A LOUD conheceu, na noite do último sábado (26), sua primeira derrota no VCT Americas 2025 Stage 2. A equipe brasileira, que é a única que venceu até o momento, acabou derrotada por 2 a 0 contra a NRG. Após a partida, a Game Arena entrevistou Cauan “cauanzin” Pereira, atleta da LOUD. Clique no vídeo acima e acompanhe a entrevista completa.
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Inicialmente, Cauanzin falou da derrota da LOUD para a NRG:
“Na Haven, principalmente, faltou trade. A gente tomou muito multikill ou kill besta, sem trade. Acho que de modo geral, a gente jogou bem no macro, entendemos o que eles tavam fazendo, não estávamos nos posicionando muito bem para counterar muito bem, então isso nos custou bastante o CT da Haven. Acho que a gente começou 3 a 1 na Haven, perdemos um eco que o cara me amassou no fundo da B e depois começou o snowball e o CT foi difícil. A gente tava bem, mas as balas não tavam encaixando. Acredito que o principal problema da Haven foi essa questão de trade e atirar de volta.
A Corrode, foram alguns rounds importantes que a gente perdeu, um 2 contra 5 e um de TR que a gente fez um fake ruim e os caras estavam preparados, ficou bem óbvio pra eles. De modo geral, a gente tava jogando muito pro meio [de TR] e eles só batendo meio e a gente continuava morrendo. Era mais o jeito de jogar o macro de TR da Corrode. Acho que a Haven foi totalmente micro. De modo geral, não foi bom hoje. Se for colocar de um a dez, hoje foi um quatro do que a gente pode jogar, talvez um cinco.“, explicou cauanzin.
Cauanzin também falou sobre atuar como flex da LOUD, papel que exerceu no começo de sua carreira, e sobre atuar pela primeira vez de Vyse:
“A minha primeira função no VALORANT foi no flex, mas era o flex mais iniciador, Kay/O, Sova, Skye, Breach, fiz Reyna uma vez. Nunca tinha ido pra outros caminhos de um duelista real, uma Raze ou Jett, ou um sentinela, ou iniciador totalmente diferente. Sempre fiquei no meu conforto, mas sempre gostei de jogar de bonecos diferentes, principalmente no palco que às vezes se torna muito repetitivo o que você faz, é bom variar.
Eu gosto de jogar de flex, estou muito confortável nessa posição. Obviamente, tem muitos bonecos que eu não sou acostumado a jogar, mas, se eu sei que tenho que jogar com um boneco, como a Vyse que eu não sou acostumado a jogar, eu jogo muita ranked com o boneco, masterizo, assisto vod. Acho que tá sendo um desafio legal pra mim como profissional. É muito bom essa expansão de pool. Acho que, de modo geral, preciso melhorar mais o micro. Acho que a Vyse foi boa, mas a vitória não veio“.
Em 2025, cauanzin passa por um momento individual complicado. O jogador, que está acostumado a ter grandes performances individuais, tem tido dificuldades no quesito nesta temporada. O jogador da LOUD abriu o jogo sobre seu individual:
“Vou te falar, que, de modo geral, eu não sei. Esse ano, eu peguei pra focar em time mesmo. Sempre fui um jogador que jogava pro time, mas, ao mesmo tempo, tinha o lado individual aflorado. Isso fazia eu ter mais performances individuais constantemente. Esse ano, estou estudando mais os outros times, o meu time. Isso não é desculpa, acho que só estou jogando mal, uma fase ruim. De modo geral, não sei o que está acontecendo.
Eu comecei o Kickoff bem e foi inconstante no Kickoff. O Stage 1 não foi muito bom. De modo geral, não sei o que está acontecendo, tá difícil. Sei do meu potencial, sei que sou muito bom e sei que vou voltar. Estou tranquilo em questão a isso. Realmente hoje não foi um dia bom eu questão do time, mas individualmente eu estava me sentindo bem. Infelizmente a vitória não veio“, detalhou cauanzin.
