Segundo a vice-presidente da Xbox, Kottick teria pedido mais dinheiro do que o normal para a empresa
Durante o julgamento entre Xbox e a Activision Blizzard nesta quinta-feira (22), a vice-presidente da Xbox, Sarah Bond, afirmou que o CEO da Activision Blizzard, Bobby Kotick, exigiu uma maior participação na receita para disponibilizar Call of Duty nas plataformas da Microsoft.
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De acordo com Bond, Kotick deixou claro que “se não ultrapassássemos a divisão padrão de receita, ele não colocaria Call of Duty no Xbox”. Diante da pressão, a empresa decidiu atender às demandas da Activision Blizzard. “O tempo era limitado. Tínhamos jogadores cujas expectativas queríamos atender, então, no final, tomamos a decisão de que era a melhor coisa para o negócio”, afirmou Bond.
Os comentários de Bond foram feitos em resposta às perguntas do conselho da Microsoft, nos quais ela argumentou que Call of Duty não era um jogo indispensável. No entanto, a decisão da empresa de pagar uma quantia adicional à Activision Blizzard para manter Call of Duty em suas plataformas contradiz essa afirmação.
A Comissão Federal de Comércio (CFC) destacou essa contradição durante o interrogatório cruzado. Bond descreveu as negociações como “acaloradas” e revelou que um acordo atual impede que Call of Duty seja incluído no Game Pass até janeiro de 2025.
Além da divisão de receita, Bond também mencionou as restrições nos acordos de marketing de Call of Duty, que limitaram o que a empresa poderia dizer sobre a série. “Há um ano, queríamos anunciar que Call of Duty Vanguard seria lançado no Xbox, mas nos disseram que não poderíamos mencionar isso no YouTube ou em qualquer outro lugar onde os clientes que não fossem nossos próprios pudessem ver. Tivemos que aguardar por um determinado período”, revelou Bond.
Bond citou o exemplo de Harry Potter: Hogwarts Legacy como outro jogo com restrições semelhantes de marketing. Ela também confirmou que atualmente não há maneira de jogar Call of Duty no Nintendo Switch, descrevendo a relação com a Sony e a Nintendo como uma mistura de concorrência e parceria.
Durante o depoimento, Bond revelou que a empresa tinha planos de firmar um contrato de 10 anos com a Valve, mas acabou optando por não prosseguir com o acordo devido à preocupação em ficar vinculada a contratos de longo prazo.
O depoimento de Sarah Bond seguiu os de Matt Booty, chefe da Xbox Studios, e Pete Hines, chefe de publicação global da Bethesda. O julgamento, que ocorrerá ao longo de uma semana, decidirá se uma liminar preliminar será imposta à aquisição da Activision Blizzard, podendo resultar no cancelamento do acordo.
Com informações de: IGN
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