretizou. Com Harry Osborn como o hospedeiro de Venom, a história tem um tom diferente do que teria se fosse com Eddie Brock.
Segundo Arfmann, a equipe da Insomniac até chegou a olhar em outros materiais-fonte, mas eles só conseguiriam pensar na versão criada para o jogo e o inevitável embate entre Peter e Harry nesse cenário.
“Nós tentamos absorver tudo e fazer a nossa própria história”, disse Arfmann. O diretor ainda explica que as pessoas podem ver influências de outras obras em Marvel’s Spider-Man 2, mas eles estavam tentando colocar Peter e Harry nesse embate que desafiaria ambos emocionalmente.
Arfmann também fez questão de dizer que a equipe ama a versão do Venom com Eddie Brock, mas que no final, eles queriam contar a própria história, uma que fosse única e interessante, além de contribuir para o universo que estavam criando.
E jogando Marvel’s Spider-Man 2, é possível ver que a ideia deu certo. Adaptações são um recurso constante ao transportar uma mídia para outro lugar, e essa versão da “Terra-1048”, como é chamado o universo da Insomniac, conseguiu adicionar uma camada de profundidade ao vilão.
No universo da Insomniac, Peter já está bem longe do Clarim Diário, e J.J. Jameson também não faz mais parte do jornal, o que dificultaria encaixar Brock na trama do jogo, e também ter que construir todo um sentimento de vingança sobre o herói.
Trazer Harry Osborn, continua construindo esse universo bem diferente da desenvolvedora, além de entregar uma carga dramática maior ao vilão, que vem com todo o conflito quanto ao descaso de Peter usando o simbionte, o peso do amigo ter salvado a vida do herói, e ele não conseguir retribuir.
Marvel’s Spider-Man 2 tem em Venom um baita acerto narrativo, principalmente para desvencilhar o jogo de outros produtos do Homem-Aranha. Com um universo próprio, a liberdade do estúdio para trabalhar a história, é maior.
São décadas e décadas de histórias do Homem-Aranha, e se Marvel’s Spider-Man 2 fosse ser um repeteco de tudo o que já vimos do herói, não adiantaria de nada ter uma experiência narrativa bacana no jogo da Insomniac.
Optar por criar algo novo com personagens já conhecidos e queridos pelo público, dá um impacto maior quando Harry se torna o Venom. Em um jogo com uma carga dramática tão grande quanto Marvel’s Spider-Man 2, ter o melhor amigo de Peter como vilão, casa muito bem com a proposta.
Com informações de: The Gamer
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