A LOUD segue sem vencer no VCT Americas 2025. Na noite do último domingo (20), a equipe brasileira perdeu pela sétima vez seguida na temporada, desta vez contra a Evil Geniuses, por 2 a 1. Após a partida, a Game Arena conversou com o treinador Jordan “stk” Nunes.
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Inicialmente, stk deu sua visão sobre a derrota da LOUD para a Evil Geniuses:
“Mais um script LOUD no primeiro split do VCT Americas. A gente começa fazendo boas partidas, perde muito rounds que não deveriam ser perdidos, o jogo fica muito difícil e a gente perde. Acho que a principal coisa é a forma como a gente executa algumas jogadas. A gente tem executado muito mal. Vou dar um exemplo que eu tava dando pros moleques ali na sala. O quatro contra quatro na Split, bomba plantada, ult do Breach, ult da Viper e mais alguma outra ult. O nosso time é o único time no mundo que perde aquele round e eu não sei porque isso acontece.
Uma HE do cara que mata o luk xo, um míssel que mata o cara depois que defusou. São decisões que a gente toma na hora do jogo, estar mal posicionado, de não recursar melhor com as habilidades. A Pearl foi a mesma coisa. A forma que a gente estava executando no bomb B era desesperador. Parece que chega num momento do jogo que a gente nunca viveu aquela situação na vida. Meio que nosso script é esse.
Uma coisa que vêm acontecendo bastante é que a gente começa com muita confiança, começamos ganhando os jogos e mesmo na vantagem, o que deveria ser da gente pecar por estar muito na frente, é ao contrário. A gente fica acoado, decisões conservadoras e os rounds vão saindo assim um por um. Perdemos round com muita ult, depois eco. Às vezes parece que é até espiritual“
A LOUD segue sofrendo com ecos em 2025. Desde o Kickoff Americas a equipe perde muitas rodadas econômicas e acaba mudando o destino das partidas a favor dos adversários. Stk deu seu ponto de vista:
“A gente tem um panorama e uns protocolos para jogar contra essas situações, mas, por algum motivo, alguma pessoa toma uma decisão nessa situação que não é pra acontecer e deixa o round muito difícil. Um cara que tem que pegar informação, fica pra trás e morre pros caras encurtando a gente, uma situação que a gente vai entrar e poderia ter esperado outro parceiro jogar pra pegar informação se é stack ou não. Temos bons protocolos, mas por algum motivo não conseguimos executar.”
A LOUD sofreu com problemas para fechar mapas e a palavra “quase” define o momento da equipe em 2025. Para stk, a equipe perde os jogos de maneira semelhante:
“Difícil falar sobre isso. A gente perde os jogos de maneira semelhante. Analiticamente falando, dando a razão, é que a gente comete muitos erros, muito bobos, em momentos cruciais do jogo. O momento que a gente pode dar um snowball, que vamos quebrar a economia dos caras. Acaba sempre cometendo um erro individual que escalona à nível do time. Dando um pouco de emoção, parece que não é pra ser. Quando a gente erra, todas as coisas tão conspirando pra gente perder. Outros times erram as mesmas coisas ou até piores e ganham os rounds. No nosso caso, sempre tem alguém que consegue muitas kills, um defuse no momento de muito pouco tempo. Analíticamente são os erros que a gente comete no jogo, erramos muito nesses momentos. A emoção diz que não é pra ser“.
A LOUD teve muitas mudanças no elenco. Para stk, a equipe que atuou as últimas duas partidas é a melhor combinação de jogadores:
“Acho que a line mais estável que a gente teve foi essa de hoje, no jogo contra a Sentinels também. A gente teve jogos mais consistentes, as outras foram mais oscilativos. Avalio dessa forma, a primeira line a gente cometia muito erros psicológicos. A segunda line, jogamos bem, mas erramos muitas coisas muito simples, principalmente questões táticas. A terceira a gente acerta muitos rounds táticos, bons rounds individuais, mas como nas outras, perdemos os rounds mais importantes do jogo“.
Com o fim do VCT Americas 2025 Stage 1, stk fez seu balanço sobre a LOUD:
“Eu vou fazer um balanço desde o começo do ano. Acho que nosso maior erro foi tentar levar as coisas pro caminho mais fácil, no sentido de a gente ter alguns problemas e tentar meio que só botar um band-aid ao invés de investigar a fundo o problema e resolver de uma maneira que ele não aparecesse mais. A gente tava meio que enxugando gelo. Erramos bastante nisso. A gente deveria ter levado as coisas com urgência, não tratado todas com muita urgência, ter tido calma de uma situação mais complexa, pra resolver tem que tomar decisões mais complexas. Analisar mais, tentamos fazer o caminho mais fácil de simplificar as coisas. Acho que esse foi o maior erro que a gente cometeu. Tem coisas que realmente são complexas. Tem coisas que você tem que não dá simplificar, acho que esse foi o maior erro.O balanço é esse, simplificamos demais e tomamos snowball dos nossos problemas“.
Com muitas críticas de torcedores, stk avaliou o trabalho da staff durante a temporada 2025:
“São alguns pontos. Eu avalio como um trabalho OK. Na minha função de treinador, eu consigo passar bons planos de jogo. O que eu mais pequei nesse split foi que eu não consegui tirar melhores performances dos meus jogadores. A forma como o Cauan tá performando agora, tá bem baixa. Acho que eu teria que ter tirado o melhor dele, forçar ele a desempenhar mais. Consegui fazer isso com luk xo, mas com o Cauan não consegui tanto, dg também não consegui fazer tanto. Acho uma avaliação OK, nota 5 ou 6. A gente conseguiu desenvolver bons planos de jogo para as partidas, as ideias eram boas.
Na parte individual, de tirar performance de um jogador, acabou faltando. Minha avaliação é essa. A parte psicológica com o Brunão foi boa, tá sendo continuada pelo Bajé agora, temos conseguido resolver bastante questões internas, individuais e dar mais feedback uns pros outros e estar cada vez mais alinhados. O trabalho do mat traz bastante táticas. Temos um aproveitamento de pistols muito alto, então foi um bom trabalho que ele fez. Temos altos e baixos, com coisas que devem ser melhoradas, mas hoje destacaria o principal: temos bons planos de jogo, executados de maneira errada, mas eu como head coach deveria ter tirado mais desempenho dos meus jogadores“.
Veja também os nossos vídeos. Neste, conversamos com Bruno Garcia, psicólogo de esports, sobre os desafios, estratégia e impacto da área para jogadores e treinadores:
