Quem vê apenas os vitoriosos de campeonatos muitas vezes pode se chocar com as estatísticas. No segundo qualificatório do VCT Game Changers Brazil Series 1 (VALORANT Champions Tour), por exemplo, a Team Liquid (TL) garantiu o título, mas os destaques são do MIBR.
Sayuri, jogadora profissional do clube, integra a nova line-up da equipe inclusiva da organização, que trouxe nomes de peso do competitivo para representar uma das camisas mais consolidadas dos esports em solo nacional e internacional.
De acordo com a atleta, que é uma das figuras com mais experiência do time, o resultado dos dois primeiros qualificatórios da temporada de 2024 não resultaram em vitórias, porém, considerando que é uma line-up recém montada, faz parte do movimento de um time garantir entrosamento e encontrar um lugar para chamar de seu.
“Perdemos os dois primeiros qualifies do ano, mas gostei do nosso desempenho e evolução durante o campeonato com esta nova formação. Tudo é um processo e sinto que estamos no caminho certo”, conta.
Ainda segundo a profissional, o time foi capaz de “arrumar alguns detalhes de um qualify pro outro”. Para Sayuri, “está sendo uma experiência muito boa”. Tanto no primeiro, quanto no segundo qualificatório brasileiro do competitivo inclusivo, o MIBR acabou na posição de vice, o que nem sempre pode ser visto de forma positiva.
Ser vice é ruim?
Nas Olimpíadas, o top 3 é considerado importante, mas nos esports, a diferença é nítida. Além da discrepância de valores de premiação do primeiro para os seguintes colocados, parece que o público só fica feliz e realizado de fato caso o time alcance uma sequência consolidada de vitórias, deixando de lado fatores importantes, tais como um elenco estar junto há pouco tempo, por exemplo.
O próprio COI (Comitê Olímpico Internacional) — responsável pela criação e realização do evento desde a primeira edição em 1896 — define que as medalhas vão para as mãos dos “melhores finalistas”.
Vale lembrar que os Jogos Olímpicos de Verão acontecem de quatro em quatro anos em diversos países do mundo, sendo considerado um dos eventos multiesportivos de importância inquestionável dentro das competições tradicionais. Mas… afinal, ser vice é ruim?
Evolução que reflete nos números
Uma das frases mais ouvidas em coletivas de imprensa de esports é que “todo mundo quer ser campeão”. Mas… a evolução de um elenco não conta? Partindo do pressuposto de medalhas nas Olimpíadas e trazendo para o cenário que amamos tanto, ser vice é algo importante e que merece atenção não apenas por parte do público, também de outras organizações.
Considerando os dados da primeira e segunda qualificatórias do Game Changers Brazil 2024, em que o elenco foi vice por 3 a 1 duas vezes, o destaque não fica para quem de fato foi campeão, mas sim, para a recém montada line-up do MIBR.
Em analise das estatísticas dos dois qualificatórios da temporada de 2024 do inclusivo — disponibilizados no VLR.gg, quatro jogadoras do time são destaque. Jelly aparece em primeiro lugar com rating de 1.25, seguida de srN, com 1.23 e Mel, possuindo 1.07.
Sayuri aparece em quarto lugar com 0.96 e quem fica na sexta posição é jubs, também do MIBR, com 0.88. Com isso, eu pergunto novamente: ser vice é ruim?
LEIA MAIS
- VCT Américas: times do grupo Ômega perdem na estreia
- VALORANT: ex FURIA monta time para VCB
- VCB tem equipes do play in definidas
De acordo com Sayuri, os fãs podem se animar com a estreia: “com os erros que aprendemos neste início, estaremos mais preparadas para o main event. A torcida pode esperar por um MIBR mais consciente e constante”.
O evento principal do Game Changers, que conta com finais presenciais nos estúdios da Riot Games, em São Paulo, acontece entre 15 de abril até 16 de maio de 2024 e o MIBR é um dos oito times escalados para a disputa.
Confira também nossos vídeos. Neste aqui, entrevistamos Biggie, CEO da Hero Base. Confira:
Acompanhe a Game Arena nas redes sociais: Twitter, Youtube, Instagram, Tik Tok, Facebook e Kwai.