A LOUD perdeu, na noite do último domingo (10), para a 100 Thieves, por 2 a 1, na quarta rodada do VCT Americas 2025 Stage 2. Apesar do resultado negativo, a equipe brasileira ainda pode se classificar aos playoffs. Após a partida, a Game Arena conversou com Leandro “Virtyy” Moreno. Clique no vídeo acima e acompanhe na íntegra.
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Inicialmente, Virtyy falou sobre a derrota e assumiu a responsabilidade pelo resultado negativo:
“Honestamente, sinto que eu custei o jogo para o meu time no último mapa. Acho que foi a primeira vez em muito tempo que eu joguei tão mal, sinto que talvez a primeira vez na minha vida ou na minha carreira. Normalmente, eu tenho motivos pra quando jogo mal, mas não foi mira, eu poderia ter ido muito melhor. Na minha percepção, o jogo não estava difícil, mas eu fiz umas coisas, indo numas trocas que, sei lá, eu custei a vitória pro meu time. Assumo total responsabilidade pela derrota. Se eu jogasse um pouco melhor, a gente teria ganhado tranquilamente no último mapa.“
Virtyy também falou da Sunset, mapa vencido pela LOUD por 13 a 2:
“A gente tem uma boa porcentagem de vitória nesse mapa nos treinos, treinamos contra quase todos os times e composições nesse mapa. A gente conseguiu fazer o que a gente precisava e entendemos como jogar o nosso jogo, que é algo que a gente teve dificuldade no campeonato. Têm vezes que a gente foca muito no que o adversário tá fazendo, o que podem fazer, o que fizeram no passado, anti-tático, etc., a um ponto onde a gente se perde na nossa identidade e perdemos nosso foco. Na Sunset, isso não acontece, jogamos direito, simples e como fazemos nos treinos, conseguimos replicar muito bem.“
O atleta também falou das dificuldades da LOUD na Bind, escolha da 100 Thieves:
“Se eu não me engano, perdemos o pistol de TR e também não fizemos bons defaults. Foi mais um mapa que no TR eu morri muitas vezes sozinho. Obviamente, tem coisas que fazemos nos treinos que eu tento replicar no jogo, mas às vezes você tem que esquecer isso e se adaptar no meio do jogo e foi algo que a gente não fez nesse mapa, que foi o oposto da Sunset, onde a gente fez o nosso padrão e colocou pressão, causamos rotações. A gente não tava fazendo isso na Bind e acho que isso nos custou o jogo de TR.“
Até o confronto do domingo (10), LOUD e 100 Thieves baniam Lotus em todas as partidas. No duelo, as equipes deixaram o mapa em aberto e o mesmo foi escolhido para definir o resultado da série. Virtyy falou sobre o mapa:
“No começo do time, a gente treinou muita Lotus e a gente não era tão bom, então resolvemos só banir. Voltamos a treinar recentemente, essa semana eu acho. Não tivemos muitos treinos, mudamos a composição de Neon e Breach para Raze e Fade e tudo funcionou. Treinamos bem contra bons times e estávamos ganhando ou empatando todos os treinos na Lotus, então entendemos que seria bom para a série.“
Virtyy também falou das diferenças entre a composição de Neon com Breach e Raze com Fade:
“Essa é uma boa pergunta. Acho que o grande ponto da composição de Neon e Breach é a sinergia e tempo. Não temos tempo o suficiente. Estou vindo de outro time, eu e meus iniciadores não vamos estar na mesma página que eu e meu iniciador antigo porque a gente tava junto há muito tempo.
Não é que temos uma barreira linguística, mas sendo um novo time, essa composição de Neon e Breach, para eu performar bem e jogar como eu quero jogar, precisarei de muito suporte dos meus companheiros. Às vezes, essas composições e estilo de jogo não encaixam. Sinto que essa composição sem Neon e sem Breach encaixa melhor e jogamos bem melhor no mapa.“
Virtyy teve boas performances no tier 2 e chegou ao tier 1 para ajudar a LOUD. O atleta descartou mudança em seu estilo de jogo desde que entrou no VCT:
“Não tem nenhuma diferença, zero. Ainda sou a mesma pessoa, sigo muito confiante. Sou muito sincero comigo mesmo. Você falou pra eu não ser tão duro, mas é o jeito que eu sou. Eu assumo a responsabilidade, eu entendo quando eu jogo bem e por isso sou confiante e entendo quando jogo mal, o que acontece, faz parte da competição. Você tem jogos bons e ruins. Quando eu tenho um jogo ruim, eu aceito e aprendo.
