Roteirista de Forspoken acabou revelando o custo de produção do jogo, em post no LinkedIn
A escritora principal de Forspoken, Allison Rymer, acabou revelando mais detalhes sobre a criação do jogo, através da sua descrição de trabalho na rede social LinkedIn. A informação começou a circular através do Twitter na última segunda-feira (13).
No texto da descrição do seu trabalho com o jogo, Rymer explica que escreveu a bíblia, roteiro e o conteúdo disponível para download do jogo. Além disso, o orçamento da produção foi colocado na descrição, aproximando dos US$ 100 milhões, algo em torno de R$ 528.630.000,00 na cotação atual.
Forspoken’s budget. pic.twitter.com/xBd8q2EJpc
— Timur222 (@bogorad222) March 13, 2023
Orçamento de Forspoken
A descoberta do orçamento do jogo vem após o presidente da Square-Enix se dizer decepcionado com as vendas e os reviews adversos. Não só isso, devido às vendas baixas, o jogo apresenta um real risco financeiro para a criadora de Final Fantasy e Kingdom Hearts.
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O que, inclusive, não me parece nada surpreendente. Forspoken pode ter sido um fracasso, tudo bem. Mas já não é de hoje que a empresa vem tropeçando, e muito, em seus lançamentos. De tudo o que vem acontecendo do lado da Square-Enix, podemos dizer o jogo é só mais uma pedra no caminho.
Diferente de Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin, que apesar de não ter lá o primor dos diálogos, diverte pela jogabilidade, Forspoken sofre de um problema bem pior. Não é que o diálogo do jogo seja brega que nem o de Stranger of Paradise, ele é ruim.
Gosto de usar essa icônica cena que virou um excelente meme graças a situação completamente fora de tom, onde após um dos personagens entregar um discurso dramático sobre a sua vida e a trama do jogo, Jack simplesmente profere ”Bullshit”, bota um Limp Bizkit no seu celular e segue com a vida. Se isso não é arte, é difícil de entender o que é. Mas, brincadeiras a parte, o tom do jogo é para ser brega. O próprio nome do personagem é tão genérico quanto suas atitudes: Jack. O que não acontece na trama de Frey, a protagonista de Forspoken.
No caso de Forspoken, bem, além do jogo não ter lá o poderio gráfico do que poderíamos esperar de um jogo feito para o PlayStation 5 e para PC, o game se leva a sério na hora da construção dos diálogos. Além, é claro, de vários problemas técnicos.
O conceito de Forspoken é interessante, não me leve a mal. Uma personagem levada para um mundo diferente e recebe poderes para proteger aquele lugar? É um clichê clássico de Isekai. O problema é que ao invés de ser um Viagem de Chihiro – que sim, é um Isekai -, o jogo está mais para Sword Art Online.
O principal problema é que aliamos diálogos que não são lá bem construídos, com um jogo que carece de polimento, temos uma bomba relógio que estava bem óbvia que iria estourar. Mesmo assim, a Luminous Productions será incorporada definitivamente à Square-Enix. Bom para eles.
Quanto à criadora de Final Fantasy, bem, a mudança de presidente poderia significar novos ares, mas não vai. A empresa agora quer voltar os seus esforços para o mercado blockchain, o que preocupa bastante quem gosta das propriedades intelectuais da Square-Enix. Ainda não dá para saber o que nos aguarda no horizonte, mas a situação já não está favorável.
Forspoken receberá, no verão americano uma DLC, chamada ”In Tanta We Trust”. Esperamos que, até lá, a empresa consiga melhorar tudo o que tem de errado com o jogo, que tinha bastante potencial quando foi anunciado.
Com informações de: Games Radar +
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