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Inicialmente, Zap comentou sobre o trabalho exercido pela 2GAME desde a eliminação no Kickoff Americas até a estreia no VCT Americas Stage 1:
“Foi um mês normal, pelo tempo de trabalho que a gente teve. A gente seguiu os treinos da mesma forma, conseguimos melhorar em alguns aspectos. Lógico que nós temos que fazer mudanças, se adaptar ao novo cenário que a gente está, ao meta shift também. Foi um mês de trabalho tranquilo, com muito trabalho e pontos para melhorar“.
Zap também comentou qual ponto faltou para a 2GAME sair com um resultado melhor no Kickoff Americas:
“Acho que faltou um pouco mais de calma, num âmbito geral, não só falando do jogo específico. Faltou acreditar mais no treino que a gente já tinha feito, então deixamos algumas coisas escaparem, um pouco por nervosismo, um pouco por pressão talvez. A gente vem mais preparado agora, acreditando mais no nosso trabalho, no nosso treino, temos que repetir o que a gente está treinando que provavelmente é o que nos leva a vitória.”
Recentemente, alguns jogadores profissionais do VCT tem reclamado do alto número de habilidades do meta e como isso “diminuiu” as trocas “francas” de tiro nas partidas profissionais. Questionado, Zap opinou sobre:
“O meta atual é, tipo assim, depende da abordagem da equipe. A gente viu a T1 com composições muito agressivas de dois duelistas enfrentando composições de mais recursos, que é o que as pessoas estão reclamando. Acho que é um meta muito aberto ainda pra quem gosta de fazer qual rumo seguir. Concordo que hoje em dia rende muita skill durante os rounds, o ciclo de skills é muito alto, então é sempre muita skill na tela. Às vezes, pra jogar fica um pouco mais chato mesmo porque não consegue trocar muito tiro, tem muita skill na sua tela, você fica preocupado com o tanto de skill que pode acontecer. Acho que o meta ainda é muito aberto. Cabe aos times identificarem como eles se sentem mais confortáveis jogando e colocar na partida. É um meta chato por conta das skills, mas é um meta aberto que pode ser trocado a qualquer momento“.
Além de silentzz, duelista de ofício da 2GAME, a equipe ainda conta com Gobera, que atualmente é o sentinela da equipe, mas já atuou por muito tempo fazendo o entry. Questionado sobre a possibilidade de adotar um meta mais agressivo, similar à T1, Zap respondeu:
“A gente tá fazendo várias mudanças e vários testes. Fizemos várias mudanças e vários testes e decidimos o que é melhor pra gente agora e vamos mostrar no campeonato. A gente já mostrou, na época no Brasil, que troca bastante de composição também, a gente não treina só com uma, treina com algumas. Dependendo da equipe que a gente jogar contra, podemos nos sentir mais confortáveis com uma composição do que com outra. Mas é sempre bem aberto o que a gente pode fazer“.
Zap comentou sobre a mudança na rotação de mapas, com o retorno de Ascent e Icebox no lugar de Abyss e Bind:
“Acho que todos os times estão igualmente preparados. Mesmo que a gente sabia da mudanças de mapas, encontrar treinos para esses mapas não é fácil enquanto à rotação não mudou. Fica muito em aberto, provavelmente só os times da franquia treinam os mapas que vão pra próxima atualização. Óbvio que a gente conseguiu eliminar dois mapas da nossa map pool por enquanto, os outros a gente focou bastante. Creio que pode ter sido um lado bom pra gente e igualmente para todas as outras equipes.”
Na entrevista, Zap comentou sobre os principais pontos trabalhados pela 2GAME focando na evolução da equipe e do desempenho:
“Foram vários pontos, mas acho que o mais gritante foi a gente conseguir trazer de volta a calma que a gente tinha no Ascension. A comunicação clara e efetiva que a gente sempre teve. Liberar um pouco da pressão das costas que a gente sentiu no Kickoff, falar que tá tudo bem. A gente enxergar que pra gente, tudo é um processo, independende de resultado pode ter sido uma “derrota boa”, uma derrota horrível. O que mais afeta a gente é o nosso trabalho, então precisamos seguir trabalhando firme para que o resultado no final não importe tanto, mas que a gente estiver evoluindo, é um grande passo pra gente. A gente está num cenário onde os times são muito bons, as pessoas são muito boas, ninguém entra para perder aqui, todo jogo é um jogão. Independente do resultado, todo jogo é um jogão. É algo que a gente está trabalhando“.
Zap comentou sobre Waylay, nova duelista do VALORANT:
“Todo duelista quando sai ele é um pouco polêmico. É difícil balancear um duelista novo pelas características que um duelista tem. Acho que o boneco é forte, sim, um playmaker bem forte. Pedimos pro spike ficar testando na ranked para saber os limites do boneco, o que ele acha. Não sei se vai ser tão predominante porque o Tejo eu via que ia ser algo muito utilizado, mas eu não sei se vai ser tão utilizado quanto a Waylay. Ela tem um power play forte, mas não te dá tanto poder quanto um Tejo colocado na composição dá. Acho que alguns times vão seguir nas composições de Yoru, mas acho que tem uns mapas que eu acho que vão usar aí pra jogo“.
Apesar do torneio ainda não ter começado, muitas pessoas colocam a 2GAME como o pior time do VCT Americas. Zap comentou se as listas dão um combustível a mais ou se a equipe não se importa com isso:
“No Kickoff, eu falei que a gente tava acostumado com isso, sempre foi assim desde o primeiro split do VCB. Acho que a gente tá com a mentalidade muito diferente, acho que isso indifere pra gente. Não é combustível, não é nada. Acho que independente do que todo mundo fale da gente, a gente sabe o que estamos trabalhando. O que importa é mostrar pra gente mesmo que a gente tá dando valor, aonde a gente tá, não estamos aqui pra brincadeira, mesmo que as derrotas tenham sido duras, estamos trabalhando firme para que os resultados não sejam esses. A gente não controla resultado, podemos controlar o que a gente pode fazer dentro da partida enquanto ela tá acontecendo. Indefere a tierlist, indefere o que o povo pensa e fala da gente, a gente tá muito focado no nosso trabalho. Olhando pra dentro por enquanto e trabalhando duro para que os resultados cheguem“.
Com estreia diante da Evil Geniuses no dia 23, Zap comentou suas expectativas para o jogo:
“Cara, eu acho que vai ser jogão. Acho que todo jogo aqui é jogão. Estou muito ansioso para enfrentar um time que tem a potter como treinador porque eu sou muito fã dela, desde sempre acompanho bastante os times que ela trabalhou e gosto do método de trabalho dela. Enfrentar jogadores como o yay, que é um jogador que já teve tanta experiência internacional, conquistou tantas coisas. A gente tem que colocar isso na balança também, acho que vai ser um jogão“.
Por fim, Zap avaliou o grupo da 2GAME, que conta com Evil Geniuses, LOUD, KRÜ Esports, 100 Thieves e Sentinels:
“É um grupo, eu diria equilibrado. É um grupo forte, acho que os dois grupos tão fortes, todos os times são muito bons. Pra gente, a escala vai aumentando o nível de dificuldade, de jogo a jogo, então acho que talvez seja uma tabela boa pra gente evoluir dentro do campeonato. Se alguns erros bestas acontecerem, talvez a gente seja menos punido que lá na frente, então vamos usar isso pra evoluir dentro do campeonato. É um grupo forte que a gente não pode vacilar de jeito nenhum e não deixar a peteca cair né“.
Confira também os nossos vídeos. Nesse entrevistamos Matheus “bzkA” Tarasconi, head de VALORANT da LOS.
