Alien: Romulus me deixou com aquela coceira por um Isolation 2
Na última quinta-feira (15), eu e minha noiva optamos por fazer algo que já havia tempos que não fazíamos, que era assistir a um filme no dia de estreia. Pegamos o horário mais tranquilo de Alien: Romulus e entramos na sessão esperando ver mais uma tentativa de revitalizar a franquia da Fox.
Contudo, além de ser um baita filme — veja no cinema, de verdade —, a primeira coisa que falei com a minha noiva após sair da sessão, foi: “Que vontade de jogar Alien: Isolation de novo”. E nisso, fui dormir pensando em como eu adoraria ver uma sequência das aventuras de Amanda Ripley depois da Sevastopol.
A ambientação inspirada
Fede Alvarez nunca escondeu que teve Isolation como inspiração para o filme e já comentou algumas vezes como existem algumas inspirações visuais ao jogo, principalmente em entrevista ao podcast do site Total Film. “O filme é montado de uma forma que toda vez que algo ruim está prestes a acontecer, você verá um telefone. No jogo, toda vez que você sabia que havia um telefone, você dizia ‘putz, estou prestes a entrar em uma cena ruim’. É a mesma coisa aqui“, disse.
Em entrevista para o canal Rue Morgue, Alvarez complementou, explicando a importância do jogo. “Eu acho que Alien: Isolation foi uma grande inspiração justamente porque era não só um grande jogo, mas algo que mostrava o quão assustador [Xenomorfo] poderia ser, sabe?” o diretor continuou explicando que o entendimento geral era de que o monstro “não era mais assustador”, e que Isolation conseguia provar que mesmo com essa super exposição do extra-terrestre, era possível ficar muito assustado com ele.
Como é bom ver o Alien em um cenário assustador
O filme tem várias inspirações visuais em vários materiais da franquia, e Alien: Isolation não seria diferente. Algo que me chamou muito a atenção, era na movimentação do Xenomorfo, que se esgueirava pelos lugares e algumas vezes você conseguia vê-lo ao fundo antes dele aparecer, e já criava aquele clima de tensão. Bem parecido com o que acontece quando o jogador está explorando a Sevastopol e do nada, o detector começa a apitar e você vê, lá, no fundo, a cauda do bichão se mexendo.
Fede Alvarez acertou no tom de trazer um Xenomorfo que é realmente aterrorizante, que vai crescendo em tensão, e também mostra a quantidade de monstros presentes na estação Renaissance, dividida em duas sessões. A ambientação, os sons, o visual da nave, e o terror do alienígena se esgueirando por aí, me deixaram cada vez mais com vontade de voltar a esse universo, só que comandando um personagem.
O que falta para sair uma continuação?
Convenhamos, tudo o que veio depois de Isolation, meio que ficou esquecido. Uma sequência direta para Mobile, Aliens: Dark Descent, por mais que tenha análises muito positivas na Steam, acabou ficando esquecido no gigantesco ano de 2023. Mesmo sendo bem recebido, é um jogo tático de ação, e não algo necessariamente aterrorizante como esperamos da franquia.
Por isso, fica essa dúvida no ar: O que falta para a Creative Assembly lançar uma sequência? Como se trata de um produto licenciado, é bem provável que a empresa não tenha renovado o seu contrato com a Fox, e agora que ela foi adquirida pela Disney, as coisas podem acabar complicando ainda mais para um novo lançamento.
Olhando de fora, esse seria o melhor momento para anunciar uma sequência. Dez anos desde o lançamento do primeiro jogo, o retorno da franquia com Alien: Romulus e sendo bem recebido como um produto de terror, o terreno está plantado para trazer um Alien: Isolation 2.
Um novo jogo, abusando das novas tecnologias como o ray tracing para criar ambientes mais sinistros para o Xenomorfo se esgueirar por aí, seria incrível. Com tanta tecnologia voltada para o reflexo e a iluminação de lugares, porque não implementar isso em um novo Alien: Isolation, com o reflexo do monstro aparecendo de canto enquanto explora um laboratório vazio, e o personagem precisa se esconder correndo e tomar cuidado com a luz.
Existem muitas possibilidades e o salto tecnológico desde 2014, foi grande o suficiente para trazer uma experiência aterrorizante comandando Amanda Ripley mais uma vez. Imagina encarar um bichão desses com a Unreal Engine 5? Seria um sonho.
O filme original dizia que “No Espaço, ninguém ouve você gritar” e é assim que me sinto, gritando de dentro da cápsula de criogenia, recém-desperto, clamando por um Alien: Isolation 2. E ninguém ouve. Bem que Ridley Scott avisou.
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