Cada vez mais próximo do final de Baldur’s Gate 3, sinto que estou caindo na minha própria armadilha
Estou no ato 3 de Baldur’s Gate 3. Meu Draconato, Paladino da Vingança, que quebrou o juramento da forma mais boba possível, está próximo do final. Já estou naqueles momentos de arrumar todas pontas antes do confronto contra o Absoluto.
No entanto, me peguei começando uma jornada nova, para testar outro personagem. Nossa, como será que está tal classe? E aí, que percebi o inevitável: estou enrolando para finalizar o jogo. Não quero encerrar, ainda, a jornada do meu paladino.
Leia mais
- Top 5: os melhores companheiros de Baldur’s Gate 3
- A recepção positiva de Baldur’s Gate 3 mostra que RPGs por turno continuam fortes
- Baldur’s Gate 3: dados do primeiro fim de semana reforçam impacto do game
Não aprendi dizer adeus
Baldur’s Gate 3 me colocou em uma situação que já estive com outros jogos. Para evitar chegar no final, sabendo que provavelmente não poderei retornar para o progresso feito até então, ou simplesmente que perderei o impacto da novidade ao zerar uma segunda vez, entro em conflito sobre terminar ou não.
Será que fiz tudo certo para ter um bom final? E que aquela missão de entregar duas bananas e dois abacaxis que não terminei, vai influenciar na trama que envolve a cidade inteira de Baldur’s Gate? O Halsin? Eu não consegui resolver tudo do Ato 2 e o druida ficou esquecido no churrasco, será que dei mole em algo?
Essas questões começam a atormentar mais a minha cabeça do que as mensagens do Absoluto tentando converter o meu personagem para fazer maldades. Andar pela cidade e ir explorando cada cantinho, cada loja, torna-se algo maravilhoso que sei, como jogador, que só conseguirei chegar lá depois de umas boas 20 horas de jogatina, isso fazendo tudo correndo.
Olhar para as escolhas que optei não seguir por querer chegar logo no fim da história agora me atormentam, ao chegar tão perto de terminá-la. Foi uma escolha que eu sabia que poderia me arrepender, mas, ao mesmo tempo, Baldur’s Gate 3 me colocou nessa posição.
Como é bom não querer se despedir de um jogo
Sei que é possível jogar outra vez, e eu vou, não me leve a mal. É bem provável que continuarei jogando Baldur’s Gate 3 por anos, assim como fiz com Skyrim. Quando não tiver nada para jogar, revelo detalhes e vou lá, faço umas missões e fecho. Jogo umas 3 horinhas, umas 5. Virei a madrugada.
Mas mesmo que seja possível repetir mais de uma vez, e com situações diferentes, personagens diferentes, histórias diferentes, nada vai superar a primeira vez. Saber que está chegando ao fim a jornada daquele personagem que construí com tanto carinho, que coloquei meu empenho inicial e descobri tudo de novo que não existia no acesso antecipado, é tão triste quando dar tchau para alguém querido.
Saber que o grupo de heróis que transformei Shadowheart, Astarion, Gale e Karlach, pode não ser o mesmo, é um misto de empolgação e também tristeza. Consegui converter Astarion em um cara legal, sabe? Isso é um feito que não sei se será possível repetir em outra campanha.
Ao mesmo tempo, queria refazer as missões do Wyll e dar mais cuidado para as aventuras dele. Ainda mais que descobri existir bem mais sobre o personagem do que aquilo que havia visto antes. Não só o bruxo, mas por mais que a desgoste, preciso dar uma chance para Lae’zel em Baldur’s Gate 3.
Existem tantas coisas para fazer diferente, tanto para explorar que não consegui da primeira vez. Mas, mesmo assim, não consigo considerar dar um desfecho para os personagens que criei tanto apego.
Realmente, é o ano dos videogames mesmo
Baldur’s Gate 3 se tornou um acontecimento maior do que o esperado pela Larian Studios, e dá para entender o motivo de ter caído nas graças do povo. É um RPG robusto, cheio de cuidado e coisa para fazer, com escolhas e ramificações que transformam cada jornada em algo realmente único.
Perdi a conta do número de vídeos que acabei esbarrando no recomendado do YouTube, mostrando situações que eu sequer passei perto. E como não existe a possibilidade de retornar para resolver problemas antigos, aquilo tudo ficou para trás e, beijo nas crianças, não volta mais.
Em uma nova campanha, talvez eu conseguisse explorar mais essas vertentes que acabei não fazendo — quem sabe até finalmente uma campanha de alinhamento maligno —, mas, ao mesmo tempo, será que ainda é hora de terminar a campanha inicial que eu fiz?
Olhar para um jogo tão complexo como esse, lembrar que ainda tem Starfield chegando, e tivemos The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, Final Fantasy XVI, Street Fighter 6, Resident Evil 4 Remake, mostram que 2023 pode ter se tornado um dos maiores anos da história da indústria.
Starfield está batendo na porta, estacionando a nave, regulando o trem de pouso, e eu estou aqui, ponderando se entro nos esgotos de Baldur’s Gate ou não, para terminar uma série de missões importantes.
Saber que existe essa leva enorme de jogos excelentes em um ano só é maravilhoso e também complicado. Imagina ter que deixar um mundo tão rico e tão apaixonante, para migrar para outro que deve ser igual? Quando voltarei para Baldur’s Gate 3 depois de encostar em Starfield?
Quando termino a campanha de vez? É pouco tempo para muito videogame, ainda bem.
Aproveite para conferir os vídeos e o canal do YouTube da Game Arena. Neste vídeo, mostramos algumas dicas de Baldur’s Gate 3
A Game Arena tem muito mais conteúdos como este sobre esportes eletrônicos, além de games, filmes, séries e mais. Para ficar ligado sempre que algo novo sair, nos siga em nossas redes sociais: Twitter, Youtube, Instagram, Tik Tok, Facebook e Kwai.