Fortnite contará com uma experiência retratando momentos do período histórico
A Epic Games autorizou o desenvolvedor Luc Bernard a criar um Museu do Holocausto no Fortnite. A decisão foi revelada pelo próprio Bernard, em uma publicação no Twitter, explicando estar muito orgulhoso de conseguir levar o projeto para a base de jogadores do battle royale.
O conceito do museu vem de um projeto anterior do desenvolvedor, chamado Light in the Darkness, um título gratuito, focado nas experiências de uma família judaica perseguida pelos Nazistas na Segunda Guerra Mundial.
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Em entrevista para a Agence France-Presse esse ano, Bernard explicou que muitos jogos tendem a negligenciar os horrores do Holocausto, com muitos títulos representando essas realidades da guerra como “se não tivesse existido”.
The first Holocaust Museum in Fortnite has been approved today by Epic Games.
Super proud that we will be the first to bring something like this to Fortnite’s 400 million + players.
80% of Americans haven’t visited a Museum. So this is game changing. pic.twitter.com/6FINFhi1fY
— Luc Bernard (@LucBernard) August 1, 2023
Com Light in the Darkness, o desenvolvedor tentou mostrar o destino dos judeus europeus enquanto os Nazistas os erradicavam sistematicamente, resultando na morte de 66% da comunidade durante o período.
A adição do museu no Fortnite faz parte dos esforços de Bernard de entregar uma experiência educacional sobre o Holocausto através dos jogos. A iniciativa é extremamente válida, tanto pelo lado da Epic quanto do próprio desenvolvedor.
Em 2021, em parceria com a Time, a Epic Games homenageou Martin Luther King Jr., recebendo um mapa chamado “Marcha Pela História”, em alusão à Marcha sobre Washington, manifestação política ocorrida na capital dos Estados Unidos, em 1963, organizada pelo próprio Luther King Jr.
A exposição feita por Bernard contará com várias sessões mostrando períodos desse momento sombrio da história. Visitantes podem explorar sessões sobre eventos específicos, como o A Noite dos Cristais, uma onda de violência anti-semita que ocorreu nos dias 9 e 10 de novembro de 1938.
Outros eventos também narram os problemas enfrentados por judeus na Tunísia e na Grécia durante o Holocausto, além de um tributo para Abdol Hossein Saradari, um diplomata iraniano que salvou várias vidas ao dar passaportes para judeus na França.
Utilizar o Fortnite como uma forma de conscientização do público é uma iniciativa válida e muito necessária. Com o poder do modo de criação do título, é muito bacana ver a Epic Games apoiando uma ação que ajuda a mostrar mais sobre um período tão triste da história da humanidade e que precisa ser relembrado e debatido, para que nunca possamos esquecer.
Algo que também chama atenção na publicação de Bernard sobre a colaboração é o fato de 80% dos americanos nunca terem visitado um museu. Colocar esse tipo de mapa no jogo ajuda a incentivar crianças e adolescentes a entender um pouco mais da história do mundo, e conscientizar uma série de pessoas que provavelmente não teriam acesso a esse tipo de experiência se não fosse através do computador.
Iniciativas como essa são extremamente necessárias e precisam acontecer. Inclusive, seria bacana a Epic Games trabalhar em colaboração com o desenvolvedor para disponibilizar o conteúdo em outras línguas que não a inglesa, aumentando ainda mais a capacidade de educação sobre o tema.
Segundo Bernard, o projeto acabou de ser aprovado e está aguardando a autorização para a publicação, que deve acontecer nas próximas semanas. Até lá, aguardamos por mais uma iniciativa extremamente importante na indústria dos videogames.
Com informações de: GameSpot
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