Stormgate quer fisgar não só fãs do gênero
Durante a gamescom latam 2024, a Game Arena teve a oportunidade de conversar com Tim Morten, CEO da Frost Giant Studios sobre Stormgate, o RTS do estúdio, composto por ex-veteranos da Blizzard.
Conversamos sobre o que os fãs do gênero podem esperar do jogo, o apreço pela comunidade, e a forma como o novo RTS busca ser acessível para novos jogadores que não estão acostumados com o estilo de jogabilidade.
A importância do Acesso Antecipado
Primeiro, perguntamos para Morten como foi a decisão de trazer o jogo em acesso antecipado, e como a empresa visa trabalhar com o feedback dos jogadores conforme o desenvolvimento continua.
“Eu realmente acredito que o acesso antecipado é uma forma de lidar com certos pontos importantes com a comunidade durante o processo”, explicou Morten. “Nós temos tentado manter a comunidade envolvida durante o processo, tendo sessões de feedback, threads no Reddit, betas fechados e o acesso antecipado é o próximo passo lógico desse processo”, continuou o executivo.
“É definitivamente um ajuste para o time de desenvolvimento, que estava acostumado a trabalhar de uma forma que nós não compartilhávamos o nosso trabalho até mais bem mais tarde. Nós nos tornamos mais vulneráveis fazendo isso dessa forma. Então acho que emocionalmente é uma jornada para nós, mas acredito que o produto final acaba se tornando melhor”, finalizou Morten.
Ainda conversando sobre o acesso antecipado, perguntamos sobre como o feedback da comunidade é importante para eles, e como Stormgate, assim como todo RTS, possui um lado estratégico e competitivo, e por isso, como está sendo feito o balanceamento para agradar tanto fãs mais casuais como o cenário mais competitivo.
“Sempre existe a necessidade para balancearmos a nossa própria visão para o jogo com o feedback que recebemos e é muito importante para nós, sermos abertos para o feedback ao longo do caminho”, e para Morgen, é importante ouvir os dois lados.
“Nós tentamos incorporar o feedback enquanto protegemos o foco da nossa visão para o jogo durante o processo”, explica Morten. “Quanto a diferença de perspectiva entre jogadores mais habilidosos, ou proplayers e jogadores mais casuais, uma das coisas que tentamos fazer com Stormgate é criar modos que atendam essas audiências específicas”.
“Um contra um competitivo em Stormgate é o modo de estratégia em tempo real mais puro. Não existem heróis, as condições tradicionais de vitória e é tudo sobre alta habilidade”, Morten também explicou sobre os modos mais casuais.
“Outros modos, como o modo cooperativo e campanha estão no acesso antecipado desde o lançamento, e quando lançarmos o modo 3 contra 3 competitivo, esses modos serão mais casuais e bem menos ‘hardcore'”, Morten continua, “E separando dessa forma, é ok para nós estarmos mais focados no balanceamento mais ‘hardcore’ para o um contra um, e ser mais abertos para experimentar e deixar coisas mais OP existirem no jogo, porque é realmente muito divertido ser mega poderoso contra a IA”.
Como um RTS pode sobreviver em um cenário dominado por MOBAs?
Perguntamos para Morten como o jogo pode sobreviver no cenário atual do mercado, visto que uma parcela da comunidade atual provavelmente não conhece o trabalho do executivo com StarCraft, e como MOBAs tem tomado o cenário, se Stormgate planeja ser atrativo para um novo público, ou não.
“A primeira coisa que eu vou dizer é que a audiência de RTS continuou bem consistente ao longo dos anos e eu tive o privilégio de ver os números de back end estavam na época que trabalhei na Blizzard, e a verdade é que esse público nunca foi embora”, explicou Morten, que comentou sobre a importância de agradar o público fiel.
