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Escolhas da Redação: os momentos mais marcantes dos games, por Marcelo Ferrantini

Escolhas da Redação: os momentos mais marcantes dos games, por Marcelo Ferrantini

Confira os 10 melhores momentos da história dos games pelo editor-chefe Marcelo Ferrantini Sejam bem-vindos a mais uma rodada do Escolhas da Redação! Vim abrir esse novo ciclo, trazendo os momentos mais marcantes da minha vida com os videogames.

Redação Games •
01/07/2023 às 11h00, atualizado há 3 meses
Tempo de leitura: 15 minutos

Confira os 10 melhores momentos da história dos games pelo editor-chefe Marcelo Ferrantini

Sejam bem-vindos a mais uma rodada do Escolhas da Redação! Vim abrir esse novo ciclo, trazendo os momentos mais marcantes da minha vida com os videogames.

Esse caminho começou há muitos anos, e, por isso, confesso que foi bastante difícil escolher apenas 10 deles, mas, desde já, aviso que TUDO É SPOILER se você não jogou estes jogos, então, confira abaixo a lista!

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Lembrando que é necessário seguir algumas regras, se liga:

1 – Não vale repetir série
2 – É necessário que haja jogos de console e PC
3 – Quanto mais gerações, melhor!

10 – Spec Ops: The Line (A descoberta da verdade)

Tudo em Spec Ops: The Line parece extremamente genérico. E esse foi o cenário perfeito para um dos maiores plot twists da história dos jogos. Fazer o jogador presumir que tudo não passava de um shooter padrão, no qual você destrói tropas e tropas de vilões, terroristas e inimigos do “American Way of Life”.

E é justamente por isso que o game se encaixa perfeitamente nesta lista. Entender que o Capitão Martin Walker, protagonista do jogo, na verdade, sofre de traumas de guerra e já não reconhece mais o que é real ou não, ao encontrar o mentor, de quem ele acreditava receber ordens diretas para as mortes e ataques completamente desumanos, estava morto há anos, e ele apenas lidava com os delírios da própria psiquê é um dos momentos mais incríveis da história.

Spec Ops: The Line

Me lembro de relutar em entender que eu mesmo era o vilão do jogo, e que eu simplesmente tinha me deixado carregar pela narrativa criada pela trama. Foi o game que me abriu os olhos para mais momentos desta lista, e que, como jogador, nós éramos basicamente tocados por uma contagem de história, que te prendia a fazer o que os desenvolvedores idealizaram, sem pensar no que realmente se estava executando. O que me levou, logo em seguida, a experimentar…

9 – The Stanley Parable (A quebra do storytelling dentro do storytelling)

…The Stanley Parable. O jogo que mais mudou meu próprio pensamento sobre o que um videogame poderia ser. A genialidade narrativa de The Stanley Parable deveria ser mais reconhecida pelos fãs de jogos eletrônicos ao redor do mundo. E é o momento da descoberta dessa genialidade que explodiu minha cabeça de forma que ainda estou juntando os caquinhos do meu cérebro para escrever isso aqui.

Minha experiência foi de 0 a 100 em 5 minutos. O tempo necessário para zerar o jogo pela primeira vez e conseguir o final da escapada. Na minha mente, eu só pensava “não é possível que eu gastei dinheiro para comprar um game e zerá-lo em 5 minutos”. E essa inconformidade foi o que me fez insistir.

The Stanley Parable

Foi quando eu entendi que, novamente, estava seguindo cegamente a narrativa, ou melhor, o narrador. Quebrar esse movimento me abriu as portas para um jogo riquíssimo. Inteligente e bem estruturado, eu me maravilhei no escritório de The Stanley Parable como uma criança na Disney, e me dediquei por 5 anos (entendedores entenderão) para pegar todos os finais e achievements do game.

8 – Bioshock Infinite (Comstock é Booker)

A série Bioshock é conhecida por diversos momentos marcantes. Parece mesmo que a franquia foi idealizada para causar isso nos fãs. E entre diversos acertos, talvez, o mais marcante tenha sido o final de Bioshock Infinite. Sim, o jogo com mais plot twists e grandes momentos, possivelmente, da geração inteira.

Bioshock Infinite

Descobrir que Booker DeWitt e Comstock são a mesma pessoa, e que o vilão não só precisava ser morto, mas também o próprio protagonista, no momento do batismo que o levou a se tornar o inimigo religioso, a quem ele mesmo culpava por todos os problemas que veio a enfrentar na vida.

7 – Doki Doki Literature Club (O jogo inteiro)

Eu nunca teria jogado Doki Doki Literature Club se não fosse pelo Twitter. E se tem algo que eu posso agradecer à agora decadente rede de Elon Musk é por ter me apresentado a mais um dos plot twists mais inacreditáveis do mundo dos games.

Dating Sims não são meu tipo de jogo. Não vejo graça na ideia de “romance com personagens virtuais”, não é pra mim – e sem julgamentos se “é pra você”. Aqui não rola kinkshaming.

