A luta contra cheaters no VALORANT não é novidade para os jogadores brasileiros. Com diversas reclamações nas redes sociais, a comunidade tem se mostrado insatisfeito com o Vanguard Anti-Cheat.
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Em publicação no X (antigo Twitter), Phillip “mirageofpenguins” Koskina, um dos funcionários do anti-cheat do VALORANT, detalhou sobre a luta da Riot Games contra trapaceiros e revelou que o Brasil liderou o número de partidas com cheaters entre o fim de 2024 e 2025. Veja gráfico:

Phillip, um dos funcionários do anti-cheat do VALORANT explicou o grande números de chaaters no Brasil:
“O Vanguard torna cheats de memória “interna” menos viáveis, então os trapaceiros brasileiros desenvolveram um gostinho por um tipo de cheat conhecido carinhosamente como “pixelbot” (ou colorbot). Para todos vocês, belos, recatados e do lar, pixelbot é como bicicleta com rodinhas. Pense em uma aplicação de CV (visão computacional) que lê a tela e utiliza um classificador de imagem simplificado a cada frame, rapidamente identificando o contorno ou a cabeça do inimigo. Então, usando um método (que não vamos mencionar) para enviar comandos do mouse, ele rapidamente “ajusta” o movimento do trapaceiro dentro do jogo em direção ao que foi identificado.
Eles precisam de um “método” para mover o mouse porque o Vanguard já rejeita automaticamente qualquer comando que venha de um periférico que não seja o periférico principal. Não vou esclarecer o método aqui, porque o objetivo não é transformar o artigo em um tutorial de como ser banido na velocidade da luz.
Phillip também explicou o porquê outras regiões do VALORANT tem menos trapaceiros:
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A região KR (Coreia) requer identificação nacional para jogar, o que dá uma oportunidade conveniente de banir cheaters “até a alma”. É extremamente eficaz para mantê-los fora do jogo por períodos mais longos; os trapaceiros têm que comprar novas identidades para continuar jogando, então os banimentos realmente funcionam.
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De forma similar, a AP (Ásia-Pacífico) tem muitos cheaters da CN (China) que contornam o requerimento de identidade do servidor local usando VPNs para jogar em outra região. Estamos desenvolvendo proteções geográficas melhores para o Vanguard, para que seja mais difícil obter sessões anti-cheat válidas.
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Como previsto, a NA (América do Norte) migrou para cheats com hardware de DMA caros, com setups que podem chegar a US$1.000. Apesar de anunciados como “indetectáveis”, é sempre uma delícia descer o martelo de banimentos mensal e ver a repercussão nos canais do Discord dessa galera.
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A EU (Europa), comicamente, regrediu aos cheats em nível de kernel, que tentam usar drivers com certificados roubados ou fraudulentos para tentar legitimar “empresas” como “Limpeza de Piscina do Zé”. Estas tentativas são tão discretas quanto uma melancia no pescoço, então não é muito difícil detectá-las.
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Um alô especial para a TR (Turquia), que tem lan houses com cheats pré-instalados nos PCs, tanto por parte de clientes anteriores quanto dos próprios proprietários. Isso é muito chato, pois lan houses estão na nossa lista de permissões na camada de banimento de dispositivos, o que livra os trapaceiros das consequências. Começamos a revogar esse privilégio de estabelecimentos reincidentes.
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A LA (América Latina) ainda é lar dos pixelbots, mas felizmente o hardware necessário ainda não é comum o suficiente para ser indetectável. No momento, não há dificuldade em lidar com essa região.
Confira também nossos vídeos. Neste entrevistamos Felipe “Less” Basso, um dos principais nomes brasileiros no VALORANT e reforço da Team Vitality para 2025: