Bob Iger, CEO da Disney, estaria sendo aconselhado a investir no mercado de jogos
Segundo um artigo do Bloomberg, publicado nesta terça-feira (10), o CEO da Disney, Bob Iger, estaria sendo aconselhado por executivos da empresa a adquirir uma produtora de jogos, ao invés de seguir com o modelo de licenciamento das franquias.
Ainda segundo o site, a Electronic Arts seria um exemplo de empresa que a Disney estaria tentando adquirir. No entanto, é dito que Iger está sendo “evasivo” quanto ao assunto, o que pode significar que o executivo não deva investir no mercado tão cedo.
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Executivos da empresa estariam pressionando Iger para fazer mudanças no formato relacionado as propriedades intelectuais em jogos. No atual momento, a Disney vende o licenciamento das franquias, com, por exemplo, EA e Ubisoft desenvolvendo títulos de Star Wars ao mesmo tempo.
Bob Iger não estaria disposto a fazer grandes mudanças na empresa neste momento, já que assumiu a Disney em um cenário no qual muitas coisas não estavam caminhando bem. Relatos de funcionários para o Bloomberg citam que o CEO está cauteloso demais e não deve tomar grandes decisões por enquanto.
No entanto, como o artigo cita, caso Iger não consiga mudar os rumos da empresa, é bem provável que ele vá perder o cargo de CEO. Nesse caso, o cenário seria favorável para a aquisição de um estúdio de jogos.
Caso Iger mude de ideia, ou até mesmo perca o cargo, existe a possibilidade vermos a Disney adquirindo alguma publicadora de jogos. O site Puck a Puck publicou um artigo em maio de 2022, alegando que a Electronic Arts teria tido conversas com a empresa, além da Amazon, Apple e Comcast-NBC Universal sobre uma possível venda.
Esse cenário é extremamente complicado e incerto. Pode ser, é claro, que a Disney consiga alavancar em um cenário já consolidado e se tornar uma gigante nos jogos através das próprias propriedades intelectuais, que são muitas.
Não é só uma questão de Mickey e Donald. Marvel, Star Wars e, mais recentemente, Avatar, estão nas mãos de outras desenvolvedoras, e caso a empresa realmente adquira um estúdio, é bem provável que esses contratos não sejam renovados.
Ter todas as propriedades intelectuais na mão pode significar que a Disney passe a produzir o conteúdo no próprio estúdio, e caso as vendas não sejam satisfatórias, demissões podem acabar acontecendo e só estaríamos adicionando mais uma empresa no catálogo de desligamentos em massa.
Uma movimentação parecida aconteceu com as séries de TV da Marvel, por exemplo. A empresa retirou Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage, Punho de Ferro, Justiceiro e Defensores dos catálogos e colocou no próprio serviço de streaming.
É lógico que, para a Disney, seria benéfico entrar no mundo dos jogos. Os games de Star Wars são um sucesso, além de algumas gratas surpresas como Marvel’s Guardians of the Galaxy, e, é claro, a Insomniac com Homem-Aranha. Isso sem citar Kingdom Hearts.
Se todos esses títulos fossem produzidos pela própria empresa, a margem de lucro seria bem maior para a Disney. No entanto, será que vale a pena sacrificar a pluralidade do próprio conteúdo em prol de fazer tudo “em casa”?
O que torna os jogos de Star Wars e da Marvel legais é justamente o fato de cada empresa fazer do próprio jeito. Outlaws será completamente diferente dos títulos da Respawn, assim como Marvel’s Midnight Suns não tem nada a ver com Spider-Man.
Aniquilar a possibilidade de existir vários estúdios trabalhando com essas propriedades intelectuais seria péssimo para a Disney. Mesmo que ela passe a ter um próprio estúdio, sabemos como os executivos da empresa gostam de colocar as mãos no processo de desenvolvimento.
A melhor jogada para a empresa, dado o histórico de controle da mesma, seria manter o modelo como está. Por mais que seja tentador abocanhar essa grandiosa fatia que representa da indústria dos videogames, pode ser que o rato acabe se engasgando com esse queijo.
E por favor, não precisamos de mais uma empresa demitindo desenvolvedores por ideias erradas.
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Com informações de: VGC
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