Conheça os personagens favoritos da vida de Igor Pontes, criador do Guia de Genshin e Teoria Game Arena
Mais um sábado, mais um Escolhas da Redação! Dessa vez, eu, Igor Pontes, que trago para vocês alguns dos meus gostos pessoais, e também um pouco da história da indústria dos games através dos 10 melhores personagens da história.
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Como sempre, listamos as regras para não causar discórdia e eu acabar colocando a franquia Pokémon inteira na lista.
1 – Não vale repetir série
2 – É necessário que haja jogos de console e PC
3 – Quanto mais gerações, melhor!
Agora, finalmente, vamos para o Escolhas da Redação dessa semana, onde este que vos digita irá listar alguns dos personagens mais marcantes da minha jornada com videogame.
10 — Ezio Auditore da Firenze (Assassin’s Creed II)
Ezio é até hoje “O” personagem da franquia da Ubisoft. Acompanhamos o assassino em toda a jornada, desde antes de sequer saber o segredo da sua família, até atender o chamado do dever e se tornar um membro da Irmandade. Assassin’s Creed virou uma franquia blockbuster, que garantiu muito sucesso ao longo das últimas décadas, mas não podemos negar que a trilogia que narra a saga de Ezio continua sendo a mais marcante.
Nascido no limiar entre a franquia virar o sucesso que se tornou um enlatado repetitivo ao longo do tempo, os jogos da aventura de Ezio, e até mesmo seu fim, são lembranças de uma época mais simples, onde algumas empresas ainda focavam em criar longos arcos para os personagens, ao invés de transformar tudo em uma série de jogos para vender mais.
9 — Revolver Ocelot (Franquia Metal Gear Solid)
Todo herói, ou protagonista, precisa do contraponto. Revolver Ocelot faz exatamente isso para praticamente todos os ”Snakes” da franquia Metal Gear, além de ser filho da chefe mais querida dos videogames, The Boss. Ocelot é um daqueles personagens que flertam com todos os arquétipos possíveis existentes em uma trama. Rival? Sim. Braço-direito? Sim. Inimigo mortal que se transforma em uma versão maluca do seu ”irmão”? É, também. Adamska é uma das melhores coisas da franquia criada por Hideo Kojima, e sua paixão pelo faroeste italiano.
Além, é claro, de ter um dos melhores memes da franquia Metal Gear, quando é introduzido em Metal Gear Solid. Revolver Ocelot é uma das figuras mais icônicas dos videogames, seja pelas aparições nos jogos ou pela entrada clássica em Metal Gear Solid 3. A presença recorrente nos jogos faz com que seja um dos melhores personagens criados por Kojima.
8 — Dante (Franquia Devil May Cry)
Dante é um personagem que descobri, assim com Devil May Cry, de surpresa. Fui à locadora perto de casa alugar um jogo – tal qual os Maias e os Incas faziam – e havia chegado DMC 3. Eu não havia jogado os outros, mas, naquela época? Isso não importava, convenhamos. Consegui jogar o resto da franquia assim que achei os outros títulos, e me apaixonei por Devil May Cry, que continua sendo uma das minhas séries de jogos preferida.
Dante é fanfarrão, um canastrão de marca maior e a epítome do cabeludinho descolado. Mas não tinha como não gostar do personagem no longínquo ano de 2005. Todo adolescente queria se sentir descoladão, e jogar com o filho de Sparda era o mais próximo que conseguiríamos na época. E bem, cumpriu o papel perfeitamente.
7 — Lara Croft (Franquia Tomb Raider)
Tomb Raider foi um dos primeiros jogos que conseguir desfrutar em um PC. Lembro até hoje da época que meu tio me emprestava o laptop dele — eu sei, eu estou velho, não me enche – para jogar, e acabei esbarrando com a imagem da Lara Croft. E, bem, zerei a primeira aventura de Lara Croft, tomando muito susto, no auge dos meus 8 anos. Lara se tornou uma das minhas personagens preferidas, e toda vez me dói um pouco ao lembrar que a nova versão não foi tão celebrada quanto devia. Também, o terceiro jogo é bem fraquinho, acontece.
De qualquer forma, Lara Croft fez parte das minhas tardes na casa da tia, jogando até de noite, antes de sequer ter um videogame.
6 — Vincent Valentine (Final Fantasy VII)
Acho que devo ser a única pessoa no planeta que gosta de Dirge of Cerberus: Final Fantasy VII, mas não me peça para jogar outra vez, sei que ele é muito fraquinho. Quando desbloqueei o personagem em Final Fantasy VII, ele se tornou um membro da minha equipe, e as transformações eram surreais. Joguei Dirge of Cerberus logo depois, completamente alucinado com Vincent sendo o protagonista. Eu era um jovem na época, não me leve a mal. No entanto, o personagem ficou marcado para mim, e se tornou um dos meus preferidos em Final Fantasy.
