Mas deixo você ir, sem lágrimas no olhar, meu lindo Sea of Stars
Quando me deparei, há alguns anos, com um simples tuíte de anúncio para Sea of Stars, não poderia imaginar o impacto que o RPG da Sabotage teria na minha vida. Segui bem de perto todo o período de desenvolvimento do game, me apaixonando lenta e irrevogavelmente por ele, a cada nova imagem ou novo trailer apresentado. Agora, cerca de 15 dias e duas zeradas depois, ainda não estou pronto para me despedir das Crianças do Solstício.
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Não aprendi dizer “adeus”, pois mesmo tendo passado dezenas de horas com Sea of Stars, nenhum instante me preparou para deixar para trás essa jornada incrível de crescimento e empoderamento de Valere e Zale, as Crianças do Solstício.
Não sei se vou me acostumar a pegar meu Nintendo Switch e não encontrar o carisma absolutamente irrefutável de Garl, de preparar os mais variados pratos ao lado do simples, e ainda assim, insubstituível, cozinheiro de um olho só.
Olhando assim nos olhos teus, enxergo apenas o reflexo de memórias que construímos juntos, desde que meu trio de ouro era composto por três infantes sonhadores, buscando um poder absoluto e aparentemente inalcançável.
Sei que vai ficar nos meus sonhos os lindos cenários que a Sabotage construiu cuidadosamente, pixel por pixel, com a deliciosa iluminação dinâmica que casa perfeitamente com o background das Crianças do Solstício, e os poderes do sol, da lua, e do eclipse.
A marca desse olhar afiado e visionário da Sabotage, em resgatar clássicos dos games, e criar novas estrofes para uma lenda geracional, adaptadas e reformuladas para tirar proveito de recursos que os materiais originais não tinham à disposição.
Não tenho nada pra dizer, apenas me contentar que por um longo tempo não terei algo que seja capaz de me cativar como Sea of Stars conseguiu, e que somente uma terceira, e, infelizmente, não inédita, aventura terá que bastar para satisfazer, por ora, minha necessidade por mais.
Só o silêncio vai falar por mim, enquanto conto as horas, e a Sabotage trabalha no desenvolvimento da, agora, tão aguardada e distante expansão “Throes of the Watchmaker”.
Eu sei guardar minha dor, que pulsa por meu todo meu peito, batendo no ritmo da música tema das batalhas de Sea of Stars, enquanto cantarolo, saudoso, durante as tarefas do dia a dia.
Apesar de tanto amor, vai ser melhor assim, pois, às vezes, é preciso dar tempo e espaço às paixões, para que o fogo que a alimenta seja revigorado pelo tempero da saudade, da falta que faz estar junto com Sea of Stars.
Não aprendi dizer “adeus, mas tenho que aceitar, que amores vêm, e vão, são aves de verão. Se tens que me deixar, que seja, então, feliz. E que não demore, meu bem, pois estou contando, diariamente, os ciclos de sol e lua no céu, orando para que um novo eclipse nos una novamente.