Yves Guillemot, CEO da Ubisoft, acredita que streaming de jogos pode ser tão popular quanto a Netflix.
Em uma entrevista com o Financial Times, o CEO da Ubisoft, Yves Guillemot, comentou sobre o futuro do streaming de jogos na nuvem. Segundo o executivo, a prática pode se tornar tão popular quanto a Netflix e, assim como a empresa, pode demorar um tempo até o negócio deslanchar.
“Quando a Netflix disse pela primeira vez que iria para o streaming, as ações caíram e eles foram amplamente criticados”, disse Guillemot. “Hoje vemos o que eles se tornaram. Será o mesmo com video games, mas vai demorar. No entanto, quando decolar, vai acontecer de forma rápida”.
Leia mais
- Guia de Ultimate Team: os melhores PlayStyles
- PS Plus: The Callisto Protocol é um dos jogos gratuitos de outubro
- Review EA Sports FC 24: Ballon D’or da temporada
Nos próximos 5 a 10 anos, Guillemot acredita que vários jogos vão estar sendo transmitidos e também produzidos pela nuvem. Esse teria sido um dos motivos que ajudou a convencer a Ubisoft a negociar com a Microsoft.
O acordo da empresa com a Microsoft concede o direito não-exclusivo de transmitir Call of Duty e qualquer outro jogo da Activision Blizzard pelos próximos 15 anos. Os títulos farão parte do serviço Ubisoft + Cloud Gaming, que custa US$ 18 por mês e ainda não está disponível no Brasil.
Outras empresas, como Nvidia, Microsoft e Sony já estão investindo no mercado da nuvem, e, com certeza, assinar um serviço mensal que permita o jogador que não tem uma máquina potente ou um console de nova geração rode as novidades através da internet pode ser muito vantajoso.
No entanto, não podemos esquecer do já saudoso Stadia, a primeira tentativa desse formato. O serviço da Google foi descontinuado em janeiro, e, apesar de deixar alguns usuários órfãos, boa parte do mundo dos games não sente falta.
Para que o streaming de jogos na nuvem engrene, não basta só a Ubisoft ou outros estúdios imporem a prática. É necessária uma cobertura ampla de sinal de internet que permita o usuário jogar Assassin’s Creed: Mirage no metrô, no caminho para casa.
Boa parte dos fãs de videogame preferem a experiência com uma máquina que rode os jogos ou com o controle na mão, então é difícil de imaginar que o público alvo dos serviços de streaming não seja o consumidor casual.
Principalmente, se quiser cativar esse público, não adianta oferecer um streaming absurdo em 4K com ray tracing se a internet não aguentar rodar o jogo na nuvem. Servidores estáveis, internet rápida e sinal amplo são uma demanda bem maior do que colocar Call of Duty no serviço.
Creio que o futuro para o consumidor casual seja o streaming, não nego. Mas se a Ubisoft e outras empresas querem se comparar com a Netflix, é necessário fazer um lobby bem grande pela melhoria na cobertura de internet para conseguir tornar esse futuro real.
Com informações: GameSpot
A Game Arena tem muito mais conteúdos como este sobre esportes eletrônicos, além de games, filmes, séries e mais. Para ficar ligado sempre que algo novo sair, nos siga em nossas redes sociais: Twitter, Youtube, Instagram, Tik Tok, Facebook e Kwai.