No dia 11 de dezembro, o Tribunal Federal de São Francisco, nos Estados Unidos, acatou a acusação da Epic Games contra o Google sobre o banimento de Fortnite da Google Play Store.
Logo depois, no dia 18 do mesmo mês, a Google acordou com o mesmo tribunal federal de pagar 700 milhões de dólares e permitir uma maior concorrência em sua loja de aplicativos, a PlayStore.
Do montante, a Google repassará US$ 630 milhões para um fundo de acordo para consumidores e depositará outros US$ 70 milhões em um fundo que será usado pelos estados, segundo informou o tribunal.
A sentença final ainda carece da aprovação final do juiz federal que presidiu o julgamento.
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Mas onde entra o Fortnite nesta história?
Em agosto de 2020, a Epic Games implantou um sistema de vendas para a moeda V-Bucks, exclusiva do Fornite para as versões de console e mobile do jogo.
Com isso, a desenvolvedora conseguiria recolher o total do montante de vendas das moedas, sem a obrigatoriedade de pagar 30% para empresas como Apple e Google, que cobravam pelas movimentações financeiras em suas lojas de aplicativos.
Não tardou para que tanto a Apple quanto a Google Play banirem o game de suas respectivas lojas. Com isso, Fortnite ficou disponível apenas para consoles como PlayStation, Xbox, Switch e para dispositivos mobile através de um instalador da própria Epic Games.
Apesar da Epic ter vencido a batalha judicial referente a Fortnite contra a Google, o mesmo não aconteceu com a Apple. O motivo envolve a forma de gestão e cobrança das lojas digitais de ambas as empresas.
No caso, a maior arma da Epic contra a PlayStore é a ligação direta da Google com o Project Hug (Projeto Abraço em tradução livre).
Em resumo, o projeto é um acórdão onde a Google financiou 20 grandes desenvolvedoras mobile, para que produzissem com exclusividade conteúdos e jogos para a PlayStore, firmando acordos de exclusividade e comprometendo o lançamento de títulos mobile na Epic Game Store e outras lojas.
Através da argumentação do Project Hug, a equipe jurídica da Google conseguiu reforçar suas provas contra as argumentações da Google, que acabou perdendo a ação.
Em resposta à ação referente ao Fortnite, a Google afirma que está trabalhando para aumentar a capacidade de desenvolvedores de aplicativos e jogos oferecerem uma opção de faturamento alternativa.
Por fim, a empresa disse que simplificará as opções dos usuários para baixarem aplicativos diretamente com seus desenvolvedores, como é o caso do Fortnite.
Quem diria que o Battle Royale moveria uma ação tão importante e de tantos cifrões? Por hora, vamos aguardar para que tudo isso beneficie finalmente toda a comunidade do Fortnite.
*Com informações da Folha de São Paulo
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