Polêmica com Redfall a 30 FPS levantou a discussão nos últimos dias
Conforme o tempo foi passando, a tecnologia por trás dos consoles avançou vertiginosamente, ao ponto de vermos jogos da mesma franquia com visuais em 8-bit e outros em 4K. No entanto, um dos recursos mais recentes dos games ainda é um certo problema para o desenvolvimento, e acaba, às vezes, gerando polêmica entre os jogadores, como foi o caso dos 30 FPS em Redfall.
Leia mais:
- Mod coloca o Mario elefante em Super Mario 64
- Call of Duty: Modern Warfare III terá mais de 30 armas no lançamento
- Xbox Game Pass perderá Trek to Yomi e mais cinco jogos em outubro
Depois de analisar e construir minha própria linha de raciocínio sobre o assunto, levando em conta o momento atual dos consoles e de monitores e TVs à disposição da comunidade, me peguei pensando se ainda vale a pena lançar jogos que rodem apenas em 30 FPS para PS5 e Xbox Series X|S.
O assunto dos frames por segundo, ou FPS, sempre foi tratado como uma polêmica dentro do mundo dos jogos, uma vez que, mesmo que os desenvolvedores consigam lançar os games com suporte a um FPS maior, normalmente em torno dos 60, ainda é necessário que os jogadores possuam TVs ou monitores capazes de renderizar a imagem com tal taxa de quadros.
E a polêmica voltou à tona na última semana, depois que a Bethesda finalmente habilitou, na versão de Xbox Series X|S de Redfall, o suporte aos 60 FPS. O jogo foi lançado em maio deste ano, e, somente agora, recebeu um recurso que já deveria estar presente desde o início, principalmente levando em conta o momento que vivemos nos consoles.
Em um mundo em que já temos jogos que rodam em taxas de FPS muito superiores aos 60, não só em PCs, mas também no PS5 e no Xbox Series, como é o caso, por exemplo, de Fortnite e Call of Duty, na minha opinião é impossível levantar argumentos para defender games que ainda rodem somente a 30 FPS.
E mesmo aqueles jogos que oferecem modos que privilegiem uma performance maior, visando os 60 FPS, mas abrindo mão de resolução, já não são mais algo que deveria acontecer, afinal de contas, estamos chegando perto do terceiro aniversário da atual geração de consoles, o que, basicamente, implica em cerca de 50% da vida útil deles, antes que os respectivos sucessores cheguem ao mercado.
Muito já se discute, nos bastidores e nas redes sociais, sobre possíveis consoles “Pro”, o que não deveria sequer ser assunto enquanto o PS5 e o Xbox Series não tiverem atingido um ponto minimamente aceitável na curva de performance. O videogame da Sony, por exemplo, possui estampado na caixa o anúncio de que é capaz de rodar jogos em 8K, e até hoje não vimos nada parecido com isso.
Portanto, não penso que seja aceitável que os desenvolvedores sigam limitando os jogos dessa forma. Que tenhamos uma explosão de performance daqui para a frente, entregando não só 60 FPS, mas também resoluções, no mínimo, em 4K, e que cheguemos perto do dobro disso antes dos próximos PlayStations e Xbox.
