Produtor e diretor de Tears of the Kingdom falaram sobre Elden Ring e influências externas em Zelda
Há tempos a Nintendo faz comentários sobre a influência de outros jogos em The Legend of Zelda. É notável, por exemplo, o impacto de RPGs ocidentais como Elder Scrolls na liberdade e customização vista em Breath of the Wild, de 2017. Outro game japonês que bebeu de várias fontes para criar uma experiência única com mundo aberto foi Elden Ring, da FromSoftware. Assim como Zelda, o título parte do ponto de vista de outra cultura para retratar a estética do período medieval europeu.
Elden Ring foi lançado em fevereiro de 2022, mais de um ano antes de Tears of the Kingdom. Será que o jogo influenciou de alguma maneira o mais novo Zelda?
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Eiji Aonuma e Hidemaro Fujibayashi, da Nintendo, concederam uma entrevista ao RTL Nieuws, na qual discutiram o retorno da jogabilidade clássica de Zelda e a inspiração por trás do mais recente lançamento, The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom. Entre os tópicos abordados, estava o sucesso de Elden Ring e a possível influência na série da Nintendo.
Durante a entrevista, Fujibayashi revelou que, devido à agenda lotada com o desenvolvimento de Tears of the Kingdom, eles não tiveram a oportunidade de jogar Elden Ring. O diretor enfatizou que, mesmo se tivessem conferido o game, não reutilizariam nenhuma ideia vista ali. Em vez disso, a equipe sempre se concentra em criar conceitos novos e originais para cada jogo de Zelda.
Essa abordagem no desenvolvimento de jogos diferencia Zelda de outros títulos, como explicou Aonuma. Ele ressaltou a importância de criar ideias únicas, que ainda não foram exploradas. O produtor compartilhou um exemplo do desenvolvimento de The Legend of Zelda: A Link Between Worlds, no qual introduziram um sistema 3D que proporcionava uma perspectiva diferente aos jogadores. No jogo do 3DS, Link pode se transformar em uma pintura para se locomover através das paredes.
É importante ressaltar que dificilmente a resposta de Aonuma e Fujibayashi sobre Elden Ring seria positiva em relação a qualquer influência, e isso não necessariamente tem a ver com o processo criativo da Nintendo. O fato é que quando o jogo foi lançado, certamente Tears of the Kingdom já estava em estágios finais de desenvolvimento. Recentemente, o próprio Aonuma admitiu que o último ano serviu apenas para polimento do jogo.
Em um projeto com esse escopo, qualquer mudança brusca de percurso precisa ser feita com anos de antecedência, e não há poucos meses da data prevista de lançamento. Do contrário, o jogo corre o risco de se tornar uma versão genérica de outro título de sucesso – algo que vai contra toda a história da série Zelda – ou de ter o desenvolvimento reiniciado, adiando o lançamento em alguns anos. Foi o que aconteceu com Metroid Prime 4, por exemplo.
De qualquer maneira, fica a enorme curiosidade para conferir quais serão os rumores que Zelda tomará no próximo console da Nintendo, considerando que Tears of the Kingdom expandiu o que foi visto em Breath of the Wild, enquanto, supostamente, o próximo jogo trará uma Hyrule totalmente nova.
Com informações de: Zelda Dungeon
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