O que pode vir de um portátil do Xbox?
Após o Xbox Games Showcase no último domingo (09), Phil Spencer, chefe da divisão de games da Microsoft, conversou com o site IGN sobre vários assuntos, indo da compra da Activision Blizzard a até mesmo as preferências do executivo quanto a um suposto console portátil.
Na entrevista, Spencer concordou que a empresa precisa de um console portátil, e até mesmo citou alguns exemplos de hardwares que o agradam: Asus ROG Ally, Lenovo Legion Go e Steam Deck. O que isso pode significar para um possível computador de bolso da Microsoft?
Algo para se diferenciar dos outros
Quanto a consoles portáteis, a atual geração está muito bem servida. Além do trio já citado, temos também o campeão de vendas, Nintendo Switch. Isso, sem contar, no sucessor do console da Nintendo, que parece que será mais poderoso e provavelmente deve ter um desempenho considerável no portátil.
Por isso, fica aqui a primeira dúvida sobre como essa situação irá funcionar. Será que a Microsoft optará pelo caminho de um portátil mais barato, como foi o Switch? Ou a empresa investirá pesadamente em um computador robusto para competir com os portáteis mais parrudos?
Em fevereiro de 2024, rumores levantados pelo podcast Xbox Era estavam indicando que a Microsoft teria movido a equipe do Surface para desenvolver o próximo hardware da empresa. Com o lançamento das novas versões do Xbox Series X, não dá para saber se foi esse o caso, mas como o Surface é um dispositivo portátil, pode muito bem não ser.
A principal questão é: a Microsoft precisa encontrar um diferencial para conseguir se destacar para conseguir vender esse portátil novo. Seria por meio de uma assinatura especial do Game Pass? Uma nova tecnologia de streaming que permita rodar jogos mais pesados? Um sistema de continuar a jogar de onde parou no Xbox Series? Algo precisa ser elaborado.
A Microsoft pode ir para um sistema parecido com o do Steam Deck, que conta com um sistema operacional próprio, ajudando a unificar os dispositivos Xbox em uma experiência contínua, com o jogador podendo desfrutar do ecossistema da empresa sem muitas complicações.
Além disso, precisamos considerar o preço do portátil. Existem aqueles mais caros, como o ROG Ally, que chega na casa dos R$ 5 mil no Brasil. O Steam Deck, por exemplo, também tem um preço salgado. Qual público a Microsoft quer abocanhar? Aqueles que querem algo mais barato, ou a experiência mais parruda?
Uma parceria com portáteis já existentes?
Tanto o ROG Ally quanto o Lenovo Legion Go já tem acesso ao Xbox Game Pass, o que poderia ajudar a Microsoft a quem sabe, lançar uma versão especial desses portáteis em parceria com a Asus ou com a Lenovo.
Uma versão desses consoles com alguma integração com o Xbox Series poderia ser uma saída para a empresa marcar o seu nome no mercado de portáteis sem precisar se preocupar com a fabricação desses hardwares.
A Microsoft não tem experiência com consoles portáteis — até tem com celulares e notebooks —, e isso poderia dificultar a empresa a entrar de cabeça nesse segmento, pela falta de experiência para lidar com essa linha de hardware.
Por isso, pode ser que uma parceria com uma fabricante já experiente possa ser uma saída para a Microsoft conseguir lançar a sua versão de console portátil sem precisar tomar grandes riscos na hora de lançar um produto desses.
É necessário um portátil de Xbox?
Com alguns consoles portáteis lançados recentemente, fica o questionamento se vale a pena ou não a Microsoft entrar nesse mercado. Querendo ou não, o Lenovo Legion Go e o ROG Ally rodam o Xbox Game Pass nativamente.
No caso do Steam Deck, a situação é mais na base da gambiarra, pois é possível streamar os jogos com algumas modificações. Será que a Microsoft conseguiria entrar nesse mercado que já está se consolidando e lançar um portátil de Xbox para fazer sucesso?
Uma forma que vejo essa possibilidade, seria um console no meio-termo. Não tão leve quanto o Switch, mas também não tão poderoso e premium quanto o ROG Ally ou o Lenovo Legion Go. Algo que consiga rodar bem jogos, e caso precise, use a nuvem para streamar títulos mais robustos, como um Baldur’s Gate 3, por exemplo.
Caso a Microsoft vá para um lado de ter um console com um sistema próprio, acaba se tornando algo mais atrativo. Principalmente se a empresa conseguir manter a jogabilidade que estava acontecendo no PC ou no Xbox Series, diretamente no portátil sem nenhum problema, pode se tornar um grande atrativo para quem quer continuar a jogatina da onde estiver sem precisar parar para salvar, da mesma forma que acontecia com o Quick Resume.
De qualquer forma, será necessário um baita chamativo para acender o desejo de usuários fora do âmbito de fã de Xbox para garantir abocanhar essa parcela do mercado já recheada de bons portáteis para competição.
Nos resta esperar para saber qual será o plano da Microsoft para um suposto portátil de Xbox, e torcer para a empresa trazer algo que consiga mexer nessa indústria.
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