Quando anunciado em durante uma Nintendo Direct em junho, Dragon Quest 3 HD-2D trouxe uma verdadeira alegria para meu coração. Primeiro por ser um remake de clássico do Nintendinho lançado em 1988 que nunca chegou oficialmente ao ocidente em sua versão original. Segundo, por ser eternamente lembrado pelos fãs mais saudosistas como o verdadeiro início do assombroso sucesso da franquia.
A empolgação só crescia, com a revelação de que o estúdio ARTDINK estava envolvido diretamente no projeto, utilizando a estética HD-2D, que combina gráficos 3D com personagens e ambientes 2D em estilo pixel art. Um estilo que fez tanto sucesso com a série Octopath Traveler que a própria Square Enix fez questão de patentear o termo HD-2D para si.
O game se aproxima do lançamento oficial no dia 14 de novembro e começa a animar os grandes fãs de JRPGs, em especial os apaixonados por combates aleatórios e batalhas por turnos. Para mostrar a dedicação dos desenvolvedores em reviver a magia da aventura clássica, a Square Enix cedeu ao Game Arena acesso antecipado ao game e, aqui, relatamos as impressões sobre as 8 horas iniciais de Dragon Quest 3 HD-2D.
A estética HD-2D serviu como uma luva
Mesmo sem testar o game, um fã mais entusiasmado de JRPGs clássicos com certeza se animou com a revelação do remake com o estilo HD-2D. Uma aventura clássica como a de Dragon Quest 3 sendo recontada com novos efeitos visuais, como recursos de iluminação e sombreamento inexistentes tanto no original quanto nas outras versões. Que sonho…
O novo game entrega tudo o que prometeu, e graficamente está incrível, pois temos praticamente tudo que existia de bom na aventura original com uma nova roupagem. Isso trouxe uma sensação retrô de jogo de NES com uma profundidade visual única. Mas guarde a palavra “retrô”, pois ela será usada em vários sentidos no Dragon Quest 3 HD-2D.
Uma gameplay “realmente” clássica
Por mais bonito e modernizado que o novo estilo possa parecer, o sistema de combate por turnos e as mecânicas originais do RPG de Nintendo ainda estão aqui. Claro, para facilitar a vida do jogador, a Square Enix disponibilizou três níveis de dificuldade.
Se você for um jogador “raiz” e que experimentar os desafios mais próximos da versão original, escolha a opção “Draconian Quest”. É EXTREMAMENTE DIFÍCIL, mas ainda assim, não chega nem perto da dificuldade da versão de 1988. Mas se você não quer arrancar os cabelos com dificuldade, prefira o modo normal, chamado aqui de “Dragon Quest”.
Os combates em turnos continuam parecidos, mas modernizados. A interface emula a versão original, mas obviamente tivemos melhorias nos menus e navegação. Nada de informações resumidas ou em siglas. Aqui tudo está às claras.
Os encontros aleatórios são presença garantida no remake. E aqui vamos evocar o “retrô”, pois não vemos os inimigos no cenário ou mapas. Existem ocasiões e locais onde a cada três a quatro passos, temos uma batalha. É irritante? Sim, mas faz parte da experiência original. Porém, existem meios (e itens) para remediar isso. Mas é papo para um futuro review.
As classes do jogo original ainda estão aqui, com um sistema de recrutamento de novos personagens idêntico ao original. Você pode personalizar seu grupo de quatro heróis de acordo com as habilidades de cada classe, formando um time coeso de acordo com seu estilo ou estratégia de jogo.
Um chamado para a aventura através da boa música
Vamos mudar um pouco. Agora trocamos a palavra “retrô” pela “nostalgia”, o verdadeiro sentimento evocado por Dragon Quest 3 HD-2D! Trazendo a trilha sonora de Koichi Sugiyama em uma versão remasterizada espetacular, as músicas trazem diversos sentimentos ao jogador.
Quem jogou qualquer Dragon Quest do passado vai receber seu verdadeiro chamado para a aventura ao caminhar pelo mapa do mundo ao som do “Adventure Theme”. Ou sentir a emoção e terror de encontrar um chefe extremamente difícil com o tema “Hero’s Challenge”.
A qualidade das músicas parece corresponder ao que esperamos do remake. Já aguardo ansioso para que a Square Enix disponibilize a trilha completa no Spotify, por exemplo.
Uma história extremamente clássica
Dragon Quest III HD-2D conta a história de um jovem herói que parte numa jornada para derrotar o Lorde Demônio Barramos, seguindo um caminho trilhado no passado da sua família. Uma história clássica que se repetiu em muitos jogos antes e depois do jogo de 1988.
E é isso. Nas oito horas usadas para este preview, vemos a jornada simples do herói e de seus companheiros para resolver os problemas do mundo e ir de encontro ao Lorde Demônio.
Não existem pensamentos intrusivos, dilemas morais ou coisas tão profundas. A “moral da história” aqui é se divertir com a jornada, enfrentando hordas de inimigos aleatórios, economizar seu Gold para comprar uma arma mais poderosa e encarar os desafios quando estiver pronto.
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