A ideia de criação de bibliotecas de jogos online não é nova. Muitas entidades e até fãs tentam criar suas próprias bibliotecas, mas as donas das propriedades intelectuais muitas vezes barram o processo. O mais comum são grupos de fãs criando servidores próprios para acomodar seus jogos favoritos
Recentemente, um representante da Entertainment Software Association (ESA) falou sobre as possibilidades de conservação de jogos online, sejam dependentes da Internet e de servidores offline como em bibliotecas.
A polêmica declaração da ESA e as suas empresas não querem que pesquisadores preservem seus games de forma online
Durante a sua participação numa audiência realizada no Gabinete de Direitos de Autor da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos (via Game Developer), Steve Englund, advogado da ESA, referiu-se à situação dos jogos online que encerraram as operações e não podem mais serem reproduzidos.
Entre as empresas de destaque que fazem parte da associação estão gigantes como Nintendo, Microsoft, Sony, Activision Blizzard, Electronic Artes, Bandai Namco e muitas outras.
Embora a opção, em tese, seja pela preservação, o especialista destacou que não há interesse por parte das empresas que fazem parte da associação em manter tais jogos online disponíveis.
A audiência foi motivado por grupos de pesquisadores, entusiastas e especialistas jurídicos. A ação faz parte de uma iniciativa junto ao US Copyright Office para que as empresas liberem a conservação e manutenção de jogos online para fins de pesquisa e preservação.
Como vimos acima, o resultado não foi muito satisfatório para os jogadores.
Para Steve, as empresas não possuem qualquer obrigação legal em manter os jogos online, sejam em espaços como bibliotecas públicas de maneira tanto offline quano online. Segundo ele, definir locais físicos (bibliotecas) como um espaço para jogar um título online de maneira offline é um “progresso insafisfatório”.
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Outro ponto bastante defendido pelas entidades como Video Game History Foundation é para que ocorra a devida isenção dos direitos autorais, permitindo que pesquisadores acessem remotamente videogames preservados e produzam conteúdos acadêmicas e pesquisas a partir disso.
Para Steve Englund, esta isenção poderia ferir gravemente os direitos de propriedade e intelectuais dos autores e editoras.
Já a advogada Kendra Albert, entusiasta e colaboradora da Video Game History Foundation, acusou a ESA e as empresas que integram a associação de não terem a menor intenção de ouvir e participar das iniciativas de preservação, salientando que não importa que tipo de proposta seja feita ou quão boa seja, a resposta será sempre negativa por parte das empresas e da sua organização.
“Empresas não apoiam preservação de jogos online e não fazem o menor esforço para isso”, afirma a advogada
Ou seja, a ESA rejeitou todas as sugestões oferecidas pelas entidades e pesquisadores para acessarem e conservarem jogos online, preservando a declarada “propriedade” dos membros da ESA.
Enquanto isso, meios “alternativos” continuam mantendo muitos destes jogos online…
* Com informações de Game Developer e Ruiter
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