Game Arenagamearena.gg

Busca

Games

WarioWare
Matérias Especiais
Pérolas da 10ª Arte – WarioWare, Inc. Mega Microgames!

Pérolas da 10ª Arte - WarioWare, Inc. Mega Microgames!

Como WarioWare une Lavoisier, metalinguagem e dedos no nariz Um dos aspectos mais interessantes de se aprofundar na história e nas referências dos videogames está na possibilidade de encontrar relação entre coisas que, a princípio, parecem não ter em comum. 

Marcellus Vinicius •
29/08/2023 às 22h00, atualizado há um ano
Tempo de leitura: 7 minutos

Como WarioWare une Lavoisier, metalinguagem e dedos no nariz

Um dos aspectos mais interessantes de se aprofundar na história e nas referências dos videogames está na possibilidade de encontrar relação entre coisas que, a princípio, parecem não ter em comum. 

É bem famoso, por exemplo, o fato do Sonic ter se inspirado ao mesmo tempo no Goku de Dragon Ball (na transformação de Super Sonic) e no Michael Jackson (pelos icônicos sapatos). O ouriço se torna então uma ponte que liga o lendário Super Saiyajin com o rei do pop para formar uma coisa que totalmente diferente da soma dessas referências. 

Leia mais

O jogo sobre o qual falarei aqui é o ponto de encontro de várias referências e inspirações. Consegue juntar elementos da história da Nintendo, metalinguagem sobre desenvolvimento de jogos e o conceito de anti-herói mercenário para apresentar algo que, não só é diferente de tudo isso, como também consegue encontrar o equilíbrio perfeito entre homenagem e paródia. 

A pérola da 10ª arte de hoje é o primeiro jogo da série que fez com que a “sombra” maligna do Mario se libertasse de vez da estética do mascote da Nintendo para trilhar um caminho totalmente próprio.

Hoje vamos falar sobre a estreia da pitoresca série WarioWare nos videogames.

Do que se trata

Lançado originalmente em março de 2023 para o Game Boy Advance, WarioWare Inc Mega Microgames é o jogo que deu início a uma nova franquia protagonizada por Wario, o doppelgänger distorcido do Mario que já vinha ganhando cada vez mais espaço com a série Wario Land. 

Aqui, porém, Wario se descola do gênero de plataforma para  poder produzir os próprios jogos. Literalmente, no caso, porque a história do jogo envolve de fato o anti-herói ligando para alguns amigos para montar a própria desenvolvedora, visando enriquecer enquanto submete o grande público às próprias maluquices. 

Assim, WarioWare funciona também como um exercício de metalinguagem: é um jogo sobre desenvolver jogos, ao mesmo tempo em que reúne vários outros jogos em um enquanto faz comentários sobre a natureza da indústria da qual faz parte. 

O que, na prática, vira uma desculpa para trazer uma viciante maratona de desafios curtos com dezenas de referências pipocando o tempo todo na tela.

O que você faz no jogo

Definir WarioWare como um compilado de minigames não dá conta de descrever o que o jogo de fato é. Até porque, no próprio título, ele já se distingue do conceito de minigames propondo algo ainda menor: os microgames.

Microgames são basicamente jogos instantâneos de poucos segundos, onde o que conta é a velocidade de raciocínio para entender o contexto e realizar a ação necessária antes que venha o próximo jogo. As ações vão desde desviar de um tubarão motorizado até enfiar com sucesso o dedo no nariz, o que já ilustra a abrangência temática do título. 

O jogo traz nove personagens originais, além do próprio Wario, cada um com uma curadoria própria de microgames dentro de temas específicos. O dançarino Jimmy, por exemplo, tem jogos baseados em esporte, enquanto o DJ 9-Volt faz uma viagem por clássicos dos consoles da Nintendo. 

Um detalhe histórico interessante é que a ideia dos microgames não surgiu pela primeira vez em WarioWare. O conceito já estava presente em um jogo de Nintendo 64 chamado Mario Artist: Polygon Studio, que foi lançado apenas no Japão por precisar do obscuro acessório 64DD, o drive de disco do console. 

O impacto estético

É atribuída ao químico francês Antoine-Laurent Lavoisier a frase “na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. É seguro supor que Lavoisier teria dito o mesmo sobre a indústria de games se tivesse tido a oportunidade de jogar WarioWare em vida. 

O jogo é o ponto de convergência de várias ideias e inspirações que passaram pela história da Nintendo. Mas não se limita a ser apenas o destino final dessas ideias, se transformando, na verdade, em um novo começo. 

WarioWare virou, nos últimos 20 anos, uma espécie de laboratório de experimentação de todo tipo de tecnologias e proposta maluca de controle dos consoles da Nintendo. As sequências exploraram a tela de toque do DS, os controles de movimento do Wii e as duas telas do Wii U, servindo como uma espécie de portfolio do potencial de cada console. 

Acima de tudo, é mais um desses jogos que inaugurou um gênero próprio, não apenas no dinamismo do conceito de microgames, como também no aloprado senso de humor autorreferente. É um jogo que toma bastante liberdade para brincar com a história dos videogames, sem se tornar debochado e desrespeitoso no processo. 

Talvez hoje, WarioWare pareça “normal demais” para entrar na lista de pérolas desta coluna. Mas isso porque o jogo foi bem-sucedido o bastante para fazer do inusitado uma nova convenção. 

E, convenhamos, em que outro jogo eu conseguiria fazer uma ponte entre as frases de Lavoisier e a missão de enfiar um dedo no nariz com sucesso em menos de 4 segundos?

Nos vemos na próxima semana com mais uma pérola da 10ª arte!

Probabilidades em alta

Últimos Arena Shorts

Rain revelou que FaZe focará em torneios de prestígio com público na nova temporada de CS2! 🤓👀

Se liga nas notícias mais quentes do dia para você 🔥

Flash roubada para surpreender os adversários no meio da Anubis 😎💥

Olha seu DROPS! Se liga nas notícias mais quente do dia 🔥

Pode voltar, Train! 🙅‍♂️

Betnacional - A Bet do Galvão, do Thiaguinho e do Brasil
Tenha acesso a estatísticas avançadas sobre o seu time em tempo real.