Eu posso te garantir que, se eu ainda estiver aqui [no futuro], isso nunca mais vai acontecer. Nunca mais vou ter um jogo desse na minha vida porque eu sou uma pessoa que tem muito orgulho pelo que eu faço e eu entendo o que eu tenho e não tenho que fazer para seguir confiante e com boas performances.“
Precisando vencer, a LOUD enfrenta o MIBR na última rodada. Virtyy falou em quais aspectos a equipe precisa melhorar para sair com a vitória:
“Acho que nessa resposta, vou falar mais sobre mim e minha perspectiva. Acho que o time jogou muito bem, todos os meus quatro companheiros foram muito bem. O Robbie teve boas calls, o pANcada foi muito vocal, Cauanzin, o luk xo no terceiro mapa tava insano. Honestamente, para o próximo jogo, precisamos jogar muito mais juntos, melhor em ganhar espaço, entender o que o outro quer fazer.
Pra mim, especificamente, preciso não fazer as mesmas coisas estúpidas que eu fiz no último mapa e acho que estaremos tranquilos. Acho que esse time tem muito potencial. O que nos falta é tempo juntos e tempo para crescer. Quando a gente achar aquele ponto e ter o tempo junto de treino juntos, acho que vai ser algo incrível.”
Virtyy também comentou a evolução da comunicação da LOUD em inglês:
“Os meninos melhoraram muito. Cauanzin e luk melhoraram muito no inglês. É algo muito legal de ver, o esforço deles. Os primeiros dias eles tinham que ter aulas de inglês, mas eles melhoram todos os dias. Toda semana a gente aprende algo novo sobre nós mesmos e o que precisamos melhorar para achar a nossa identidade e replicar no campeonato. Estamos melhorando todo dia“
O atleta também falou sobre comunicar em português:
“Português é muito similar ao espanhol, então não é complicado traduzir. Eu tento falar bastante porque é mais confortável para luk e cauan para falar português. Eles sempre me perguntam coisas. Não é difícil pra mim, é divertido, gosto de trocar de idioma para eles ficaram confortáveis no próprio idioma. Quando você tem que jogar e falar outro idioma, pensar no que falar, tira um pouco do foco. Sou grato por poder falar e entender eles“
Virtyy também falou do apoio dos fãs e agradeceu o suporte:
“Eu amo os fãs, cara. Eu amo o Brasil, acho que o Brasil tem uma cultura linda. Sempre fui fã da LOUD e sonhei em jogar por essa organização e é uma benção e a realização de um sonho estar aqui. Espero que eu possa melhorar minha gameplay e ser o jogador que eu sei que eu posso ser.
Eu sei que eu posso ser um jogador insano. Eu tenho muita confiança em mim mesmo. Tudo que eu preciso é tempo. Sou muito grato a todos os fãs que me apoiam e até os que não apoiam, os haters, sou casca-grossa, eu aguento. Eu agradeço a todos“.
Por fim, Virtyy enviou um recado aos fãs, pediu desculpas pela derrota e paciência aos torcedores:
“Quero pedir desculpas pelo desempenho do último mapa. De fora, pode parecer meio diferente, mas posso garantir que tudo que a gente faz em jogo tem um propósito. Eu poderia ter jogado melhor. Como eu disse, eu acho que eu fui o culpado pela derrota no último mapa, mas tá tudo bem, acontece.
Faz parte da competição, às vezes você joga bem, outras você joga mal. Quero falar para os torcedores que estamos trabalhando todos os dias, queremos muito, assim como vocês, posso garantir isso. Peço um pouco de paciência e a LOUD que vocês amam e conhecem estará de volta, eu garanto“
Veja também os nossos vídeos. Neste, entrevistamos Cauan “cauanzin” Pereira, atleta da LOUD.