“Existem outros gêneros como o MOBA que você mencionou que transcenderam o tamanho da audiência do RTS, mas eles continuam jogando até hoje. Então, antes de tudo, queremos ter certeza que estamos fazendo um jogo que seja atrativo para esses jogadores”, finalizou o executivo.
“Mas acho que a chave para crescer o gênero é olhar para o que tem feito sucesso para tantos outros gêneros em termos de permitir uma jogabilidade social. Tantos outros jogos viralizaram pelas pessoas convidarem os seus amigos para jogar com eles e isso é algo que estamos buscando que se torne possível em todos os modos de jogo”, Morten continua a explicação, comentando sobre como “abraçar” novos jogadores.
“A campanha de Stormgate eventualmente será jogável cooperativamente, e obviamente, o modo cooperativo desde o lançamento terá suporte para até três jogadores e 1vs1 competitivo é onde começaremos, mas mais uma vez, após o acesso antecipado, nós iremos adicionar o modo 3vs3 competitivo e cada um desses modos oferece um vetor para as pessoas convidarem os seus amigos para jogar e acho que isso realmente ajuda a crescer o gênero”, Além disso, Morten explicou como planejam trazer os novos jogadores.
“Nós também trabalhamos bastante para providenciar uma chegada suave para novos jogadores e parte disso são tutoriais rápidos, existem macros rápidos nos cartões de comando, existe também uma função chamada ‘buddy bot’, que vai automizar os macros para novos jogadores”, continua Morten. “Então, se eles não quiserem lidar com gerenciar a economia construindo estruturas básicas para começar a jogar”.
Tentando não perder as raízes do gênero
Jogos do gênero tem a fama de exigirem bastante atenção dos jogadores, principalmente pela volatilidade de como as coisas podem mudar, seja perdendo algum recurso no mapa, uma invasão inimiga na base, e coisas do tipo. Perguntamos como Tim Morten e a equipe tentaram deixar a experiência mais palatável para novatos, mas, ao mesmo tempo, deixar o desafio atrativo para jogadores mais experientes.
“RTS tem a reputação de ser bem profundo em termos de jogabilidade, e nós queremos garantir que nós não perdemos isso”, Morten ainda comentou sobre o atrativo que vem com a dificuldade de alguns jogos. “Acredito que assim como Dark Souls e outros gêneros, parte do charme, é que é preciso ser habilidoso para jogar esses jogos. Então, para nós, foi mais sobre como podemos ajudar os novos jogadores sem tirar a profundidade?”, Morten explica como eles trabalharam esse lado de Stormgate.
“Parte disso foram as mudanças de qualidade de vida que fizemos, como macros rápidos que permitem o jogador não precisa clicar em uma estrutura ou em uma unidade para criar novas unidades ou estruturas. Você pode ir direto para o seu card de comandos, ou seja, digamos que você quer construir unidades ou estruturas e ver o quais estão disponíveis, o jogo escolherá a unidade ou estrutura mais adequada para você”, Morten continua elaborando sobre o assunto.
“Para jogadores veteranos, é mais rápido clicar nas unidades e nas estruturas e fazer essas escolhas você mesmo, mas para um novato, isso simplifica o fluxo. E isso permite que você entre nesse nível de profundidade assim que quiser, sem se sentir sobrecarregado por ele”.
Stormgate chega em acesso antecipado em 13 de agosto para PC.
Leia mais
- gamescom latam | Dos criadores de Tibia, Persist Online é destaque com novo trailer
- gamescom latam 2024| ‘Isso é bruxaria’, head de marketing da TecToy revela que Zeenix Lite rodou Resident Evil 2 Remake
- gamescom latam 2024 | NeoSprint aposta na velocidade e na dificuldade das curvas para brilhar
A Game Arena tem muito mais conteúdos como este sobre esportes eletrônicos, além de games, filmes, séries e mais. Para ficar ligado sempre que algo novo sair, nos siga em nossas redes sociais: Twitter, YouTube, Instagram, Tik Tok, Facebook e Kwai.