O MIBR está classificado aos playoffs do VCT Americas 2025 Stage 1. Na noite da última sexta-feira (18), a equipe venceu o clássico brasileiro contra a FURIA, por 2 a 1, e encerrou sua participação na fase de grupos com vitória. Após a partida, a Game Arena conversou com Eduardo “xenom” Soeiro.
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Inicialmente, xenom comentou sobre os principais pontos de dificuldade do MIBR na Ascent, que terminou com vitória da FURIA por 13 a 9:
“Na Ascent a gente perdeu bastante round em vantagem no CT, que foi 10 a 2. Teve vários rounds que começou 5 vs 4, 4 vs 3, clutch deles 1 vs 2 que não tem como perder, mas a gente perdeu. Dificultou muito porque perde um round, eco. Pecamos bastante no CT e alguns clutchs que a gente poderia ter jogado melhor e foi mais isso. Se a gente tivesse feito mais três rounds no CT a gente teria vencido o jogo.”
Com a vitória da G2 sobre a Cloud9 no jogo que antecedeu o clássico brasileiro, o MIBR entrou em campo com a segunda posição no grupo confirmada. Sem a chance de pegar o 1º lugar, xenom comentou se o MIBR entrou “mais leve” no servidor:
“Sinto que a gente entrou desligado, não falaria que jogamos de qualquer jeito. Entramos desligados por saber que estamos classificados, não entramos hypados. No terceiro mapa, tentamos colocar mais um ânimo que a gente joga e foi melhor. Entramos bem lento na série“.
Na Split, o MIBR fez uma pequena troca de funções, com xenom na função do lurker e Cortezia voltando a atuar como controlador de ofício. O jogador comentou sobre a troca e se a equipe planeja manter a ideia para outros mapas:
“Não posso falar se tem pra mais mapas ou não, mas estamos fazendo algumas mudanças. Mais [com a] Viper, porque eu consigo lurkear muito bem e o cortez tá no bloco. É bom pra eles, o Cortez troca mais tiro. O lurker eu deixo a cabeça dos caras um trevo e consigo ficar jogando solo. É mais isso, alguns mapas vai ter essa troca, mas eu continuo de controlador.”
Em entrevista à Game Arena, Andrew “Verno” Maust comentou que xenom ainda era o jogador menos confortável com comunicações mais complexas em inglês. O controlador falou sobre sua evolução no idioma e se a função de lurker pode ajudar o atleta:
“Acho que pode ajudar sim. Eu consigo entender basicamente tudo que ele fala, mas o mais difícil pra mim seria, basicamente, dar uma ideia mais elaborada. É um pouco mais complicado pra mim, eu consigo, mas demora o processo. Acho que é mais isso, mas eu consigo entender 100% do que ele fala, todas as calls de jogo. Não que afete isso para lurker assim, pro boneco mais lurker, mas seria mais pra eu puxar. Seria esse o motivo“.
xenom também comentou se está fazendo aulas de inglês para evoluir no idioma:
“Não estou fazendo ainda. A gente conversa o dia inteiro em inglês por causa do Verno. A gente conversa out game em inglês, in game em inglês. Nossa rotina é conversar em inglês quando o Verno está [junto]. Estou conseguindo evoluir bem, mas umas aulinhas sempre ajudam e eu vou fazer“.
Com quatro vitórias e uma derrota, xenom avaliou a campanha do MIBR na fase regular:
“Acho que foi uma fase de grupos boa, jogamos bem. Por alguns motivos bem bobinhos, a gente pecou no jogo contra G2, pra mim era para gente ter ganho. Isso tirando o fato do artziN doente e tudo que rolou. Acho que estamos evoluindo bastante, estamos bem confiantes. Foi uma fase de grupos boa, na minha opinião“.
Ainda na primeira rodada do VCT Americas, xenom concedeu entrevista à Game Arena e comentou sobre a boa atuação coletiva do MIBR, que não dependeu do brilhantismo de aspas para vencer a Leviatán de forma sólida. O atleta falou sobre a importância da consistência do elenco entrando nos playoffs:
“Sendo sincero, é bem importante. Não é por ter o aspas no time que a gente não precisa performar. Se precisar, o aspas vai resolver, mas é bom todo mundo estar no mesmo nível, mesma página de FPS, trade, de tudo. Pra mim é mais isso, estamos jogando muito bem como time, com muita mira, jogando muito bem. Quando precisar, vai ter o aspas pra resolver e ganhar pra gente.”
Visando os playoffs, xenom comentou se tem preferência por algum adversário:
“Sentinels, porque eles eliminaram a gente do Masters Bangkok. Foi uma derrota triste, valia classificação e é o sonho de muita gente. Pra mim, a Sentinels pra gente ter a revanche contra eles”
O MIBR começa sua “maratona” nos playoffs. Jogando quase duas partidas seguidas, a equipe precisará de grande foco durante a semana. Para xenom, o trabalho tem que ser objetivo:
“Pra mim, o mais importante é treinar os mapas que vamos jogar e, pra mim, quando tem muitos jogos seguidos, não jogar tanta scrim porque estamos com os mapas feitos, corrigir erros. Estar preparado e ter energia pra jogar as partidas seguidas do que treinar igual louco e chegar cansado. Precisamos ver os erros, não perder rounds em vantagem e vim preparado“.
Pela primeira vez na história, o MIBR está classificado à próxima fase do VCT Americas. Xenom comentou sua sensação ao fazer parte deste momento junto à organização:
“É algo bem importante pra mim. Pra minha carreira também, não só pelo MIBR. Meu primeiro campeonato chegar no top 3, no segundo playoffs, obviamente em busca de Masters e Champions, mas é muito gratificante pra mim. Vamos buscar mais, esse é só o começo do MIBR“.
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