E eu não vi graça no jogo nos primeiros momentos. Mas me forcei a seguir em frente e entender o hype. Até o momento em que tudo vira de cabeça para baixo, e o simples Dating Sim começou a encher meu monitor de cenas que, e eu admito, poderiam ser gatilhos para muita gente, como o jogo avisou na abertura do aplicativo – e eu não tinha dado consideração.

Doki Doki Literature Club

Arquivos sumindo das pastas do meu PC, outros aparecendo, mensagens encriptadas em imagens, ícones sem extensões, e um jogo crashando e bugando completamente na frente dos meus olhos, enquanto as doces meninas do clube de literatura, uma atrás da outra, se mutilando, ou mesmo pior. Sim, é um jogo extremamente pesado, escondido em um cenário de slice of life, romance e muito mais.

Não jogue Doki Doki Literature Club se for suscetível a gatilhos. Mas, se não for, se prepare para uma das maiores explosões mentais da vida.

6 – Metal Gear Solid 3: Snake Eater (Morte de The Boss)

The Boss é a vilã – na verdade, anti-heroína, mas, spoilers – mais bem construída da série Metal Gear Solid, não gostou, problema seu. Além de ter uma das lutas mais divertidas da série, as cenas pré-luta, com a personagem contando os traumas de infância, as guerras que enfrentou, o fato de não ter podido criar o filho (Revolver Ocelot), as lágrimas. Tudo contribui para um momento de ápice, especialidade de Hideo Kojima.

A luta começa com a promessa de que o jogador tem apenas 10 minutos para derrotar a mulher que criou Naked Snake. Que o ensinou tudo que ele entende por certo na vida e em combate. E em meio a toda a descarga emocional, o tempo passa a pressionar o player em vencer o combate.

Aos poucos, o jogador começa a entender que The Boss perde oportunidades claras de causar um grande dano a Snake. Que ela dá chances para que o jogador se levante e se esconda no belo cenário. A luta se torna um pouco estranha. Quase que um treinamento. Uma lição de combate valiosa, entregue simplesmente pela mentora do personagem.

Metal Gear Solid 3

E é ao derrotar The Boss que o jogador finalmente entende o que aconteceu. A vilã entrega o microfilme, com o Legado do Filosofo para Naked Snake, o cavalo vem lamentar a morte da dona. Mas é na cena final em que tudo se explica. EVA conta que a verdadeira missão da vilã era garantir que Snake cumpriria a própria missão, e salvaria o mundo dessa forma.

The Boss passa de vilã a heroína patriotica. Snake matou a mulher que o transformou no homem que ele se tornou, e entendeu que, o tempo todo, ela lutava para que o mundo fosse salvo por quem ela escolheu para salvá-lo. Tudo de acordo com um plano cheio de sofrimento. O final de Metal Gear Solid 3 é o espelho da luta contra The Boss, portanto, na minha opinião, o melhor de toda a série.

5 – Half-Life 2 (A morte de Eli Vance)

Half-Life 2 é um jogo subvalorizado, principalmente pelo público brasileiro. É um clássico dos videogames, que vai muito além do impacto no mercado, com os mods, incluindo Counter-Strike, e o crescimento da Valve, que veio a culminar na criação da Steam. É um jogo que estabeleceu uma mudança gigantesca no estilo FPS, criando mecânicas que predominam até hoje, 24 anos depois do lançamento do primeiro título da franquia.

Mas também é uma história muito bem contada, com personagens bem construídos e uma trama contemporânea, cheia de questionamentos políticos, de vítimas e de ditaduras. Um cenário fantasioso para um tema extremamente atual. E tudo culmina em Half-Life 2: Episode 2. A morte de Eli Vance diz muito mais sobre essa situação de controle das instituições do que simplesmente a morte de um boneco querido pelos fãs.

Half-Life 2

Que a Valve decida um dia soltar Half-Life 3. A série merece entender o que isso tudo vai despertar em Gordon Freeman. Confesso que ficaria bem feliz em jogar a franquia inteira de novo, no aguardo do lançamento da sequência.

4 – Life is Strange (A escolha final)

Life is Strange é um jogo sobre pessoas. Claro, sobre escolhas, mas sobre a valorização daqueles que estão no seu redor, ou a valorização própria, entre escolher o que te faz bem ou o que faz bem aos outros. E é tão bem executada que nenhuma das sequências, nem diretas ou espirituais, conseguiu chegar ao mesmo nível que o primogênito.

E o momento da escolha final do jogo, entre salvar Chloe ou salvar a cidade inteira, que seria destruída por um furacão, justamente causado por todas estas escolhas, é a realização de toda essa construção. Optar, pela primeira vez de forma egoísta, por salvar àquela que se ama, ou ser altruísta, deixar o amor para trás e salvar a cidade?

Life is Strange

Confesso. Eu salvei a Chloe. E chorei por 10 minutos ininterruptos ao som de Obstacles, enquanto as duas deixavam Arcadia Bay na caminhonete, para viver a liberdade que escolheram, carregando um peso absurdo nas costas.

