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VALORANT: spacca, sobre possível volta de pANcada a LOUD: “Casamento muito bom”

Em exclusiva a Game Arena, spacca analisou temporada 2024 da LOUD até aqui e falou sobre possível retorno do campeão mundial

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Foto: divulgação/Riot Games.

Recentemente, o analista da Riot Games Guilherme ‘spacca’ Spacca deu entrevista exclusiva a Game Arena, em um papo de mais de uma hora abordando sua vida pessoal, cenário brasileiro de VALORANT e muito mais. 

Entre os assuntos mais pertinentes da entrevista, spacca falou sobre a temporada 2024 da LOUD. Analisando o ano conturbado da equipe brasileira, campeã do VCT Américas em 2023, o analista revela que a equipe acabou desistindo de um modelo de jogo que deu certo em outrora.

Fazendo uma análise mais ampla, a LOUD fez algo que a gente não tava acostumado, achava que inicialmente LOUD não faria. A LOUD adotou um estilo de jogo no kick-off, foi para o Masters, depois abriu mão. Então, vieram com uma base em vários mapas, eles se adaptaram, mas trocaram duelista. O que aconteceu? Até falei isso na transmissão ano passado a LOUD no LOCK//IN veio de Skye, Breach, Harbor e Viper na grande maioria dos mapas. Eles conseguiram manter isso para o Américas, foram campeões do primeiro split, mas o que aconteceu no Masters de Tóquio? Trocaram tudo, mudou o jeito de jogar. O Tuyz jogou mapas que não tava de Harbor, perdeu duas partidas e foi eliminada. Acho que a LOUD não conseguiu nesse primeiro semestre definir o que é o VALORANT dela. Qual VALORANT a LOUD joga hoje? Qual é a base?” – disse o comentarista.

Complementando a fala anterior, spacca ainda detalha que a equipe acabou perdendo a sua identidade dentro do VALORANT, citando algumas partidas que o time teve durante a temporada como exemplo.

A LOUD tentou fazer isso de algumas maneiras. Até os próprios times próprios falaram. A LOUD jogar com o Phoenix, inicialmente, na mão do qck podia surpreender, mas algumas rodadas, talvez ficaria mais previsível, os times se preparavam melhor, se não tinha tanta variação tática para isso. Acho que o que fica mais evidente disso é o jogo contra EG no kick-off, na Ascent. Faltou identidade para LOUD, faltou o DNA, que a gente viu em 2022 e no ano passado. Essa LOUD pensou em uma proposta de jogo, teve desde o fim do ano passado com o qck no time, para adotar um estilo de jogo com prazo de validade. Jogaram o primeiro split, jogaram o Kickoff e o Masters.” – analisou.

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Foto: divulgação/Riot Games.

Por fim, spacca sai em defesa de qck, revela que a culpa não foi propriamente do jogador, relembra críticas da torcida e o peso por substituir um jogador de calibre tão alto quanto aspas.

A LOUD não jogou mal por conta do qck, isso é uma coisa óbvia. Tiveram jogos que o qck foi um jogador que não teve impacto no time, mas ele está longe de ser um jogador mediano para ruim. Com relação à torcida, a LOUD é um time que todas as torcidas têm uma admiração no estilo do VALORANT, porque todo mundo torce para a LOUD. Hoje, MIBR e FURIA não alcançaram o patamar da LOUD. Quando vai jogar evento internacional, um VCT Américas, o Masters ou o Champions, muita gente espera que a LOUD esteja lá. Não que MIBR e FURIA vão estar. É o efeito LOUD. A expectativa gerada da entrada do qck, ele era um jogador que tava há muito tempo sem fazer papéis de duelista, ele era um jogador flex. A própria LOUD e alguns jogadores falaram sobre isso do qck. E você tem uma ausência do aspas, ele é muito fora da curva, é muito bom. Então, criou-se um vácuo de expectativa gerada.” – concluiu.

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Possível volta de pANcada

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Foto: divulgação/Riot Games.

Olhando para o futuro da LOUD, spacca foi perguntado sobre a possível volta de pANcada ao time, local onde ele foi campeão do VALORANT Champions em 2022. O analista revela que, em sua visão, é algo bom para ambos os lados, citando os motivos de cada um.

Se o pANcada for voltar para a LOUD, acho que é um casamento muito bom, tanto para ele como para o time. Primeiro que a LOUD vai estar repatriando um cara que foi campeão mundial, saiu da equipe com um carinho muito grande da torcida. E para o pANcada, é a volta dele para sua zona de conforto. Ele não joga no alto nível desde o primeiro split do ano passado. Ele chegou a jogar o LCQ, uns torneios off-season, mas depois acabou saindo. Ele não está mais no ritmo do competitivo. Talvez a comunidade tenha um pouco mais de paciência, por ser o retorno do pANcada, mas talvez alguns jogadores tenham dificuldade de função.” – contou.

Porém, spacca prega cautela com o jogador, por ele estar há mais de um ano longe do cenário competitivo, se tornando uma incógnita nessa sua possível volta a LOUD.

Ele recusou jogar no MIBR e na FURIA, né? Já que ele recusou, ele está muito na vontade de voltar para o time da LOUD. Se de fato for concretizado isso. Então, é uma expectativa gerada em cima disso, que pode ser muito bom e pode ser negativo. Falando em termos de jogador, acho que é uma boa oportunidade dar essa chance da volta para o pANcada. Ele jogou de Killjoy, jogou de outros agentes, quando foi para o controlador já estava na saída da Sentinels… Eu quero ver quem é o pANcada após o título do Champions. É o jogador que mantém o mesmo nível ainda, sendo impactante, ou é quem vai sentir os efeitos de ter ficado quase um ano afastado do competitivo? Gosto da ideia, sou fã do pANcada, ele foi um dos melhores jogadores do mundo, mas não dá para viver de passado.” – diz.

Concluindo o assunto pANcada e parte da entrevista, spacca acredita que o jogador estava aguardando esse possível convite da LOUD para retomar sua carreira e diz que ambos irão viver “uma lua de mel”. 

A pergunta é: O pANcada quer? Porque ele voltou atrás duas vezes com a FURIA, e até saiu o contrato, pronto para assinar, com entrevista de visto marcada. Ele ainda tem essa fome de ser um jogador de VALORANT? Acho que sim, se não ele, não teria esperado uma oportunidade dessa de voltar e fazer a sua volta triunfal. A minha expectativa é que o time fique um pouco melhor, porque a lua de mel existe. Para mim, é o melhor dos mundos, o pANcada voltar para a casa, e a LOUD trazer um cara amado pela torcida. Porque o pANcada da Sentinels teve muitos problemas, função e tudo mais. É uma expectativa positiva para a comunidade, para a LOUD e, se eventualmente vier, para o pANcada.” – finalizou.

Na segunda e terceira parte da entrevista, Guilherme Spacca falou sobre a sua carreira desde os primórdios no Counter-Strike e analisou o momento atual do VALORANT brasileiro.


Se você gostou deste conteúdo em texto, veja também nossos vídeos. Neste aqui, lembramos as seis jogadas mais inacreditáveis do VALORANT, confira:

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