Com a internacionalização do elenco, a LOUD passou a se comunicar, na maior parte do tempo, em inglês. Após a vitória na estreia, cauanzin concedeu entrevista ao canal norte-americano da Riot Games e respondeu à maioria das perguntas em inglês, apesar de ainda ter dificuldades com o idioma. O jogador comentou sua evolução com a língua estrangeira:
“Acho que meu inglês melhorou muito. Eu tinha um inglês mais ou menos antes da gente internacionalizar o time, mas já tinha experiência em inglês, jogava bastante ranked com os americanos. Eu entendia bastante coisa, falava bem menos do que entendia. O problema maior tá sendo ainda me expressar, ter mais vocabulário em inglês. Falando inglês todo dia é muito bom pra mim, não tem como eu não aprender.
Todos os dias eu aprendo uma palavra nova, uma forma de falar uma palavra, que eu falava de um jeito meio estranho. Acho que é isso, a evolução sempre vai vir. Não tem como, eu estou em um ambiente americano o dia inteiro, então o inglês está muito melhor que na segunda semana do time. Na primeira semana tava muito ruim, mas é isso“.
Cauanzin também comentou sobre a mistura de idiomas na comunicação da LOUD. A equipe deixa de falar inglês quando o capitão RobbieBk já está eliminado ou está jogando na outra ponta do mapa e “não precisará” das informações do resto do time:
“Acho que isso acontece, tem como a gente lidar com isso de boa. Eu não estou na pele do Robbie, não estou ouvindo uma língua totalmente diferente. A gente só muda a linguagem quando o Robbie morreu ou quando ele tá na outra parte do mapa e não tem como ajudar a gente, então vamos falar em português. Acho que, de modo geral, falar português, é no CT, que ele [Robbie] não pode dar muita call.
Sempre que estamos no bloco, tentamos falar em inglês pra ele poder passar uma call e saber o que está na nossa visão. Tá sendo uma experiência legal, estamos mesclando bem. Única coisa que não podemos nos confundir é isso, o Robbie vivo e a gente falando português, mas acontece bem pouco“.
Durante a Corrode, a LOUD acabou perdendo um 5 vs 2 para a NRG. Cauanzin explicou sua visão sobre o round, mas afirma que precisa ver as outras telas para ter uma melhor explicação do acontecido:
“Não sei o que aconteceu na tela dos meus companheiros, mas a gente tava esperto com isso. Tecnicamente, no 5 v 2 a gente sabe que os caras vão fazer alguma loucura. Todo mundo que joga ranked sabe que, em desvantagem, os caras fazem loucura. A gente tava bem, preparado. Eu tava mirando junto com o pANcada e a gente morreu junto.
Acho que o cara cagou, mirou em mim e matou o pANcada atrás. Eu ia morrer e o pANcada ia tradar. É um link muito curto, muito close, difícil você jogar três, quatro juntos. Acho que a gente fez o certo, se a gente mandou mal. Preciso ver na tela do cara o que aconteceu. Infelizmente, aconteceu“.
cauanzin também falou de suas expectativas para o jogo contra KRÜ Esports:
“A KRÜ mudou o elenco agora, então eles não estão no 100% deles. Acho que esse é o momento perfeito pra gente atropelar eles. A gente tem como focar mais em nós nessa próxima semana. Cometemos bastantes erros que não estamos acostumados, principalmente na Corrode. Precisamos entender as coisas da Haven, coisas para melhorar. Vamos dar um anti-tático forte. No geral, vai ser uma partida complicada. No VCT Americas não tem mais partida fácil, mas espero a vitória. Acho que vai vir nessa próxima partida. É só arrumar a casa e voltar preparado“.
Veja também os nossos vídeos. Neste, entrevistamos Lucca “luk xo” Travaioli, atleta da LOUD.