3 – Phoenix Wright: Ace Attorney – Trials and Tribulations (O último caso)

Phoenix Wright é uma das minhas séries favoritas de todos os tempos, e Trials and Tribulations é 70% disso. Quando se joga o primeiro caso, como Mia Fey, defendendo o próprio Phoenix em corte, não se imagina que tudo aquilo montava o palco para o show final, Bridge to the Turnabout.

E cada construção deste caso é incrivelmente bem feita. A vítima, Elise Deauxnim, estranhamente familiar para Maya, a ré, Sister Iris, também estranhamente familiar, mas, dessa vez, para Phoenix. O retorno de Franziska Von Karma, suspeitamente substituindo Godot, o promotor que assumiu o papel de antagonista do jogo, logo no último caso, no qual ele, estranhamente, está desaparecido.

E, de repente, em frente aos olhos do jogador, as verdades de toda a série se desenrolam. Elise Deauxnim, na verdade, é Misty Fey, a mãe desaparecida de Mia e Maya. Sister Iris é Iris Hawthorne, irmã gêmea da suposta ex-namorada de Phoenix, Dahlia Hawthorne, que tentou incriminá-lo por assassinato no primeiro caso.

Trials and Tribulations

Dahlia também está presente, mentora do crime, além de Godot, na verdade, Diego Armando, o homem envenenado pela vilã, e que buscou vingança por Phoenix supostamente deixar Mia, o grande amor da vida do agora promotor, morrer.

Um encerramento perfeito para uma trilogia incrível. Phoenix Wright conta uma história incrível dentro de um tribunal, e comprova que tudo pode ser assunto para um excelente jogo de videogame.

2 – The Legend of Zelda: Ocarina of Time (A luta contra Dark Link)

Ocarina of Time é, quase, o jogo perfeito. Uma história envolvente e bem desenvolvida, personagens carismáticos, mapa, trilha sonora. Tudo. Que jogo inacreditável!

Mas uma das coisas que faz de Ocarina tão grande assim são os vilões. Seja Ganondorf, com toda a meticulosidade e inteligência ao executar os planos quase perfeitos, ou seja Gohma, King Dodongo, Barinade, Phantom Ganon, Volvagia, Morpha, Bongo Bongo ou Twinrova, os chefes dos templos.

No entanto, eles não são os únicos a desafiarem e surpreenderem os jogadores. Um dos nomes que mais mexeu comigo em toda a série foi, nada mais, nada menos que minha própria sombra – Dark Link.

The Legend of Zelda Ocarina of Time

A sala limpa, trancada, linda, cheia de elementos naturais. Me lembro de passar por cada um dos elementos. As pedras na lateral, a porta, no meio do nada, com barras de ferro a fechando. Tudo isso sem notar que minha sombra me esperava de volta, no coqueiro central, de pé, olhando cada um dos meus passos.

E no mesmo tempo que eu tomei o susto de Dark Link pulando para a luta, meu pai, de brincadeira, decidiu me dar um susto. Congelei. Nunca me assustei tanto na vida, e é algo que eu nunca mais vou esquecer. Como um jogo de aventura podia me causar tantas emoções, mesmo em um templo que não é conhecido pelo “medo”.

Sim, eu sou fã do Water Temple, porque ele simboliza toda a complexidade de Ocarina of Time. E meu pai nunca mais brincou de susto na vida dele.

1 – The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom (Encontrando Zelda)

Peço desculpas pela minha equipe desde já. Eu vou quebrar uma regra do Escolhas da Redação, porque não tem como não elencar este momento como o maior que vivi com os jogos. E já aviso, !!!SPOILERS PESADÍSSIMOS!!!

Eu ainda não consegui zerar Tears of the Kingdom. Não quero que esse jogo acabe, e, por mais que eu tenha defendido, por 25 anos, que Ocarina of Time é o melhor jogo de todos os tempos, eu posso acabar mudando de ideia muito em breve.

E uma boa parte dessa impressão me vem por causa das memórias que Link descobre ao examinar os Geoglifos e encontrar as lágrimas. A história de Zelda no passado, encontrando as Sages, até o momento final, quando se descobre o verdadeiro destino da princesa de Hyrule é incrível.

The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom

Mas ao descobrir a última das memórias, assistir à decisão de Zelda por engolir a lágrima e se transformar em um dragão eterno, para reenergizar a Master Sword e viver tempo suficiente para devolvê-la a Link no tempo presente, eu vivi um dos momentos mais emocionantes da história dos videogames.

O sacrifício e o sofrimento de Zelda, depositando todas as esperanças de salvação do reino de Hyrule nas mãos de Link, abrindo mão da própria humanidade para manter vivo o mundo é, de fato, o que torna esta versão da princesa, que já era uma das melhores, na minha opinião, pela construção em Breath of the Wild, em uma das mulheres mais fortes da história dos games, mesmo não sendo a protagonista jogável.


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