Ubisoft está se esforçando para criar um ambiente mais saudável
Durante o GamesIndustry.biz HR Summit, a chefe de pessoal da Ubisoft, Anika Grant, comentou sobre como a empresa tem trabalhado para se reestruturar após a onda de alegações de abuso e assédio que aconteceram em 2020. Recentemente, cinco ex-executivos foram presos em Paris devido às investigações do caso.
“Recursos Humanos foram considerados parte do problema”, explicou a executiva, que também comentou que a empresa acabou perdendo a confiança das equipes e os primeiros passos dela no cargo foram tentar ganhar esse sentimento de volta.
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Como havia sido contratada durante o momento conturbado, Anika revelou que passou os primeiros meses tentando entender como estava a situação, conversando com vários membros da equipe, incluindo os envolvidos nas alegações.
“Minha principal conclusão foi que não se tratava apenas de melhorar os resultados, mas também de melhorar a experiência das pessoas ao trabalhar na Ubisoft”, disse ela. Grant explicou que a empresa criou uma equipe de relacionamento com funcionários, que incluía profissionais externos à empresa com experiência em lidar com má conduta e denúncias, além da introdução de novos programas de treinamento, intervenções e outras iniciativas preventivas.
Outro ponto importante levantado pela executiva, é que tanto novos funcionários da Ubisoft, quanto antigos, passaram por um treinamento de anti-discriminação, anti-assédio e vários outros tópicos. Esse treinamento, além de mandatório, também passa por um período de reciclagem anual.
O mais importante dessa movimentação da Ubisoft, é entender ser necessário colocar alguém que tenha sensibilidade para lidar com o assunto. Em um cenário predominantemente masculino e bastante tóxico, a indústria dos games precisa tomar uma “chacoalhada”.
Infelizmente, isso só acontece quando alegações e acusações acabam chegando ao ponto de envolver investigações policiais e prisões, no entanto, pelo menos sabemos que Ubisoft está se esforçando para criar um ambiente seguro para os funcionários no futuro.
Segundo a executiva, o número de mulheres trabalhando na Ubisoft aumentou, saindo de 22% dos funcionários para 26%. Ainda não é um número ideal, mas pelo menos, é bacana ver o esforço da empresa em tentar construir um ambiente seguro para todos.
Em uma indústria que gigantes como Riot Games, Activision Blizzard, Ubisoft e Rockstar passam por esse tipo de situação, é um alívio ver que, pelo menos, o básico está feito pelas empresas. Um dia, quem sabe, noticiar que uma desenvolvedora se esforçou para proteger os funcionários de assédio e abusos no ambiente de trabalho se torne algo tão banal, que não vire matéria.
No entanto, até esse dia utópico chegar, continuaremos debatendo sobre esse tipo de situação. Não por mérito das empresas, mas para mostrar que esse tipo de conduta é mais do que possível de manter e não é preciso estourar uma crise para fazer o certo.
Com informações de: Games Industry.biz
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