O que o silêncio da Nintendo em meio aos eventos de junho pode indicar para o futuro da empresa
O mês de junho chegou com uma tonelada de anúncios, gameplays e eventos digitais para (tentar) suprir a lacuna deixada pela E3, tradicional feira de jogos que costumava ser realizada nessa época do ano. A Summer Game Fest puxou o carro de várias outras conferências, com Sony e Microsoft realizando eventos próprios, assim como publishers gigantes como Capcom, Ubisoft e Square-Enix. Mas, e a Nintendo?
É muito estranho ver toda essa comoção em torno de grandes anúncios, com as maiores fabricantes e distribuidoras do ramo participando, sem ter nada novo da criadora do Mario. A Nintendo, afinal, fez parte da história dos grandes eventos – e também de alguns dos grandes fiascos – da E3. A relevância da empresa não pode ser subestimada, goste você ou não dos consoles e jogos dela, e a ausência se faz sentir, sem dúvida.
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O silêncio da Nintendo nesse mês de junho nem de longe significa um mau momento para a empresa. Nos últimos tempos, a vermelhinha acumulou grandes sucessos com investimentos que vão além do mercado de videogames. O maior lançamento do ano, The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, tem os melhores números da história da série e é, até o momento, o favorito às premiações de melhor jogo de 2023. Soma-se a isso o sucesso avassalador de bilheteria do filme do Mario e a alta popularidade do Super Nintendo World, parque temático inspirado nos jogos do encanador.
Mas, falando especificamente dos jogos, o lançamento do último Zelda parece indicar uma mudança de ciclo para a Nintendo. Nas próximas semanas, a empresa deve se concentrar na publicidade de Pikmin 4, que será lançado no dia 21 de julho. Recentemente a companhia anunciou, sem muito alarde, também um novo 1-2-Switch, sequência coletânea de minigames lançada em 2017. O console seguirá contando com uma linha forte de títulos third party para o segundo semestre, especialmente de jogos indies, mas o que o futuro reserva nos exclusivos desenvolvidos internamente segue um mistério.
Existem rumores pipocando aqui e ali sobre um Nintendo Direct em julho, talvez focando justamente em Pikmin. Mas as especulações são muito mais interessantes pensando no tradicional Direct de setembro. A essa altura, não é absurdo afirmar que a revelação do próximo console da empresa pode acontecer nessa ocasião, especialmente se considerarmos o quão pouco sabemos sobre os planos da companhia para o final do ano e o começo de 2024.
O lançamento de um novo console para a primeira metade do próximo ano explicaria bem a ausência e o silêncio da gigante japonesa nesse momento. Títulos muito aguardados para o Nintendo Switch, como Metroid Prime 4 e o próximo jogo 3D do Mario podem fazer parte da linha inicial de jogos do suposto videogame. Enquanto ele não chega, Zelda, Pikmin e as DLCs de Pokémon Scarlet/Violet vão segurando a onda e preparando terreno para uma nova geração de jogos da empresa.
A ausência da Nintendo, em meio ao turbilhão de anúncios do mês de junho, pode ser lida como a calmaria antes da tempestade. Embora o Switch continue vendendo absurdamente bem para um console com 6 anos de mercado, as cortinas parecem estar começando a se fechar, preparando o cenário para o que vem a seguir.
Mas que faz falta um Direct no meio desse monte de showcases de junho, isso faz…
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