Opinião: o cenário inteiro de VALORANT avisou. Todos sabiam o que aconteceria. Como é possível que a Riot não?
A debandada de organizações brasileiras do VALORANT é real. ODDIK, Vivo Keyd e até a dominante e campeã The Union, colocaram suas respectivas equipes mistas (ou masculinas) no banco de reservas. O último a sair, que apague as luzes.
O cenário nacional morrendo diante dos nossos olhos, por mais triste que seja, não chega nem perto de ser uma surpresa. Jogadores avisaram, treinadores avisaram, até mesmo os fãs avisaram. Todo mundo já previa o que aconteceria no futuro. Menos a dona do jogo.
Ficou provado que toda essa coisa de criação de franquias no VALORANT foi imposta cedo demais. De forma brusca demais. E até errônea demais.
De um lado, todos os holofotes (e o dinheiro) ficaram concentrados em uma minoria com vaga cativa – fato que na verdade até narra a maioria das realidades. O problema é que no VALORANT, a maioria pode se esforçar, investir e até vencer o quanto for, que mal tem chance de alcançar um lugar ao Sol ao lado da poderosa minoria.
Que tipo de cenário se sustenta quando o destino de 99% dos times é inevitavelmente nadar para morrer na praia, ainda por cima no meio do ano? Eu respondo: nenhum. E você sabe disso, todos sabemos – ou quase todos…
LEIA MAIS:
- VALORANT: atual campeã do VCB, The Union, é a última equipe a se retirar do cenário; entenda
- VALORANT: Keyd move elenco para reserva
- VALORANT: ODDIK critica decisões da Riot e deixa o cenário
Chega a ser estranho escrever este texto. Porque quando o VALORANT foi anunciado, este jornalista que aqui opina, falava muito do tal “efeito Riot Games”. Quem lembra?!
O efeito Riot Games nada mais era do que uma comunidade imensa se criando em volta de um jogo que nem foi lançado, que poucos sabiam sobre, mas que todos já depositavam uma enorme confiança pelo trabalho realizado no League of Legends. Até “professional VALORANT player” existia antes do jogo confirmar a data de lançamento.
E é bom lembrar que a Riot não ganhou essa fama de bandeja. Ela construiu e lapidou. Muito bem por sinal. Era sim merecedora dessa quase idolatria e pode voltar a ser.
Mas hoje a realidade é outra para o Vava nacional. Pessoas depositaram confiança na Riot e organizações também. Confiança a qual foi correspondida nos primeiros passos, enquanto o VALORANT claramente crescia e evoluía. É até difícil explicar como e principalmente porque aquele caminho foi desviado.
Já falamos demais do passado aqui, não é mesmo? Mas e agora? Pois é, é o agora é que precisa ser o foco. O que será feito agora, para que um futuro possa ser (re)construído? Talvez seja o momento de recuar. De ouvir as demandas daqueles que avisaram lá atrás dos problemas que viriam e, de fato, chegaram.
O estrago já foi feito, mas o VALORANT não morreu. E nem precisa. Ainda dá tempo. Todos esperam apenas uma resposta da Riot, que em sua história e no seu DNA, prova que tem poder para reverter essa situação, criando um sistema revitalizado que proporciona um cenário sustentável no país.
“Isso só vai mudar quando competir aqui seja pra alimentar sonhos e criar heróis, histórias de superações e novos ídolos, e pra isso: Precisamos de mais vagas, mais chances, mais suporte, mais calendário e o mais importante: MAIS ATENÇÃO E O CUIDADO que o celeiro Brasileiro, bato o pé pra dizer: Um dos maiores autores de ídolos no cenário de esports” – Amanda “AMD” Abreu.
E antes de finalizar, fica aqui também um lembrete aos atletas nas franquias: as organizações tem vagas cativas. Vocês, que são as grandes estrelas do cenário e fazem ele acontecer, não. Então tenham em mente que o mundo não dá voltas, ele capota.
Se você gostou do nosso conteúdo em texto, confira também nossos vídeos. Neste aqui batemos um grande papo com Otsuka:
A Game Arena tem muito mais conteúdos como este sobre esportes eletrônicos, além de games, filmes, séries e mais. Para ficar ligado sempre que algo novo sair, nos siga em nossas redes sociais: Twitter, Youtube, Instagram, Tik Tok, Facebook e Kwai.
