Pokémon Yellow faz 25 anos nesta terça-feira
Pokémon Yellow é uma versão especial da primeira geração dos monstros de bolso criados pela Game Freak. Lançado para o Game Boy original, o jogo foi desenvolvido para se aproximar do anime, sucesso mundial na época.
Com visuais idênticos aos que os jogadores assistiam na tela de casa, Yellow é um dos grandes títulos da franquia, e, até hoje, um dos mais celebrados pela comunidade. Completando 25 anos nesta terça-feira, falaremos um pouco sobre a aventura de Pikachu.
Leia mais
- Cassette Beasts ganhará DLC em outubro
- iPhone 15 Pro rodará jogos como Assassin’s Creed Mirage e Resident Evil 4 Remake de forma nativa
- Guia de Ultimate Team: uma reflexão do que foi o FIFA 23
Esse é o meu jeito de viver
Pokémon Yellow tem um motivo especial para ter conquistado tanto sucesso. O título foi moldado para ser uma experiência próxima do anime, até mesmo com a possibilidade de ter os três iniciais e Pikachu.
A principal diferença para Red e Blue já é apresentada o protagonista se atrasando para garantir o inicial no começo da jornada, assim como Ash fez no primeiro episódio da animação. Acaba sobrando o ratinho amarelo como parceiro, e o jogador deve se aventurar ao lado de um Pikachu de gênio difícil.
O Pikachu do jogo, assim como o do anime, não fica na Pokébola e segue o treinador, que pode interagir com o rato amarelo e ver como está indo à amizade com o parceiro improvável. No começo, a relação é conturbada, e o Pokémon faz questão de demonstrar a insatisfação na tela.
As comparações com o anime não param somente no Pikachu seguindo o treinador. Pokémon Yellow também reformulou as artes da equipe Rocket, colocando Jessie, James e Meowth como antagonistas.
Personagens como as Enfermeiras Joy e Policiais Jane também contam com os visuais da animação, para chegar o mais próximo da experiência já conhecida. Líderes de Ginásio, como Brock, Misty e Giovanni, também receberam o makeover.
Com o lançamento do jogo próximo do primeiro filme da franquia, Pokémon Yellow fisgou a criançada entregando a “experiência de ser o Ash” e já saírem do cinema obcecados para jogar. Uma estratégia que deu bastante certo.
A influência para a franquia
Outros títulos que estão fazendo aniversário essa semana são Heart Gold e Soul Silver, remakes da segunda geração para o Nintendo DS. Aproveitando a mecânica de andar com os parceiros, as reimaginações de Johto são alguns dos melhores jogos da franquia.
O game chegou a ter um remake, com Let’s Go Pikachu e Eevee, excelentes releituras de Kanto para o Nintendo Switch. O formato de “terceiro título”, que deu certo com Pokémon Yellow, acabou se tornando um modelo para a franquia.
Talvez se Yellow não tivesse feito tanto sucesso, não teríamos jogos como Pokémon Emerald, Crystal e Platinum. O título vendeu cerca de 14 milhões de cópias, um baita acerto da Game Freak, ainda mais com o adiamento de Gold e Silver na época.
O sistema de amizade teve o início em Pokémon Yellow, com o Pikachu que acompanha o protagonista gradualmente aceitando o treinador, ambos se tornam amigos e o rato amarelo tem interações mais divertidas com o companheiro.
Caso o jogador coloque o Pikachu guardado nas caixas de armazenamento no PC, ele vai ficar chateado e o nível de amizade vai diminuir. Essa mecânica retornou em outros títulos da franquia, e continua presente até hoje.
É difícil de mensurar a importância de Pokémon Yellow em um singelo texto, ainda mais com todos os fatores envolvidos. Nostalgia, inovação, convergência de mídias. O jogo foi um produto único dentro da franquia, e nada faz jus ao impacto que teve.
Nada supera a integração anime e jogo
Por ser tão próximo do que os fãs conheciam da animação, Pokémon Yellow era a porta de entrada perfeita da franquia para muitos fãs, e até hoje, várias pessoas preferem o título do que Red e Blue.
E dá para entender perfeitamente esse sentimento, já que nada bate a sensação de ligar a TV, ver Ash e Pikachu em uma série de aventuras e depois ligar o próprio Game Boy e experimentar uma reprodução fiel do que acabou de assistir.
Nenhum outro título da franquia consegue trazer esse sentimento, mesmo que o jogador seja muito fã. A transposição do que uma criança está vendo na tela para o jogo não tem como ser superada. O maior acerto da Nintendo e da Game Freak foi aproveitar o sucesso do anime para entregar uma experiência única.
Ter Charmander, Squirtle, Bulbasaur e Pikachu na equipe era o sonho de qualquer criança que tinha um Game Boy, e isso sempre levava a trocas usando o arcaico cabo Game Link para trocar versões clonadas dos iniciais.
Em Pokémon Yellow era só necessário completar a história e reviver momentos marcantes que estavam presentes no anime. 25 anos atrás, todo fã de Pokémon queria ser o Ash, e o jogo permitia que o jogador tivesse um gostinho de como era ser um treinador.
Até hoje continuamos tentando capturar todos, e nosso herói, Ash Ketchum, já está aposentado. Vários jogos saíram desde a primeira geração, remakes, spin-offs e tudo o que é possível imaginar de Pokémon, saiu.
Mas nada até hoje supera a experiência que era pegar meu Nescau gelado depois de ver Eliana, e começar a jogar Pokémon Yellow.
A Game Arena tem muito mais conteúdos como este sobre esportes eletrônicos, além de games, filmes, séries e mais. Para ficar ligado sempre que algo novo sair, nos siga em nossas redes sociais: Twitter, Youtube, Instagram, Tik Tok, Facebook e Kwai.