Vincent Valentine se tornou um dos personagens mais importantes do ”universo expandido” de Final Fantasy VII, e com razão. Sua trama e também os problemas que o transformaram nessa persona mais fechada e sofrida, é o que o coloca como um dos meus preferidos de todos os tempos.
5 — Darth Revan (Star Wars: Knights of the Old Republic)
Já comentei sobre Revan no texto sobre maiores plot twists dos games, e, realmente, o personagem de Star Wars: Knights of the Old Republic é, talvez um dos melhores personagens já feitos no universo da obra de George Lucas. Se Cal Kestis hoje é um sucesso, é porque Revan conseguiu carregar uma trama de Star Wars sem precisar citar a família Skywalker. Os problemas causados pelo personagem, e a redenção que o jogador pode permitir ao lendário guerreiro, são o que fazem KOTOR um jogo tão bom, e que me deixa bem ansioso para o remake.
Apesar da história de Revan se misturar entre quadrinhos e livros também, o começo do personagem e o sucesso inicial foi no jogo da BioWare, e não tem como deixá-lo de lado após finalizar a campanha.
4 — Ellie (The Last of Us Part 1 e 2)
Ellie é uma das melhores personagens que tive o prazer de jogar e acompanhar a jornada em uma mídia. Por mais que existam os chatos que reclamam do segundo jogo, como já falamos por aqui, a filha adotiva de Joel Miller tem uma construção incrível ao longo dos dois jogos, com o segundo finalizando a jornada de redenção da boca suja mais querida dos games. Devo admitir que tenho um ponto fraco por tramas que mostram o desenvolvimento dos personagens, e acompanhar tudo o que Ellie passa, desde a descoberta da imunidade, a decisão de Joel, e o desenrolar dos acontecimentos que colocam a jovem entre continuar o ciclo de vingança, ou quebrar a corrente em prol de se perdoar, é incrível.
3 — N (Pokémon Black e White)
N é um dos personagens já citados em outras listas, e, para mim, o verdadeiro protagonista de Black e White. Com o conceito de separar a humanidade dos Pokémon, por achar que eles não são dignos de possuírem um vínculo com os monstrinhos de bolso, o líder do Team Plasma é um dos rivais mais bem construídos da franquia, assim como também tem uma das melhores histórias. Black e White foram o ápice da série, na época do Nintendo DS, e, até hoje, talvez não exista uma trama tão boa nos jogos da Game Freak quanto essa.
Incompreendido, manipulado e adorado, N é um dos melhores personagens da história, adicionando uma complexidade a um jogo voltado para um público que poderia muito bem não captar as camadas do rival, mas a Game Freak o desenvolveu mesmo assim.
2 — Hades (Hades)
Eu poderia muito bem colocar Zagreus nessa posição, mas o paizão do submundo merece estar aqui. Hades, o jogo, começa com o jogador odiando o Deus, e comprando toda a vontade do protagonista de fugir daquele lugar, literalmente, infernal. No entanto, conforme a trama se desenrola, as motivações para Hades ser assim, e todas as aflições que o personagem tem dentro de si começam a transparecer conforme ele abaixa a guarda e se abre para o próprio filho. O jogo é muito sobre os pais assumirem as próprias dores e mantê-las enlatadas para que os filhos não sofram, mesmo que a verdade seja melhor do que a proteção.
Hades consegue emocionar os jogadores não só por mostrar a belíssima história de Zagreus, mas por mostrar a redenção do Deus dos Mortos em se tornar um personagem mais amável, responsável, carinhoso e justo com os súditos do submundo. A Supergiant Games entregou um dos melhores pais da ficção, quando achávamos estar diante de um dos piores.
1 — Coringa (Batman: Arkham City)
Eu sei, eu sei, o Coringa vem dos quadrinhos. Mas a versão do Palhaço do Crime, interpretada por Mark Hamill em Arkham City, é, talvez, a melhor encarnação do personagem fora da mídia de origem do vilão. Aqui, temos uma versão do antagonista mais desesperada, violenta e igualmente obcecada pelo Homem-Morcego. Com um plano extremamente bem executado para tentar destruir o alter-ego de Bruce Wayne de uma vez por todas, o final do vilão no terceiro jogo da Rocksteady, é uma obra-prima.
É claro, a interpretação de Mark Hamill ajuda muito na hora de falar sobre essa versão do Coringa. O ator já interpreta o personagem desde Batman: A Série Animada, mas devo dizer que até hoje, sinto arrepios quando ouço a versão de Only You, cantada por Hamill com a voz do palhaço. Ainda mais após o final do jogo, que deixa o jogador completamente sem chão. Um baita final, um baita jogo, e um maravilhoso personagem.
Esses foram os meus melhores personagens da história! Gostou da lista? Prepare-se que semana que vem tem mais Escolhas da Redação!
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