Com problemas dentro e fora do servidor, 2025 foi um ano para esquecer na FURIA. Com 12 derrotas seguidas, a equipe terminou o VCT Americas 2025 com apenas um triunfo, conquistado por um elenco norte-americano substituto. Novo assistente técnico da equipe, Lucas “Kamino” Kamino falou com a Game Arena após a partida contra Evil Geniuses.
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Inicialmente, Kamino falou dos problemas fora do servidor [em sua maioria, vistos] e do desenvolvimento da equipe para o VCT Americas 2025 Stage 2:
“Eu senti que, durante toda a preparação de pouco mais de 2 meses, a gente, em vários momentos, a gente precisava trabalhar muitas coisas básicas que a gente acha que são coisas importantes pra um time. Querendo ou não, o fuso horário atrapalhou. Muito sobre um time se passa por conversa e construção de ideias e executar. O fuso atrapalhava, mas a FURIA fez de tudo, nos vistos, estrutura, eles deram um espaço muito daora pra gente trabalhar do office. A parte do fuso era muito desgastante. O treino acabava 20h em Los Angeles e pra gente era meia-noite, ia até uma hora da manhã.
Era muito difícil ter uma constância nas conversas, a diferença de fuso mina bastante as pessoas. A gente sentiu que não conseguimos estar tão próximos como a gente gostaria. Essas últimas semanas que a gente conseguiu vir pra cá, tivemos muito trabalho, conversas importantes. Mas tiveram momentos chaves, como o primeiro jogo, foram momentos que por a gente não estar próximo, o time acabou sentindo bastante. A questão do visto do basic, todos estavam com expectativa muito alta. A gente tava tendo um bom desempenho com o basic mesmo com 160 de ping, e se a gente tava tendo bons resultados lagado, imagina com ele vindo pra cá.
Quando se aproximou do começo do campeonato e viu que não tava caminhando como gostaria, teve que procurar complete, toda essa mudança afetou o time. Não no mal sentido, justamente porque você traz uma pessoa que não tava no meio, é preciso reconstruir um pouco do que tava sendo feito. A entrada do adverso mudou nosso estilo de jogo, foi mais uma questão de achar um caminho que fosse bom pra gente como time e bom pro manito se encaixar de forma mais rápida. A mudança de uma peça repercute de ‘n’ formas.”
Kamino também comentou sobre a oportunidade de estar no VCT:
“Indescritível. Apesar dos resultados, estou muito feliz, grato pela confiança da FURIA, staff, shaW, jogadores. Fui muito bem acolhido pelas ideias, trabalho. A FURIA deu todo o suporte, a experiência que estou tendo aqui, não tenho nem palavras. Apesar dos resultados, a gente teve todo o suporte possível da FURIA. Poder testar ideias contra os melhores times do mundo, pegamos um bom tempo de Masters pra treinar com equipes campeãs, vitoriosas.
Ver, viver e acompanhar tudo isso é uma coisa que todo mundo que trabalha com VALORANT quer ter. Pra mim, vêm sendo uma experiência muito daora. Essas derrotas significam uma motivação pra trabalhar cada vez mais. Acabei de chegar, tem coisas que eu preciso adaptar, aprender. Pra mim, essa busca pelo conhecimento e melhorar meu trabalho não tem explicação, não há nada no mundo que seja mais daora que isso“.
Sem calendário oficial até o fim de 2025, Kamino falou dos objetivos da FURIA para o futuro:
“Acho que o mais importante é criar mais relações entre nós no servidor. Passamos por muitos ruídos dentro de jogo durante o campeonato e quanto mais a gente conseguir trazer o time na mesma página, com as ideias que a gente quer trabalhar, vai ser algo que vai dar um bom resultado. Acho que todas as adversidades atrapalharam e a gente tava num caminho legal. Agora vamos olhar para as coisas que a gente poderia ter feito melhor, tentar trabalhar mais isso e também entender que não é o fim do mundo.
Quando a gente fala do desempenho no split, foi um dos piores que um time já teve no VCT Americas, mas temos que entender que não é tudo ruim, saber diferenciar o que foi bom do que não foi. Acho que tentar entender, parar com calma, repensar o que foi feito e refletir um pouco“.
Veja também os nossos vídeos. Neste, entrevistamos Leandro “Virtyy” Moreno, atleta da LOUD.



