A Karmine Corp está eliminada do VCT EMEA 2025 Stage 1. A equipe francesa acabou derrotada, de virada, para a Natus Vincere, por 2 a 1, na chave inferior do torneio. Após a partida, a Game Arena conversou com Matias “Saadhak” Delipetro, capitão da equipe.
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Inicialmente, Saadhak falou sobre a derrota da Karmine Corp e apontou erros constantes:
“Acho que a gente já vem com alguns problemas na fase de grupos e tal. Estamos tentando arrumar muitas coisas, mas tá difícil. Basicamente estamos tendo erros recorrentes, que dificulta muito o nosso jogo. Se mostrou isso, hoje mostrou que temos erros que não conseguimos arrumar. Acho que é isso mesmo. A gente entende porque perdemos, o que está acontecendo, mas entender e fazer é difícil. Acontece“.
Durante a quinta semana do VCT EMEA 2025 Stage 1, as partidas foram canceladas e adiadas devido a grandes problemas técnicos. Diversos jogadores, como Derke, ANGE1 e MAGNUM fizeram críticas a qualidade dos periféricos disponibilizados pela Riot Games. Saadhak comentou a experiência vivenciada no fim de abril:
“Muito estranho porque é a primeira vez na minha carreira que acontece uma coisa assim. Foi a primeira vez na minha carreira que eu comecei uma série com um mapa perdido, já comecei perdendo. A decisão que tomaram, beleza, coisas da vida, não tem o que a gente possa fazer. Esses problemas foram bem marcantes no EMEA. A Riot já arrumou muita coisa, mas ainda tem muita coisa pra arrumar. Foram problemas surpreendentes. Não esperava essa quantidade de problemas técnicos aqui. Acontece, faz parte do jogo. Eles arrumaram e agora está muito melhor“.
Saadhak avaliou a campanha da Karmine Corp no VCT EMEA 2025 Stage 1 e falou sobre o que a equipe precisa melhorar para o futuro próximo:
“Agora a gente vai ter que tentar entender o que temos que fazer, os próximos passos. Alguns erros recorrentes, coisas que estamos observamos, que queremos arrumar. Sobre o futuro, só Deus sabe. Vamos ver o que tem. Agora estamos fora de Toronto, então vamos ter um tempão para esfriar a cabeça, rever os próximos passos, próxima situação.”
Saadhak também falou sobre os nerfs do Tejo:
“É algo muito legal de se ver porque eu acho que o Tejo estava desbalanceando muitas situações. Se você vê na gameplay da Icebox, é isso. Você vai, planta, sai correndo, molly, molly, molly. É uma gameplay que não é legal para os espectadores, sempre a mesma coisa, do mesmo jeito. Agora com os nerfs, algum mapa vai ser jogado. O drone dele é muito roubado, eu acho que é a habilidade mais roubada. Todo mundo fala dos mísseis, mas o drone é muito roubado. Vamos ver o que a galera vai fazer. Talvez dois duelistas agora que todos os iniciadores estão nerfados, a gente está vendo muitos times com dois sentinelas, acho que vai ser meta. Tem muita coisa que vai ser legal”
Experiente, Saadhak comentou sobre o trabalho com jovens jogadores:
“Eu amo jogar com gente jovem no time porque trazem essa energia, alegria, inocência, fome de vitória. É muito rejuvenescedor. O mais legal é que eu estou trabalhando com vários caras mais jovens e eu sou o velho do time, é muito estranho falar que eu sou o velho do time. É uma juventude diferente da brasileira. Tem um egípcio, um turco, um tcheco, é um mexe, mexe de qualquer coisa. Tá sendo muito lindo trabalhar com eles, me tratam muito bem, cuidam, me tratam como velho, malditos. São gente boa e do Brasil todos os jovens são muito respeitosos com os velhos“.
Falando sobre o cenário brasileiro, Saadhak falou sobre os jovens talentos brasileiros e o retorno do Brasil ao palco internacional com o MIBR:
“Eu acho incrível. Acho que isso tudo tem que ser o esports. Eu amo ver essas coisas, novos talentos surgindo. Faz parte, se você vê os mesmos jogadores passando de time em time, fica chato, pros jogadores também. Sempre bom inovar. Tem talento, sempre tem talento no LATAM, Brasil. O difícil é achar pessoas que enxerguem esse talento, pegar e dar uma oportunidade, isso que é difícil. Acho muito legal o que o MIBR está fazendo.
Acho legal a reformulação que estou vendo nos outros times. Estou acompanhando vocês jornalistas. São nomes que eu jogava quando estava no Brasil há quatro anos e eles eram muito novos, inexperientes, inocentes. Ver que estão chegando nesse palco internacional com mais experiência é muito lindo porque eu passei por isso. Quero ver mais gente passando por isso, disfrutando o que é os esports. Esports é estar um dia em casa quebrando e no outro no stage internacional, emoções, coisas novas. Muito legal a gente ver talentos novos“.
Já no fim da entrevista, Saadhak revelou que os companheiros de Karmine Corp estão fazendo brincadeiras sobre o argentino retornar à LOUD. O “meme” acontece devido à pedidos de fãs brasileiros para que o capitão retorne à organização brasileira:
“Os meninos do time estão falando de meme, eles veem todo mundo falando, começaram a falar pra eu voltar pra LOUD. Amo vocês, se cuidem e obrigado por me dar atenção mesmo em outra parte do mundo. Um beijo para vocês“.
Veja também os nossos vídeos. Neste, conversamos com Gabriel “cortezia” Cortez, jogador do MIBR, após a classificação da equipe ao Masters Toronto: