Desenvolvedor que trabalhou no Dolphin diz que medida da Nintendo mostra que ninguém sabe como lidar com emulação
A Nintendo resolveu agir mais uma vez contra emuladores, dessa vez derrubando o lançamento do Dolphin, software que permite rodar jogos de GameCube e Wii, na plataforma digital Steam. No entanto, Pierre Bourdon, que trabalhou no projeto, explica que o emulador não foi derrubado por infringir direitos autorais, e sim, devido ao pedido da gigante japonesa para a Valve.
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Bourdon, que trabalhou no emulador por mais de 10 anos, comentou o assunto em uma série de publicações no Mastodon. De acordo com ele, a Nintendo pediu à Valve para retirar o emulador da plataforma afirmando que, caso ele fosse lançado na loja digital da empresa, isso configuraria uma violação de direitos autorais. Como trabalhou no projeto durante anos, Bourdon acabou recebendo a carta com a decisão da Valve por engano, e segundo o desenvolvedor, a explicação teria sido essa.
A empresa japonesa tem uma visão muito dura quanto aos emuladores, sempre investindo para derrubá-los. Antes do pedido de retirada do Dolphin da Steam, a Nintendo também fechou o cerco em emuladores de Switch, após o vazamento de The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom. Na época, a empresa derrubou um software que permitia aos jogadores pegarem as chaves de produto dos jogos adquiridos de forma legal, para jogar nos emuladores.
Bourdon ainda acredita que um dos motivos pelo qual o emulador ofereceu um risco ao ponto da empresa querer derrubá-lo, é pelo fato do software ter uma forma de ”violar” as medidas anti-evasão de direitos autorais, e, por isso, a Valve optou por acatar o pedido e retirar o software da plataforma.
”As pessoas não conseguem imaginar que ninguém sabe dizer se emuladores para consoles de 7ª geração podem estar infringindo as cláusulas antievasão da DMCA. Advogados, tribunais, desenvolvedores de emulação, Nintendo — ninguém”, disse Burnou. “Todos que se importam sabem que isso opera (e sempre operou) em uma área cinzenta”, concluiu ele. Ele ainda complementa dizendo que tanto o Dolphin quanto a Nintendo podem ser interpretados como o lado certo da situação, muito devido à ambiguidade das leis americanas.
Com informações de: Games Radar+
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