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Street Fighter 2 - Max e Scott
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A Vida e Obra de Max e Scott, os Street Fighters raiz

A Vida e Obra de Max e Scott, os Street Fighters raiz

Um dossiê de Max e Scott, a dupla que estava brigando na abertura de Street Fighter 2 Em 1991, uma máquina de fliperama invadiu locadoras e botecos de todas as partes do mundo, revolucionando um gênero e firmando o nome da maior série de jogos de luta de todos os tempos. Street Fighter 2 dispensa apresentações. É um fenômeno que dominou os anos 90 e segue extremamente relevante até hoje, como o novíssimo sexto jogo da série principal ilustra muito bem.

Marcellus Vinicius •
03/08/2023 às 23h00, atualizado há um ano
Tempo de leitura: 6 minutos

Um dossiê de Max e Scott, a dupla que estava brigando na abertura de Street Fighter 2

Em 1991, uma máquina de fliperama invadiu locadoras e botecos de todas as partes do mundo, revolucionando um gênero e firmando o nome da maior série de jogos de luta de todos os tempos. Street Fighter 2 dispensa apresentações. É um fenômeno que dominou os anos 90 e segue extremamente relevante até hoje, como o novíssimo sexto jogo da série principal ilustra muito bem.

Todo mundo conhece personagens lendários como Ryu, Chun Li e Akuma. São figuras que estão no topo da pirâmide quando falamos de popularidade nos jogos eletrônicos. Mas as pessoas se esquecem com frequência que toda pirâmide também tem uma base. Lá embaixo, suportando todo o peso e permanecendo sempre mais distante do Sol, estão dois sujeitos que, sem dúvida alguma, ajudaram a construir o imaginário popular a lenda dos lutadores de rua.

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Na abertura da primeira versão de Street Fighter 2 não traz um duelo entre astros selecionáveis do jogo, como Ryu e Sagat. O que vemos, na verdade, é uma briga absolutamente comum entre dois homens desconhecidos, acompanhada por uma multidão de fofoqueiros ao som do tema principal da série. Desde então, uma pergunta inquietante tirou o sono da sociedade civil: afinal, quem são esses caras?

Hoje vamos investigar os street fighters originais, os brigões mais raiz das ruas: Max e Scott!

Quem são Max e Scott

Como falei, Max e Scott são os sujeitos que aparecem brigando na abertura de Street Fighter 2. Max é o homem negro que aparece sem camisa, de costas muito bem torneadas. Scott, seu adversário, é um lutador loiro que usa camisa branca sem estampa e tem o cabelo cuidadosamente besuntado de gel.

Max e Scott, respectivamente.
Max e Scott, respectivamente.

Por anos a comunidade de fãs de Street Fighter especulou sobre a identidade deles. A teoria mais aceita afirmava que eles seriam Mike e Joe, dois adversários não selecionáveis do esquecido primeiro jogo da série. Foi apenas em 2016, durante uma série de perfis oficiais de personagens, que a Capcom se pronunciou, revelando os nomes dos personagens, Max e Scott, e cravando que a hipótese envolvendo Street Fighter 1 estava equivocada.

Uma breve biografia

Os registros oficiais nos contam que Max é um  um boxeador peso-pesado nascido e crescido nos Estados Unidos. Ele é um lutador de técnica considerável que costuma participar de torneios de artes marciais mistas. Porém, Max tem má fama nos grandes circuitos por frequentemente causar problemas desrespeitando regras, e é comum vê-lo sofrendo punições por mau comportamento. Ele investe a maior parte do dinheiro que consegue em casas de apostas e cassinos de credibilidade questionável.

Scott também é um boxeador estadunidense. Porém, nosso entusiasta de camisetas brancas já pendurou as luvas e agora é dono de um bar. A atividade de lazer favorita de Scott é pescar nos finais de semana, informação que, por algum motivo, a Capcom fez questão de destacar na ficha do rapaz.

O motivo da luta entre Max e Scott permanece nebuloso. Pode se tratar de um desentendimento corriqueiro, mas também é plausível supor que os dois se enfrentaram em alguma competição oficial de Street Fighter – no caso, de modo bem literal, brigando na rua. Aparentemente o direto de direita de Scott encerrou a questão, mas não pudemos acompanhar o desfecho do embate porque o câmera resolveu filmar um telão no topo de um prédio.

O legado

Max e Scott representam, acima de tudo a validação daquilo que está na essência da coluna Vida e Obra: o carinho dos jogadores por personagens que nunca ganharam de fato os holofotes. Do lançamento do jogo, em 1991, até as fichas oficiais da Capcom em 2016, foram 25 anos de teorias, perguntas e pedidos por mais detalhes sobre os dois. Até hoje, inclusive, a comunidade de Street Fighter sonha com o dia em que eles serão selecionáveis em algum jogo da série.

Max e Scott foram vistos pela última vez no fundo do cenário “Ring of Arcade”, que faz parte do pacote de conteúdo adicional que foi lançado para a Capcom Pro Tour 2022. A dupla aparece ali convivendo numa boa enquanto acompanham as lutas, mostrando que provavelmente já resolveram as diferenças que levaram ao imbróglio anterior.

Cabe a nós fazer nossa parte para que o legado dos verdadeiros Street Fighters, aqueles que encararam o nome da série da maneira mais literal possível, nunca seja esquecido. Pois foi com o soco de Scott na bochecha desavisada de Max que o gênero dos jogos de luta se apresentou, de fato, para o mundo.


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