“Nós devemos muito a eles”, comentou o roteirista principal de Baldur’s Gate 3 em entrevista
Em entrevista para o podcast do site PC Gamer, Adam Smith, o roteirista principal de Baldur’s Gate 3, comentou um pouco sobre a paixão pelos jogos originais, e como a influência da BioWare dos anos 90 foi importante no processo de trabalho.
Smith explicou que é fácil para as pessoas esquecerem disso agora que o jogo foi lançado, mas que os Baldur’s Gate originais projetavam uma sombra enorme na sequência. “Nós pensávamos, ‘Será que estamos bem nessa sombra?’ Estávamos ansiosos quanto a isso”.
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O roteirista ainda explicou que ouvia bastante durante o acesso antecipado, que o jogo era “Divinity: Original Sin 3, não Baldur’s Gate 3”. No entanto, os RPGs da Larian Studios são alguns dos melhores títulos do gênero lançados recentemente, e um pouco da “vibe” do estúdio está presente no projeto.
Apesar de ter momentos cômicos e coloridos, Baldur’s Gate 3 consegue ser sombrio e violento na mesma proporção. E muito do projeto, e como a equipe abordou o desenvolvimento, vem do carinho pelos títulos originais. “Nós pensamos, ‘Não, nós amamos Baldur’s Gate. Queremos fazer Baldur’s Gate 3.’ E havia uma razão para isso, porque muitos de nós crescemos com eles”.
Smith cita Jaheira, uma druida que fez parte dos jogos originais. Segundo ele, a ideia de ter a personagem vem pela conexão com a elfa, não só pelo momento de “passar a tocha” para os novos heróis, mas para refletir sobre as experiências vividas e o retorno para a aventura após 100 anos.
“Significa muito para mim sempre que vejo qualquer pessoa que esteve vagamente associada aos jogos originais ficar satisfeita, pois nós lhes devemos muito e esperamos tê-los orgulhado”, diz Smith. “Se, daqui a 20 anos, alguém pegar nos nossos personagens e fizer algo com eles, será incrível. Realmente parece algo maravilhoso tê-los vivos por tanto tempo”.
É compreensível o apreço enorme de Smith pela BioWare. Baldur’s Gate 1 e 2, Knights of the Old Republic, Mass Effect e Dragon Age. A desenvolvedora sempre teve excelentes jogos de RPG, e fazem parte da construção de qualquer fã do gênero.
Neverwinter Nights, outro título baseado em Dungeons and Dragons, é, até hoje uma excelente experiência, além da possibilidade de conseguir criar uma aventura para jogar com amigos diretamente no game. E isso, em 2002.
Não preciso falar muito sobre como a trilogia Mass Effect tornou-se um dos principais RPGs dos anos 2000, ou até mesmo da excelência da franquia Dragon Age, mesmo que ambas tenham vindo depois do tempo de Baldur’s Gate 1 e 2.
De qualquer forma, a BioWare é um dos bastiões do gênero, por mais que tenha dado uma derrapada com Mass Effect: Andromeda e Anthem. Se existe a Larian Studios, com um dos melhores jogos de 2023, é graças o trabalho feito nos anos 90/2000 com RPGs incríveis.
Com informações de: PC Gamer
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